O pleito de Tarauacá, em uma reviravolta de última hora, uniu Teca Torquato, irmã do ex-prefeito Vando Torquato, que desistiu da candidatura pelo PSD, e o candidato Zé Filho, do Republicanos. A mudança, ocorrida na data de ontem, quarta-feira (14), envolve a saída de Daniel Barcelos (União Brasil), até então o vice na chapa de Zé Filho, cedendo espaço à Teca como nova vice-prefeita na coligação.
Leitura
A decisão de Teca Torquato de se aliar a Zé Filho representa uma estratégia política da 3ª via nas eleições da terra do abacaxi grande. A ideia dos articuladores políticos da chapa de Zé Filho é trazer a densidade eleitoral de Vando Torquato, que até então liderava as pesquisas de intenção de voto à Prefeitura de Tarauacá, para a nova chapa recém composta. Vando Torquato acabou desistindo devido a situação de inelegibilidade perante à justiça eleitoral.
Estratégia
A união de Teca à chapa de Zé Filho também sela uma aliança estratégica entre quatro importantes partidos: PSD, Republicanos, Solidariedade e União Brasil. A coalizão busca não apenas fortalecer a candidatura de Zé Filho, mas também unificar diferentes setores do eleitorado em torno de uma proposta comum para o futuro de Tarauacá.
Frente
Além disso, a mudança na chapa empresta uma maior pluralidade à coligação, agregando diversos setores da sociedade, vez que traz em seu bojo a representação do empresariado e das demais camada da população, fazendo frente aos adversários Rodrigo Damasceno e Maria Lucinéia, atual prefeita do município, agentes estes que nos últimos 20 anos governaram o município e buscam a permanência no poder.
Segmento
Partidos elencados no ideário político de esquerda pretendem lançar candidatos à prefeitura de cinco municípios acreanos, no pleito municipal deste ano. O Partido dos Trabalhadores (PT) escolheu uma chapa puro sangue para disputar a prefeitura de Senado Guiomard, com o professor Adonay Brito (PT) e o militante Rick Marques (PT) como vice.
Partido dos Trabalhadores
No município de Xapuri o indicado é o professor Erivelton Soares (PT) que contará como vice na sua chapa o padre Antônio Meneses (PSB), em Porto Walter o militante Manão Gonçalves (PT) tem vice emedebista Océlio (MDB).
Socialistas
Em Rio Banco, o PSB aposta todas as suas fichas na candidatura do ex-deputado estadual Dr. Jenilson Leite (PSB), com o também socialista e advogado Sanderson Moura na vice,, enquanto os comunistas contam com a candidatura do ex-prefeito Elson Farias (PCdoB) na prefeitura de Jordão, com a vice emedebista Zeina Melo (MDB).
Coligação
Petistas indicaram o ex-prefeito Francimar Fernandes (PT), como vice na chapa de Cadmiel Bonfim (União Brasil) na disputa da prefeitura de Feijó e o Sargento Reginaldo (PT) na chapa do prefeito Jerry Correia (PP) que disputa à reeleição pelo município de Assis Brasil.
Farol
Em recente postagem em suas contas nas redes social, o presidente do PT, Daniel Zen, deixou patenteado o norte que guiará o Partido dos Trabalhadores: “Dialogaremos com todos os segmentos da sociedade, com sinceridade e verdade, mostrando nossas propostas de trabalho e o legado positivo de nossas administrações, tanto nos governos federal e estadual quanto nas prefeituras que administramos”, declarou Zen.
Perspectivas
Destacou, ainda, que expectativa da legenda no interior do estado é bastante positiva, pois pretendem eleger prefeitos e vereadores, para dar continuidade ao trabalho em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras do estado. “Todo material que ajude a levar a verdade, com sinceridade, combatendo a desinformação (fake news e teorias da conspiração) e os discursos de ódio é positivo para contribuir com a disputa eleitoral deste ano”, ponderou o dirigente petista.
