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Jamaxi

Conselho amigo

A deputada Antônia Sales (MDB), embora ao que conste ainda esteja afastada da base governista, na sessão legislativa on line de ontem (19), endereçou profícuo conselho ao governador Gladson Cameli (PP) que, na essência, somente os leais correligionários são capazes de emitir. Dissertou Antônia Sales que Cameli precisa reunir seu secretariado e dar um “choque” de realidade no grupo. De acordo com ela, ou Gladson faz isso ou seu governo seguirá à deriva”. 

Realismo

“Tem quer pegar sua equipe econômica e vê o que dar para fazer. Não deixe seu nome continuar por aí se alastrando como uma pessoa que está perdida. Tem que cobrar resultados. Não queremos que seu governo vá à deriva ou se afunde, nós queremos que dê certo. Nós lutamos aqui no Juruá para que o governador fosse eleito. Eu peço ao senhor governador chame os seus secretários e diga: por que não estão vacinando? Na agricultura, cadê as máquinas? Vai fazer parceria com as prefeituras? Não vai fazer? Vão ajeitar os ramais? Não tem tratores, vamos alugar”, recomendou uma realista Antônia Sales.

Simples assim!

No embalo, Antônia Sales propôs pacto com a verdade, que, no dizer dela, é a melhor companheira e, se necessário, que o governador adote medidas radicais demitindo àqueles secretários que não apresentem resultados. “Faça o que tem que fazer. Diga a verdade, se tem ou se não tem. Nós queremos que esse governo dê certo e para dar certo, precisa juntar sua equipe”. 

Exemplo acabado

A propósito da pertinência dos conselhos da deputada Antônia Sales, só ontem, após a deputada Vanda Milani (Solidariedade) botar a boca no trombone alertando que recursos de suas emendas parlamentar para a revitalização da orla do Bairro Quinze corriam o risco de serem devolvidas aos cofres do tesouro federal por falta de projeto urbanístico do governo do estado,  é que o secretário de Desenvolvimento Urbano e Regional, Luiz Felipe Aragão, apresentou o projeto de intervenção na Orla do 2º Distrito. Uma inversão de fatores quando o assunto é administração, vez que primeiro devem existir os projetos para, só depois, os gestores acionarem mecanismos para a busca de recursos. 

Sob nova direção 

A médica Paulo Mariano será a nova secretária de Saúde do Governo do Estado. O anuncio partiu do governador Gladson Cameli (PP), em entrevista na manhã de ontem, quarta-feira (19. Paula assumirá a vaga no lugar do dentista Alysson Bestene que será deslocado para a articulação política do governo. “Lembrando que o Alysson está saindo por vontade própria, quem vai assumir é a subsecretária, Paula Mariano”, fez questão de sublinhar Gladson.

Nova estrutura 

Durante a entrevista, Gladson revelou, ainda, que a atual coordenadora regional da Saúde, Muana Araújo, deve assumir o comando de uma nova pasta que integrará o organograma administrativo do governo - a Secretaria de Saúde do Interior do Estado. “Vai ter um órgão no interior, e a Muana deve assumir”, garantiu.


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Terreno fértil 

Não era lá um mistério, claro, mas a possibilidade de Lula não disputar a Presidência da República era algo tratado abertamente até outro dia pelos caciques petistas. O desempenho dele nas pesquisas, dizia essa turma, seria algo a ser levado em conta na decisão de Lula de brigar por um novo mandato no Planalto. 

Na pista

Tudo isso parece ter sido deixado para trás nesta quinta. Em entrevista a um site da França, Lula assumiu textualmente que será candidato ao Planalto para derrotar Jair Bolsonaro. “Serei candidato contra Bolsonaro”, disse Lula. 

Anote aí! 

Somente os deputados Leo de Brito (PT), Perpétua Almeida (PCdoB) e Jéssica Sales (MDB) disseram não à Medida Provisória 1031/21, que viabiliza a desestatização da Eletrobras, estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia que responde por 30% da energia gerada no país.

Novo modelo 

O modelo adotado pela MP prevê a emissão de novas ações a serem vendidas no mercado sem a participação da empresa, resultando na perda do controle acionário de voto mantido atualmente pela União.

Formato 

Essa forma de desestatização é a mesma proposta no PL 5877/19, que o governo enviou em 2019 mas não foi adiante. Antes de aprovar o texto do relator, o Plenário rejeitou dois requerimentos, um do PT e outro do MDB, que pediam a votação de redações alternativas.

Proposta intermediária 

O PT pretendia votar uma emenda substitutiva mais enxuta sobre o processo de capitalização, mantendo o controle pelo governo e limitando a 15% o total de energia que a Eletrobras poderia vender no mercado aberto.

Projeto original 

Já o MDB pretendia votar o texto original da MP, que não continha mudanças feitas pelo relator como o uso de lucros futuros de Itaipu para programas de transferência de renda e modicidade de tarifa.

Ritmo de festa

O governo e os governistas comemoraram duplamente a performance de Eduardo Pazuello na CPI: botou um muro no caminho mais curto até o clã Bolsonaro e dividiu as atenções da imprensa e dos brasileiros com a operação da PF que mira o ministro Ricardo Salles. O “Dia D”, por ora, frustrou quem tinha expectativas de um depoimento quente e cheio de novidades. Para a cúpula da CPI, o ex-ministro da Saúde estava bem preparado e confiante (até demais), escorado na possibilidade de se calar com o habeas corpus concedido pelo Supremo.

Menos mal

A visão do Planalto é mais ou menos esta: melhor as atenções estarem voltadas para Pazuello porque o desgaste da CPI está precificado e não comove o bolsonarista raiz. Já as graves suspeitas contra Salles atingem em cheio o discurso anticorrupção….

Melhor… 

Senadores da cúpula da CPI da Covid esperam que Ricardo Lewandowski não conceda mais o antídoto às próximas testemunhas. Acham que deixou Pazuello soltinho demais……não

Um astuto observador do STF diz: o habeas corpus de Pazuello não o autorizou a desacatar os senadores. Ou seja, é melhor o general baixar a bola.

Suave… 

Do entorno de Pazuello: o desempenho dele foi nota dez. Não perdeu a cabeça, deu respostas atravessadas que renderam material para as redes bolsonaristas e só não respondeu a uma pergunta.…na nave

Para o segundo tempo hoje, aliados do general acham que a pegada será mais do mesmo.

Na… 

Além de apontar como mentira a declaração de Pazuello de que só faltou oxigênio em Manaus por três dias, Eduardo Braga (MSD-AM) disse que, se o general não recebeu dirigentes de empresas que produzem vacinar, “cometeu crime contra o País”.

…mira

“A gestão dele foi quando morreu o maior número de pessoas, exatamente por falta de vacinas”, disse à Coluna. Ademais, classificou como “morno” o depoimento no geral. A ver como o general de sairá hoje.