A Bancada Federal do Acre, em reunião ampliada, manteve encontro na data de ontem, 03, em Brasília, para debater as prioridades envolvendo o repasse de recursos federais para o estado no Orçamento de 2026. O encontro foi coordenado pelo senador Alan Rick (Rep) e reuniu parlamentares, prefeitos, representantes do governo do Estado e instituições estaduais e federais. O fito principal do encontro foi receber dos participantes as solicitações das emendas parlamentares ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) da União.
Diferencial
Na condição de coordenador da bancada, o senador Alan Rick externou a necessidade do envolvimento dos executores das emendas. “Cada emenda representa um investimento que muda realidades e fortalece políticas públicas. O Acre tem desafios grandes, mas um potencial ainda maior quando trabalhamos juntos, com diálogo, equilíbrio e foco em resultados”, afirmou o senador Alan Rick ao abrir a reunião.
Participes
Na mesa principal estiveram a vice coordenadora da bancada, deputada federal Socorro Neri, o secretário de Planejamento do Estado, coronel Ricardo Brandão representando o governador, o secretário nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Daniel Fortunato; Fernando Soares, da Secretaria de Orçamento, Planejamento e Administração - SPOA/MAPA e o presidente da Associação dos Municípios do Acre (AMAC), prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom.
Prioridades
Durante a reunião, a maioria dos prefeitos destacou a urgência de investimentos em pavimentação urbana e recuperação de estradas vicinais, apontadas como essenciais para o escoamento da produção e melhoria da mobilidade nos municípios. A proposta de concentrar recursos em programas estaduais e federais voltados à pavimentação foi uma das alternativas debatidas, de forma a atender mais cidades dentro do limite das emendas disponíveis.
Ensino
A pauta da educação também teve destaque. O reitor do IFAC, Fábio Storch, e a reitora da UFAC, Guida Aquino, defenderam novos investimentos na expansão de cursos, modernização de laboratórios e melhoria da infraestrutura de ensino e pesquisa. Instituições como a Embrapa Acre, o Exército - que executa obras como a pista e aeródromo de Santa Rosa do Purus, a Marinha e as Polícias Federal e Rodoviária Federal também apresentaram demandas estratégicas voltadas à inovação, segurança e fortalecimento da presença institucional no estado.
Diálogo e consenso
A deputada federal Socorro Neri, vice coordenadora da bancada, destacou o caráter participativo do encontro. “Nosso papel hoje é ouvir atentamente as instituições, o governo do Estado e as prefeituras, com respeito e responsabilidade. Queremos definir, em conjunto, as melhores prioridades para o Acre no Orçamento da União de 2026, com o olhar ético e afetivo que o nosso estado merece”.
Cooperação
Ao encerrar o encontro, o senador Alan Rick reforçou a importância do trabalho coletivo e explicou as limitações orçamentárias enfrentadas pela bancada. “Infelizmente, o número de indicações foi reduzido de 15 para 8, o que nos obriga a buscar alternativas para atender mais municípios e instituições. Quero parabenizar os prefeitos pela organização e presença nesta reunião, especialmente pela mobilização em torno da pavimentação urbana e de ramais. O importante é que estejamos unidos, ouvindo e construindo juntos”, afirmou o parlamentar.
Casa nova
A propósito do Senador Alan Rick, ele estará promovendo uma grande festa popular para marcar sua filiação ao Republicanos, em evento no Ginásio do SESC, no próximo sábado, dia 8, às 16 horas.
Compartilhamento
O senador lançou convite para a população acreana, concitando os populares para comemorar com ele “esse novo momento da minha caminhada e fortalecer o projeto que acredita no desenvolvimento, na fé e no trabalho por um Acre melhor para todos”, afirmou o senador.
Em mensagem divulgada nas redes sociais, Alan Rick destacou a importância do momento político e reforçou seu compromisso com o desenvolvimento do Acre.

Protagonismo
Como quase sempre ocorre com eventos de grande impacto na opinião pública, o Congresso tenta assumir um papel de protagonismo diante dos grandes problemas nacionais. Na esteira da operação policial que deixou mais de 120 mortos no Rio na última semana, o Senado instala na manhã de hoje, 04, a CPI do Crime Organizado.
Pano de fundo
Oficialmente, a missão é mapear a estrutura e a expansão de facções e milícias no país — incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), mas a expectativa é de que a CPI seja mais um palco de disputas acirradas entre governo e oposição.
Direção
O senador Otto Alencar (PSD-BA), o mais antigo entre os indicados para o colegiado, conduzirá a abertura dos trabalhos. O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), foto, autor do requerimento que deu origem à CPI, deve assumir a relatoria — consenso informal já construído entre líderes. Ao todo, serão 11 senadores titulares e 11 suplentes, com prazo inicial de 120 dias para investigar o modus operandi das organizações criminosas, suas fontes de financiamento e seu avanço territorial.
Temores
O Palácio do Planalto avalia que a CPI do Crime Organizado pode representar um desgaste maior para o governo Lula do que a CPMI que investiga irregularidades em descontos de aposentados e pensionistas do INSS. O temor no governo é de que a oposição use o tema da segurança pública como principal bandeira política até as eleições de 2026.
Tendência
Nos bastidores, petistas admitem preocupação: a avaliação é que, se o debate público ficar restrito à segurança, o governo tende a perder terreno na narrativa, já que historicamente o tema favorece a direita.

Justificativas
Enquanto a oposição e o Planalto se preparam para uma batalha no Senado, o governo do Rio de Janeiro enviou sua resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a megaoperação realizada na capital fluminense há uma semana. No documento, a gestão de Cláudio Castro (PL) afirma que o “nível de força” empregado pelas forças de segurança foi “compatível” com as ameaças enfrentadas durante a ação. O relator da ADPF das Favelas, ministro Alexandre de Moraes, esteve no Rio nesta segunda-feira e se encontrou pessoalmente com o governador.

Veredito
A Primeira Turma do STF antecipou do dia 21 para o próximo dia 14 o início do julgamento do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por crime de coação. Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República, o parlamentar e o blogueiro Paulo Figueiredo atuam nos Estados Unidos para constranger o Judiciário Brasileiro e impedir a condenação de envolvido na trama golpista de 2022.
Livre, leve e solto
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e uma das figuras centrais nas investigações sobre a trama golpista, deu um passo simbólico na sua lenta transição de delator a réu em liberdade vigiada. A tornozeleira eletrônica que controlava seus movimentos foi retirada, após o STF concluir seu julgamento e fixar a pena definitiva de dois anos de prisão em regime aberto. Cid segue proibido de deixar sua residência à noite e nos fins de semana, não pode usar redes sociais, portar armas ou manter contato com investigados e condenados no mesmo caso.

Disputa
Donald Trump entrou na campanha para as eleições municipais de hoje em Nova York e o fez a seu modo truculento. Em postagem na sua rede Truth Social, o presidente ameaçou cortar recursos federais para a cidade caso o candidato democrata e assumidamente socialista Zohran Mamdani seja eleito.
Ameaça
“Se o candidato comunista Mamdani vencer, é muito improvável que eu contribua com fundos federais, além do mínimo obrigatório, para minha amada primeira cidade”, escreveu. O democrata, que enfrenta resistência na cúpula do próprio partido, lidera as pesquisas à frente do ex-governador Andrew Cuomo, que concorre como independente após perder para Mamdani na convenção do Partido Democrata. Com o republicano Curtis Sliwa muito atrás na disputa, Trump declarou publicamente apoio a Cuomo.