Orientação
A propósito do esclarecimento de candidatos filiados ao PT, a Fundação Perseu Abramo distribui uma cartilha para orientar os candidatos a dialogar com as comunidades evangélicas de inspiração neopentecostal, pentecostal e tradicional. O material tem como público-alvo lideranças e militantes do partido, diante do grande desafio dos partidos progressistas em ampliar o diálogo com a população evangélica, estimada em mais de 40 milhões de pessoas, mas no estado é estimada em torno de 30% da população acreana.
Abordagem
Esclarece o dirigente que esta cartilha busca apresentar as lideranças políticas e militantes da Legenda, como conversar com os cristãos evangélicos, apresentando dados sobre a realidade desta camada da população brasileira, mas jamais tratá-los como fundamentalistas, devido a ascensão do bolsonarismo em determinadas comunidades cristãs.
Peso
A ação política do partido leva em conta que o eleitorado evangélico poderá ser decisivo nas eleições municipais deste ano, pois estas denominações religiosas contam com cerca de 4.600 estabelecimentos religiosos espalhados nos 22 municípios acreanos, mas a capital acreana desponta com 60% destes templos religiosos.
Público alvo
Levantamento do Censo Demográfico do ano passado apontou que o Acre desponta com o maior número de templos por 100 mil habitantes no país, um quinhão de votos que vem sendo disputado no tapa pela ultradireita acreana que pretende continua dando as cartas na política. Dos 124.529 estabelecimentos religiosos existentes no país, pelo menos 52% deles eram de evangélicos pentecostais ou neopentecostais, seguidos por 19% das comunidades tradicionais (luteranos, batistas e calvinistas) e apenas 11% das comunidades católicas.
Stop
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ne data de ontem, quarta-feira, 14, a suspensão da execução das emendas impositivas ao Orçamento da União. Pela decisão, o pagamento deverá ficar suspenso até que os poderes Legislativo e Executivo criem medidas de transparência e rastreabilidade dos recursos.
Largada
A decisão do ministro foi motivada por uma ação protocolada na Corte pelo PSOL. O partido alegou que o modelo de emendas impositivas individuais e de bancada de deputados federais e senadores torna “impossível” o controle preventivo dos gastos. A legenda também argumentou que o modelo provoca “desarranjo” na separação dos poderes ao deslocar parte da gestão orçamentária do Executivo para o Legislativo.
Anteparo
Ao decidir sobre a questão, Dino entendeu que a suspensão das emendas é necessária para evitar danos irreparáveis aos cofres públicos. Pela decisão, somente emendas destinadas para obras que estão em andamento e para atendimento de situação de calamidade pública poderão ser pagas.
Prevenção
“Os danos daí emergentes são irreparáveis ou de difícil reparação, pois é muito laborioso e moroso o ressarcimento ao erário de milhões ou bilhões de reais, no caso de futura apuração de responsabilidades por hipotéticas ilegalidades, tais como cirurgias inexistentes, estradas fantasmas, custeios na saúde sem resultados para a população, projetos inexequíveis em ONGs, compra de notas frias, entre outras anomalias de possível configuração”, afirmou o ministro.
Reflexos
Dino também avaliou que a parcela orçamentária destinada aos parlamentares pode inviabilizar os gastos com políticas públicas. “O percentual de comprometimento da parcela discricionária do orçamento tende a, cada vez mais, evoluir aleatoriamente e inviabilizar a consecução de políticas públicas, atingindo o núcleo do princípio da separação de poderes, cuja eficácia deve ser imediatamente resguardada”, concluiu.
Emendas Pix
Na semana passada, Flávio Dino também manteve a suspensão das chamadas “emendas Pix” ao Orçamento da União. As emendas foram criadas por meio da Emenda Constitucional 105, de 2019, e permitem que deputados e senadores destinem emendas individuais ao Orçamento da União por meio de transferências especiais. Pela medida, os repasses não precisam de indicação de programas e celebração de convênios.
Exceções
O ministro entendeu que a execução das emendas pode continuar nos casos de obras em andamento e calamidade pública. A liberação dos recursos está condicionada ao atendimento de requisitos de transparência e rastreabilidade dos recursos.