A passagem de Mara Rocha pela Câmara Federal (2018/2022) – possível candidata ao senado em 2026 - rende frutos. Na sexta-feira, 29, Acrelândia fez festa para celebrar a inauguração do novo prédio da Câmara Municipal, com destaque para a Sala das Sessões Cleonilço Salmento. A solenidade contou com a presença de autoridades do Executivo e Legislativo municipal, além da ex-deputada federal, responsável pela destinação de parte significativa dos recursos que viabilizaram a obra.
Captação
Com investimento total de pouco mais de R$ 1 milhão, a construção da nova sede teve início em agosto de 2023 e foi concluída em outubro de 2024. Do valor total, R$ 800 mil foram oriundos de emenda parlamentar da ex-deputada Mara Rocha, e outros R$ 150 mil foram destinados pela também ex-deputada federal Wanda Milani. O restante dos recursos foi complementado pela Prefeitura de Acrelândia.
Apoio
Durante a cerimônia, o prefeito Olavinho Boiadeiro (Republicanos) destacou a importância das emendas destinadas por Mara Rocha e reforçou seu apoio à futura candidatura da ex-deputada ao Senado Federal. “São alguns recursos mandados pela nossa querida Mara Rocha para cá [Acrelândia], e só gratidão a ela. Sempre, toda vez que ela vem a Acrelândia, a gente fica muito feliz em recebê-la aqui. O compromisso que ela tem por Acrelândia, a gente só tem que agradecer a ela. Como eu disse a ela: onde eu for, eu farei questão de falar dela e pedir apoio para ela,” declarou o prefeito.
Regozijo
No ato da inauguração, Mara Rocha manifestou emoção ao ver o sonho concretizado e agradeceu aos envolvidos no processo de construção da nova sede do Legislativo municipal. “Estou muito feliz de estar aqui hoje. Hoje é a realização de um sonho — um sonho do qual todos nós participamos. Quero agradecer ao Gilberto, que foi a pessoa que sonhou inicialmente junto com a gente; ao prefeito Olavinho, que transformou esse sonho em realidade junto com sua equipe; ao Vitor, por essa excelente solenidade. Quero dizer que fico muito feliz. Acrelândia mora no meu coração. É muito importante quando as pessoas se juntam com o único propósito de trazer o desenvolvimento, de trazer o progresso para a cidade, para o município. E aqui tem pessoas que realmente amam Acrelândia,” afirmou Mara.
Manifesto
Por iniciativa da ex-deputada Manuela D’Ávila (concorreu como vice de Fernando Haddad, do PT, nas eleições presidenciais de 2018) está sendo colhido nas redes sociais um abaixo-assinado para cassar o mandato do senador Marcos Rogério (PL-RO). O pedido tem base em acusações de violência política de gênero e raça contra a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Chancela
O abaixo-assinado online, que leva a chancela da organização Mulheres Em Luta (MEL), até sexta feira última, 29, já tinha alcançado 80 mil assinaturas, conforme publicação nas redes sociais de Manuela d1Ávila.
Pomo da discórdia
O estopim foi uma audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, na terça-feira (27/5), durante a qual Marcos Rogério interrompeu a fala de Marina Silva diversas vezes. Ao reagir à postura da ministra, afirmou: “Me respeite, ministra, se ponha no teu lugar”, acrescentando que ela deveria “se colocar no seu lugar de ministra de Estado”. Segundo Marina, que deixou a sessão após os episódios, a fala continha viés autoritário e discriminatório. “Gostaria que ela fosse uma mulher submissa. E eu não sou”, rebateu a ministra.
Discriminação
Em texto divulgado junto ao abaixo-assinado, a organização MEL afirma que “a violência política de gênero e raça não pode mais ser normalizada — nem ignorada”. A nota, que também aparece no site oficial da entidade (mel.org.br/marcosrogeriocassado), menciona que o episódio “é um retrato nítido da violência política de gênero e raça” e denuncia o que considera uma tentativa de calar e expulsar mulheres dos espaços de poder, sobretudo aquelas que são negras e ocupam cargos de liderança.
Pressão
Líder do PT na Câmara, o deputado Lindbergh Farias (RJ) pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue a ligação feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro a Hamilton Mourão (Republicanos-RS), na véspera de um depoimento do senador ao STF.
Influência
No telefonema, revelado em primeira mão pelo jornalista Igor Gadelha, do site Metrópoles (, Bolsonaro tentou influenciar no que Mourão iria falar durante a oitiva. À coluna, o senador contou que o ex-presidente o pediu para ressaltar pontos que acreditava serem importantes para sua defesa no Supremo.
Oitiva
Mourão depôs ao STF na sexta-feira da semana passada (23/5) como testemunha de defesa de Bolsonaro. Além do ex-presidente, o senador testemunhou a favor dos generais da reserva Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, todos também réus no inquérito do golpe.
Tese
Na representação à PGR, o líder do PT afirma que o telefonema pode configurar, em tese, crime de obstrução à Justiça, na medida em que pode embaraçar a investigação e comprometer a independência do depoimento de uma das testemunhas do caso.
Obstrução
“O telefonema configura, em tese, obstrução à Justiça, pois insere-se na tentativa de embaraçar a investigação de infração penal que envolve organização criminosa, nos termos do artigo 22º, §1º da Lei nº 12.850/2013, mediante tentativa de ingerência direta na produção probatória, comprometendo a independência do testemunho e violando o dever de não interferência previsto na legislação penal”.
Interferência
Lindbergh, diz, ainda, “que sem ameaça expressa, há nítido desvio de conduta por parte de Jair Bolsonaro ao acessar diretamente uma testemunha chave, justamente no momento mais sensível da apuração: a fase de reconstrução narrativa por meio da prova oral”, argumenta o líder petista.
Pleitos
Lindbergh pleiteia a Imediata instauração de procedimento investigativo criminal autônomo” ou o aditamento aos autos já existentes no STF, a fim de apurar a possível prática de obstrução à Justiça por Bolsonaro; Requisição de registros de chamadas, metadados e eventuais mensagens trocadas entre Bolsonaro e Mourão, mediante autorização judicial; Novo depoimento de Mourão para “esclarecimentos sobre o conteúdo, contexto e eventual orientação derivada da ligação recebida”; Representação ao STF pedindo que a Corte proíba Bolsonaro de manter “qualquer contato, direto ou indireto, com testemunhas arroladas ou a serem ouvidas na ação penal que apura a trama golpista que culminou com os ataques violentos de 8 de janeiro e seus desdobramentos.
Arroxo
O governo federal publicou na noite desta sexta-feira (30) o decreto que bloqueia R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025. Como antecipado pelo g1 e pela TV Globo nesta quinta (29), o corte atinge em R$ 7 bilhões as emendas de bancada (RP7) e em R$ 24 bilhões em despesas dos ministérios.
Metas
Os cortes foram feitos para o governo conseguir fechar o ano cumprindo a meta fiscal: despesas e receitas no mesmo nível. Apesar da publicação do decreto, ainda não está claro quais programas serão afetados diretamente, como o Minha Casa, Minha Vida ou a Farmácia Popular. Segundo o documento, os órgãos terão até cinco dias úteis (ou seja, até 6 de junho) para indicar quais ações serão objeto de bloqueio ou contingenciamento.