O Programa Nacional de Imunizações (PNI consagra que a ação conjunta dos governos federal, estadual e municipal são os responsáveis pela política nacional de imunizações, com a efetiva participação dos milhares de trabalhadores civis e militares, do setor público e privado e de toda a sociedade, destacando-se o trabalho dos milhares de vacinadores espalhados em todo o Brasil, que levarão a vacina a cada um dos brasileiros elencados nos grupos prioritários.
Mal na foto
Ocorre que no Acre a ação conjunta dos órgãos públicos responsáveis por levar a vacina aos braços dos acreanos está a desejar, posto que pelo levantamento divulgado ontem, 01/06, o Estado ocupa a última posição no ranking de vacinação do Brasil, com parcos 6,11% dos habitantes imunizados com as duas doses da vacina, conforme demonstra o mapa que ilustra as notas.
Advogado de defesa
Por falar em vacina, o senador Márcio Bittar (MDB) postou mensagem no facebook tecendo comentários acerca das críticas feitas à aceitação pelo governo Bolsonaro de sediar a Copa América, acatando solicitação da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL).
Lá e cá
Bittar assumiu a defesa do governo citando o exemplo de outros países que estão a sediar competições, ressaltando o caso do Japão que irá sediar as Olimpíadas numa disputa agendada entre os dias 23 de julho e 8 de agosto de 2021, mesmo os nipônicos contando com apenas 4% da população vacinada. Enumerando argumentos, o senador disse que “a esquerda não tem mais o que inventar” e disparou: “qual a novidade nisso, meu Deus do céu?”.
Argumentos
Sem citar o governador Gladson Cameli, que tentou insistentemente comprar doses da vacina anticovid em outros países, em ação conjunta com outros governadores, Bittar afirmou que as doses ora disponibilizadas para a população brasileira foram adquiridas pelo governo federal por meio do Plano Nacional de Imunização (PNI), deixando subentendido que os governadores que criticam a ação federal não cumpriram com suas promessas e as vacinas que hoje imunizam a população foram todas adquiridas pelo governo Bolsonaro. “Cadê a vacina que os governadores iriam comprar? Governador de São Paulo [João Dória], governador da Bahia [Rui Costa], do PT. Por enquanto a vacina que está sendo aplicada na população é aquelas compradas e mandadas aos estados pelo presidente Bolsonaro”, ressaltou Bittar.
Metendo o bedelho
O sociólogo Germano Marino, militante da causa gay no Acre, usou as redes sociais para comentar o divórcio entre a vice-prefeita de Rio Branco, Marfiza Galvão, e o senador Sérgio Petecão, anunciado pela vice na última segunda-feira, dia 31 de maio.
Bem na foto
Germano Marino, que gosta de causar nas redes e ganhar as manchetes dos jornais, não perdeu tempo. Na publicação, Marino afirmou que ficaria com Petecão, caso a vice-prefeita não voltasse atrás e reatasse o casamento com o senador. “Se a Marfisa não quiser mais o Petecão, eu quero!”, escreveu o sociólogo militante das causas LGBT.
Paralização a vista
Os médicos que prestam serviços para o Governo do Estado decidiram cruzar os braços a partir do dia 14 de junho. A decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária realizada pelo sindicato da categoria (Sindmed-AC), e anunciada na quarta-feira da semana passada (26).
Óbices
Segundo o Sindmed, a decisão foi tomada devido às sucessivas recusas, por parte do governo de seguir com as tratativas de reajuste do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). A entidade sindical aponta ainda a existência de ‘diversos outros problemas que afetam todos os empregados da área”.
Pano de fundo
O movimento visa chamar a atenção da sociedade para os empecilhos que comprometem a qualidade do atendimento nas unidades públicas de saúde, além de pressionar os gestores a implementar as melhorias necessárias. Outras reivindicações da categoria são: recomposição das perdas inflacionárias; pagamento retroativo do adicional Covid-19 de dezembro de 2020; gratificação de 20% de insalubridade até a regularização do novo LTCAT; fornecimento de insumos necessários para o exercício profissional e concurso público e a convocação dos membros aprovados nos cadastros de reserva dos concursos de 2013 e 2014 estão na lista de reivindicações.
Calado como resposta
O presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici afirmou que as diversas pautas de reivindicações dos médicos e outros profissionais da área sequer foram analisadas pelos representantes da administração pública estadual. Ele garante que os atendimentos de urgência, emergência e Covid-19 serão mantidos no ato.
Empurrando com a barriga
“Protelar parece regra dentro da Secretaria de Saúde. Mesmo nos unindo aos demais sindicatos e apresentando pautas coletivas, a morosidade continua. Não há nenhuma resposta, nem provisória. Em plena pandemia, é inadmissível o governo não fazer nada pela nossa área. Perdemos vários colegas para a Covid-19 e a valorização precisa ser feita de forma concreta”, enfatizou Pulici.
Ponto futuro
Segundo Pulici, representantes da Secretaria de Saúde se comprometeram a dialogar com as entidades representativas do setor no dia 10 de junho. Mas a deliberação de parar os trabalhos no dia 14 não será alterada pelo encontro. Ainda de acordo com o Sindmed-Ac, O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sintesac), dos Profissionais Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Spate), dos Enfermeiros (SEE-AC) e dos Odontologistas (Sinodonto) já mobilizam suas respectivas categorias para a paralisação.
Reforço
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), requisitou dois auditores da Receita Federal para auxiliar nos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito. Membros da CPI acharam importante a presença de auditores, para ajudar na fase de quebras de sigilos bancários e fiscais. O relator já conta com a auxílio de três auditores do Tribunal de Contas da União (TCU). Não há previsão sobre um eventual pedido de ajuda para a Polícia Federal.
Reprimenda
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), criticou enfaticamente a nomeação do general Eduardo Pazuello como novo secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
Oficialização
O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União, pouco mais de dois meses após sua demissão do Ministério da Saúde, onde comandou o pior e mais longo momento da pandemia do coronavírus no País.
Visão
“Pazuello nomeado para a Secretaria de Assuntos Estratégicos do Planalto é o maior acinte de todos os tempos. Depois de deixar milhares de mortos por covid na gestão da Saúde, ganha proteção. Aliás, mamata para os seus é só o que Bolsonaro sabe proporcionar”, comentou Gleisi. No novo cargo, Pazuello, que é general da ativa, terá um salário de R$ 16.944,90 que será agregado aos proventos que o ex-ministro percebe como militar de alta patente. A portaria que nomeou Pazuello foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.