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Considerações

Considerações

O líder da oposição na Assembleia Legislativa do Acre, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), teceu considerações a respeito dos últimos acontecimentos na política do Acre, que culminaram com a demissão de indicados do senador Alan Rick (UB/AC). Na opinião do parlamentar, a iniciativa marca o rompimento entre o governador Gladson Cameli (PP) e o grupo de Alan Rick.

Açodamento

“Eu não posso deixar de comentar a caneta afiada, apressada e antecipada do Palácio Rio Branco. Acredito que o mundo da política, ontem, foi surpreendido. Não escapou nem a mãe do senador Alan Rick. Você imagina, você tendo abraços, amoroso, uma relação acalorada no final do ano passado, porque ganharam tudo. A mãe do senador foi exposta num Diário extra, um tratamento especial. Foi em Diário extra!”, disse Edvaldo Magalhães.

Ação extemporânea

O parlamentar afirmou que a decisão de Gladson “é algo que mexe no mundo político do Acre”. “Não é uma decisão qualquer. O Palácio Rio Branco rompeu com um senador da República. Tira a irmã e tira a mãe. Quando essas coisas têm consequências políticas, temos o direito de comentar”, enfatizou.

Largada

Ainda de acordo com Edvaldo, estão antecipando o debate da sucessão do governo, que deveria ocorrer só em 2026. “Há algo no ar que não são os aviões da Secretaria de Esportes e nem os jatinhos contratados do governador. Há algo diferente no ar. Estão antecipando demais, a para além da conta, a sucessão estadual. Sempre quem estar no poder joga isso para mais adiante. Terminaram as eleições municipais, a agenda do governador mudou radicalmente. Então, há algo que não está sendo dito, não será dito, mas está ocorrendo”.

Contexto

O oposicionista reconheceu ainda que o governo tem o direito de escolher seus aliados, mas ressaltou que mudanças desse tipo têm consequências políticas e não podem ser ignoradas.

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Honraria

A propósito do Senador Alan Rick (UB), ontem, quinta-feira, 6, por ocasião da reinauguração da Escola do Poder Judiciário do Acre (ESJUD), ele teve o reconhecimento das ações de seu mandato e foi distinguido com a medalha da Ordem do Mérito do Judiciário pela contribuição com os diversos projetos desenvolvidos pelo Tribunal de Justiça acreano (TJ/AC), através de emendas destinadas pelo parlamentar.

Reformas

Entre as ações desenvolvidas através das emendas do senador, estão a renovação do parque tecnológico do Tribunal e das comarcas em vários municípios, com equipamentos de informática e o desenvolvimento do premiado Programa Radioativo, que promove formação técnica e profissional para adolescentes e jovens egressos ou em cumprimento de medidas socioeducativas;

Cidadania

As emendas do parlamentar também alavancaram os projetos “Salvando Vidas” e “Fortalecendo Vidas”, que trabalham a reinserção social de egressos do sistema prisional por meio de capacitação, cinco edições do “Projeto Cidadão” na capital e no interior. Fortaleceram, também, o Programa “Justiça e Cidadania na Escola” com a entrega de cartilhas para crianças e adolescentes em todo o estado e, ainda, a instalação da Casa da Justiça e Cidadania, na Cidade do Povo e o programa que enseja a emissão de documentos de Regularização Fundiária, realizada em parceria com o ITERACRE.

Suporte

No ato da homenagem, o senador Alan Rick reforçou o compromisso em seguir apoiando as ações do TJ/AC. “Para este ano, inclusive, já destinei mais R$ 500 mil que serão usados para reforçar esse excelente trabalho que o judiciário acreano presta à nossa sociedade, promovendo a democratização do acesso à justiça, aos direitos para os que vivem em situação de vulnerabilidade. É uma honra poder contribuir. Estou muito feliz e grato pela honraria”, disse o senador.

Prestígio

A solenidade contou com participação e palestra do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e ainda com a presença do procurador-geral de Justiça do Ministério Público, Danilo Lovisaro, dos desembargadores Samuel Evangelista, Roberto Barros, Denise Bonfim, Waldirene Cordeiro, Laudivon Nogueira, Luis Camolez, Nonato Maia, a decana Eva Evangelista e Elcio Sabo Mendes Júnior, diretor da ESJUD.

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Esquiva

O presidente Lula (PT) aproveitou uma entrevista a rádios baianas para justificar o peso da inflação no bolso dos brasileiros. Além de responsabilizar a gestão anterior do Banco Central, de Roberto Campos Neto, orientou consumidores a não comprar o que está caro como forma de pressionar empresários a uma redução nos preços dos alimentos, que encerraram o ano com alta de 7,69%, bem acima dos 4,83% do IPCA.

Fórmula

“Tivemos um aumento do dólar, porque tivemos um BC totalmente irresponsável que deixou uma arapuca que a gente não pode desmontar de uma hora para outra. Eu não posso fazer congelamento [de preços], não posso colocar fiscal para ir em fazenda ver se o gado está guardado ou não”, disse Lula. “Se todo mundo tivesse a consciência de não comprar aquilo que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, senão vai estragar”. Segundo Lula, o governo está “trabalhando, conversando com empresários, utilizando a competência dos ministérios para que a gente encontre uma solução para reduzir preços”.

Bola fora

As declarações do chefe do Executivo foram um prato cheio para parlamentares de oposição. “Se o arroz está caro, é só não comer. Se o gás está caro, é só não cozinhar. Se a gasolina está cara, é só ficar em casa. Nada de cortar gastos nos ministérios, colocar gente competente nas estatais ou gerir melhor a economia”, publicou o senador Ciro Nogueira, presidente do PP. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) fez coro: “Se a comida está cara, ‘não compra’. Se o aluguel está caro, ‘mora na rua’. Se o remédio está caro, ‘morre’. E assim segue o governo do cinismo”, postou.

Endosso

Fazendo coro com a fala presidencial, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), saiu em defesa do presidente: “Com diálogo e ação, a prioridade é reduzir o preço da carne e outros produtos essenciais da cesta básica. Lula reafirma: comida boa e barata na mesa de todos”.

Estratégia

Com popularidade em baixa, Lula pretende repetir a tática usada durante a crise do mensalão: intensificar viagens pelo país com o objetivo de melhorar a imagem de seu governo. Pesquisa da Genial/Quaest divulgada na última semana mostrou pela primeira vez um índice de desaprovação (49%) do mandato maior do que o de aprovação (47%).

Operacionalização

Para consecução da estratégia de percorrer o país, a primeira parada foi o Rio de Janeiro, onde Lula participou ontem da cerimônia de reabertura da emergência do Hospital Federal de Bonsucesso. O novo ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, vai adotar uma nova dinâmica nas viagens presidenciais, com menos tempo de palanque com autoridades e falas políticas mais enxutas. Já o contato com o povo será intensificado tanto nas ruas quanto nas redes sociais.

Segmentação

O caminho proposto por Sidônio para sair da crise também prevê a divisão de tarefas com a primeira-dama Janja, o vice Geraldo Alckmin e vários ministros. Para Lula, “2026 já começou” e, nesta segunda metade do governo, é preciso fazer a disputa “no gogó” com aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, além do enfrentamento nas redes. (Estadão)