O deputado federal Leo de Brito (PT-AC) protocolou no Ministério Público Federal do Acre (MPF-AC), hoje, quarta-feira, 16, representação solicitando que seja investigado possível ato de improbidade administrativa cometido pelo governador do Estado, Gladson Cameli, deputado estadual Fagner Calegário e do Secretário de Estado da Secretaria de Governo (Segov), Alysson Bestene.
Pegadas
A ação foi motivada após Calegário utilizar sua conta na rede social Twitter para expor um possível acordo de “rateio” de cargos no governo e, em seguida cobrou “lealdade” do governador Gladson Cameli.
Fatura
“Governador Gladson Cameli avisa o pessoal da Segov que parceria é via de mão dupla. As vagas de terceirizados que seriam para os deputados da base estão sendo garfadas por aí. Assim eu não consigo ajudar”, diz Calegário na postagem que logo após repercussão, foi excluída.
Cobrança
“Essa declaração do deputado na internet, traz uma possibilidade de relação promíscua entre o governador o secretário de governo e a base do governo. Uma relação de troca de favores. É isso, em tese, pode constituir um ato de improbidade administrativa e, também, possíveis crimes. Por isso, entramos com essa representação”, explica Léo de Brito.
Dura lex, sed lex
O deputado federal ressalta que a ação é para que o MPF possa fazer uma investigação a respeito, diante da gravidade dos fatos expostos. “Os trabalhadores terceirizados não podem ser prejudicados diante dessa relação promíscua que parece existir entre a base do governo na Assembleia Legislativa e o governador, que inclusive já é investigado pelo STJ [Superior Tribunal de Justiça] por um escândalo de mais de R$ 800 milhões. Não podemos nos calar diante dessa situação quando esse governo que gere o Acre hoje tem mais de 20 denúncias de casos de corrupção e continua agindo com esse tipo de atitude imoral. Por isso, isso tem que ser investigado”, conclui Leo de Brito.
Adjunto
Um grupo de autoridades acreanas rumou à Brasília para reunião com o Ministro chefe da Casa Civil do governo Federal, Ciro Nogueira. Na pauta, o apelo pela manutenção e obras emergenciais da BR 364, sentido Rio Branco/Cruzeiro do Sul.
Staff
Na ocasião, presidente da Fieac, José Adriano, entregou um relatório ao Ministro com as condições atuais da BR-364. O encontro foi capitaneado pelo governador Gladson Cameli, acompanhado do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, senadora Mailza, presidente da ALEAC, Nicolau Júnior, deputada federal, Perpétua Almeida, deputados estaduais, Roberto Duarte, Janilson Leite, Luiz Gonzaga, José Bestene, prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha, prefeito de Feijó , Kiefer Cavalcante, secretário de Planejamento de Cruzeiro do Sul, Paulo Roberto, prefeito de Porto Acre, Bene Damasceno e prefeita de Senador Guiomard, Rosana Gomes, entre outras autoridades.
Conflagrando
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo que petistas agem com arrogância e agem como “guardiães da pureza ideológica”.
Casagrande, que tem agido sistematicamente contra a unidade das forças de esquerda e centro-esquerda, aumentou o tom das críticas ao PT depois que recebeu o ex-juiz parcial e suspeito Sergio Moro, pré-candidato do Podemos à Presidência da República.
Visão
Casagrande afirma que a federação de partidos, que funcionará segundo a regra que exige atuação conjunta das siglas por ao menos quatro anos, pode ser palco de uma carnificina entre PT e PSB nas eleições municipais de 2024.
Isenção
O governador do Espírito Santo, que é uma das principais lideranças nacionais do PSB, diz que não está apoiando nenhum candidato à Presidência da República, alegando que o seu partido ainda não tomou uma decisão final. “O partido ainda não fechou questão em relação à política nacional. Eu vou apoiar e estar junto com a decisão do meu partido”. O governador capixaba cita o cenário do seu estado onde em sua base de apoio há partidos ligados a Ciro Gomes (PDT), Janones (Avante), Moro (Podemos), Doria (PSDB).
Inversão
Casagrande age em contradição com a orientação geral do PSB, que tem se reunido com frequência com o PT, o PCdoB e o PV visando a formação de uma federação partidária. “Eu sou contra a federação de um modo geral. É um pedaço do passado que carregaram para o futuro. Se proibiu a coligação [para eleição de vereadores e deputados], não tinha que ter inventado a federação. Os partidos têm que ter a capacidade de se organizar, de eleger deputados estaduais e federais”, afirma.
Urbanidade
Ele justifica ter recebido o ex-juiz parcial e suspeito Sergio Moro, pré-candidato de um dos setores da extrema-direita à Presidência da República, alegando que como governador do estado tem que conversar com todas as lideranças do Brasil que queiram conversar.
Desafeto
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes mandou mensagem para governistas dizendo que não dá mais para o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, continuar na função. A gota d’água foi uma publicação do presidente do órgão nas redes sociais, no qual ele trata como “vagabundo” o congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte no quiosque onde trabalhava no Rio de Janeiro, caso de grande repercussão e que gerou protestos nas ruas.
Extrapolou
“Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes”, publicou Camargo. Na mensagem enviada, Gilmar pediu um basta. “Ele ultrapassou todos os limites. É intolerável”, escreveu o magistrado.
Controverso
Um dos remanescentes da ala ideológica do governo, ao lado do secretário especial da Cultura Mário Frias, Camargo é crítico do Dia da Consciência Negra e coleciona polêmicas desde que chegou ao governo federal. Jair Bolsonaro, por sua vez, segue bancando sua permanência na Fundação Palmares.
Na mira
Além do pedido do ministro do Supremo, Camargo já foi alvo de novo pedido judicial para que deixe o cargo após publicar as declarações sobre Moïse Kabagambe.
Esquecimento
Até o ministro da Economia Paulo Guedes tem dinheiro esquecido em bancos no Brasil. É o que mostra o sistema “Valores a Receber”, do Banco Central. Ele só terá os detalhes de quando poderá sacar em março. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também está entres os políticos que possuem saldo a ser resgatado. Já o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não foi contemplado nessa fase, nem o presidente do BC, Roberto Campos Neto, ou o presidente Jair Bolsonaro.