A imprensa local já repercute que, ao que tudo indica, não haverá disputa pela presidência da Assembleia Legislativa para o próximo biênio, presente um acordo de bastidores que já tem como certo o nome de Luiz Gonzaga (PSDB) para presidir o legislativo acreano, Pedro longo (PDT) como vice e Nicolau Júnior (PP) como 1º secretário.
Validade
A eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Acre deve ocorrer logo após a posse dos novos deputados. Pelo desenho, a chapa única deverá ser apenas “homologada”, a exemplo do que aconteceu na atual legislatura, quando Nicolau Júnior (PP) foi eleito duas vezes seguidas sem concorrência.
Articulador
Nicolau Júnior estaria à frente das negociações para a escolha de seu substituto. A negociação inclui o apoio de Gonzaga e demais parlamentares de seu partido à candidatura de Nicolau para prefeito de sua cidade natal, Cruzeiro do Sul, daqui dois anos. O grupo do deputado Luiz Gonzaga seria a única força política aliada ao governo do Estado em Cruzeiro do Sul que ainda não havia fechado acordo para apoiar o presidente da Aleac em sua pretensão de ser prefeito no Juruá.
Adversária
Nicolau Júnior deve enfrentar, na corrida pela prefeitura Cruzeirense, a sua conterrânea e deputada federal derrotada na eleição passada, Jessica Sales (MDB), que já anunciou em suas redes sociais ser pré-candidata ao cargo.
Olhar futuro
Se for eleito, Nicolau pretende usar a força política da prefeitura para disputar o cargo de Senador da Republica daqui quatro anos. Para isso, está contemplando todos os deputados da base governista na formação da nova mesa diretora da ALEAC, na esperança de contar com o poio de todos eles nas próximas disputas eleitorais.
Desenlace
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decide, neste sábado, sobre as 164 inserções de direito de resposta na propaganda eleitoral na TV do presidente Jair Bolsonaro (PL) concedidas à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e posteriormente suspensas.
Decisão conjunta
Após pressão, na quinta-feira, a ministra Maria Claudia Bucchianeri suspendeu a própria decisão para o plenário decidir sobre a questão. Ao conceder o direito de resposta, a ministra entendeu que a campanha de Bolsonaro veiculou propagandas com conteúdo “sabidamente inverídico” que relacionavam Lula à criminalidade por sete dias seguidos na televisão.
Manifestação virtual
O julgamento acontece no plenário virtual da Corte. Desde a meia-noite de hoje, os ministros podem depositar o voto por meio eletrônico. O prazo para votar é até o final do dia. Pela urgência do caso, a expectativa é que a decisão final saia neste sábado.
Tendência
Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a tendência é que o TSE mantenha a decisão inicial, ou seja, a de conceder os 164 direitos de resposta ao petista, que já poderiam começar a ser veiculados no domingo.
Frequência
As inserções são propagandas de 30 segundos espalhadas pela programação ao longo dia. As campanhas ainda podem optar em juntar algumas para veicular uma peça de 60 segundos no lugar de duas de 30 segundos.
Precaução
A ministra suspendeu a própria decisão após a campanha de Bolsonaro ter entrado com recurso. Bucchianeri afirmou que esse embargo não era compatível “com a celeridade inerente aos processos de direito de resposta, bem assim com a colegialidade que norteia os julgamentos sobre propaganda” e, por isso, ela decidiu suspender o direito de resposta de Lula enquanto o plenário não analisar o caso.
Pressão
De acordo com a jornalista Malu Gaspar, também do jornal O Globo, o TSE sofreu forte pressão nos bastidores para recuar da decisão que havia garantido à campanha de Lula os 164 direitos de resposta na reta final do segundo turno. Segundo relatos obtidos pela equipe da coluna, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e ministros de diferentes alas do Supremo Tribunal Federal (STF) que não têm assento no TSE entraram em campo para convencer a ministra e o presidente da Corte, Alexandre de Moraes, sobre o recuo tático.
Argumentos
Pesou para uma ala do Supremo e do TSE a preocupação com o fato de a decisão dar munição para Bolsonaro, num momento em que o presidente tenta emplacar a versão de que é alvo de perseguição do tribunal, e que a Corte age em benefício de Lula.
Imagem é tudo
Ministros estão preocupados com a repercussão, especialmente na região Sudeste, das acusações de que o TSE é um censor e age como nos tempos da ditadura, o que tem reverberado com força nas redes sociais. Dessa forma, a suspensão temporária da decisão serviria também para reduzir danos à imagem do tribunal.
Elevando o tom
A menos de 10 dias do segundo turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de caminhada em Juiz de Fora, em Minas Gerais, na tarde de ontem, sexta-feira (21), reforçou propostas que vem defendendo na economia e afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) irá investir em “mentiras” e em “propostas falsas” na reta final da campanha. “Essa semana vocês vão ouvir muitas mentiras do nosso adversário, muitas promessas falsas. Ele vai propor fazer tudo o que não fez. Temos o dever e a obrigação de não acreditar”, disse Lula.
Dobradinha
Lula estava acompanhado da senadora Simone Tebet (MDB), terceira colocada no primeiro turno e apoiadora do ex-presidente na segunda rodada das eleições. As agendas em Minas Gerais são as primeiras que contam com a participação de Tebet.
Amplitude
A senadora é vista como um trunfo da campanha de Lula, uma vez que ela reforça a ideia que a campanha propala de que a candidatura do ex-presidente não está restrita ao PT ou à esquerda. Além disso, a equipe do petista tenta diminuir os índices de abstenção registrados no primeiro turno e atrair eleitores indecisos —e conta com a atuação de novos aliados que se somaram à campanha no segundo turno, como Tebet.
Cruzada
Na caminhada, Tebet afirmou aos apoiadores do petista que é preciso conversar com eleitores indecisos, que anularam ou votaram em branco e pediu que seus eleitores votem em Lula no segundo turno. “Quando encontrarem um mineiro ou uma mineira que votou em mim, digam a eles que agora eu sou 13. Quem votou em Simone vota em Lula no segundo turno.” Ela também subiu o tom das críticas que tem feito a Bolsonaro. “Estou aqui para dizer a Bolsonaro: ‘você vai entrar para o lixo da história’”, afirmou a senadora.
Acerto de contas
Tebet disse ainda que “quando Bolsonaro perder a faixa e o foro privilegiado” ele terá que dar explicações à Justiça e à sociedade. Ela citou denúncias de esquemas de rachadinha no gabinete de Bolsonaro e a compra de 51 imóveis em dinheiro vivo pela família do atual chefe do Executivo.