O Secretário de Governo (SEGOV) Luiz Calixto - um dos principais articuladores políticos do governo - declarou ao jornalista Luiz Carlos Moreira Jorge, do Blog do Crica, estar tabulando embaixadas para a formação de uma aliança ideal, ao seu entender com grande probabilidade de vitória, numa composição tendo a vice-governadora Mailza Assis (PP) como candidata ao Palácio Rio Branco e o governador Gladson Cameli fazendo dupla com prefeito Tião Bocalom (PL) para a disputa das duas vagas disponíveis ao senado.
Engenharia
Calixto avalia que a junção do PP de Cameli e Mailza com o prefeito Bocalom seria uma empreitada revestida de resultados ganha/ganha, vez que manteria a unidade dos grupos que foram aliados na última eleição para a prefeitura de Rio Branco, que levou Bocalom e Alysson Bestene à vitória em Rio Branco, somado as várias prefeituras lideradas pelos pepistas no interior do estado.
Esqueceram de mim
Por esse viés, Bocalom teria que mudar de partido, vez que o PL já conta com a candidatura à reeleição do senador Márcio Bittar, recém filiado aos liberais, e este já veio a público externar sua determinação em buscar novamente a recondução ao senado federal, já estando, inclusive, fazendo articulações em todo o estado para obter o intento.
Curiosidades
O interessante nessa concepção parida por Calixto é que o senador Márcio Bittar (PL), a prevalecer a idéia, ficaria órfão de candidato ao governo, tendo como únicas opções para buscar um guarda-chuva para sua candidatura de reeleição ao senado a coligação capitaneada por Alan Rick (Rep) ou uma improvável dobradinha com os partidos de esquerda, na Federação formada pelo PT-PV-PCdoB, em vias de alinhamento como PSB, a ser capitaneada pelo médico Thor Dantas (PSB), que já conta com o ex-governador Jorge Viana (PT) como candidato à Câmara Alta.
De coração pra coração
Seria pouco crível que Bocalom deixasse Bittar pendurado na broxa ou fosse aceito pelos partidos de esquerda, alvos de críticas diárias da dupla. Aliás, Márcio e Bocalom são tidos e havidos como os mais bolsonaristas dentre os bolsonaristas. Guardam o ex-presidente no recôndito mais profundo do tórax, blindado no coração.

Amor sem limites
Sobre o senador Márcio Bittar, para quem não lembra, no início de fevereiro do corrente ano, num encontro que manteve com Bolsonaro em Brasília (vide foto), quando o ’mito’ ainda estava em liberdade, gravou um vídeo deixando-se perfumar pelo ex-presidente, afirmando em seguida que, doravante, no dia a dia, só usaria a fragrância de seu ídolo, levando à suposição que a prática constante no uso da essência remetia o olfato ao cheiro de seu ícone e, por consequência, a presença próxima e continuada do seu venerado.

Racionalidade
Depois de semanas de espera e expectativa, o presidente americano Donald Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva finalmente conversaram diretamente, sem intermediários e apenas com o auxílio dos tradutores oficiais. Ainda não foi um encontro pessoal.
Alô, alô
Trump e Lula falaram por videoconferência e trataram de assuntos primordialmente econômicos, evitando os temas políticos que têm marcado as críticas do governo americano ao Brasil.
Disposição
Lula disse a Trump que está disposto a negociar para reduzir o tarifaço imposto pela Casa Branca, e o líder dos Estados Unidos abriu espaço para que os dois países possam tratar de negócios. Ficou acertado na conversa que o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, vão liderar as discussões de alto nível entre os dois países.
Avaliação
A conversa entre Lula e Trump durou cerca de 30 minutos. Mas o Palácio do Planalto considerou a conversa positiva e o início de uma reaproximação entre Brasil e Estados Unidos.
Agenda
A conversa entre Trump e Lula pegou muita gente de surpresa, mas ela já estava agendada há uma semana. Equipes da diplomacia brasileira e americana vinham negociando a ligação desde que os dois presidentes se encontraram nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, há cerca de um mês.
Top secret
O Itamaraty queria que Lula e Trump tivessem uma conversa por telefone ou videochamada antes de um encontro pessoal. Na semana passada, a Casa Branca indicou que o encontro virtual poderia acontecer nesta segunda-feira. No Planalto, a informação foi tratada em sigilo e até mesmo os assessores próximos dos ministros escalados para acompanharem os preparativos não foram informados. (
Expectativa
Ao final, tudo ocorreu bem melhor do que o próprio governo brasileiro esperava. Apesar da retórica belicosa dos últimos meses, Trump se mostrou afável e, em alguns momentos, até carinhoso com Lula. Os dois presidentes brincaram sobre o fato de ambos terem 79 anos e se sentirem como “garotos de 40 anos”.
Amabilidades
Trump pediu — e recebeu — o número de telefone pessoal do presidente brasileiro e repassou seu número de celular para Lula, que por sua vez tratou de aproveitar o bom humor do presidente americano e pediu para as sanções aplicadas às autoridades brasileiras sejam revistas. Trump não se comprometeu com nenhum dos pedidos, mas não citou o nome de Bolsonaro. (g1)
Bis
Trump foi à sua rede social, a Truth Social, dizer que gostou da conversa que teve com Lula e afirmou que pretende se encontrar com Lula novamente, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.
Otimismo
De acordo com o presidente americano, “nossos dois países vão se sair muito bem juntos”. Mais tarde, em um encontro com a imprensa no Salão Oval da Casa Branca, Trump afirmou a jornalistas que gostou do presidente brasileiro. “Ele é um homem bom”, disse.
Tinhoso
Apesar de alijados das negociações entre Brasil e Estados Unidos para rever as tarifas impostas pela Casa Branca, os bolsonaristas não deram o braço a torcer. Eduardo Bolsonaro, o principal articulador para que os Estados Unidos apliquem sanções políticas e econômicas ao Brasil para livrar seu pai da prisão, afirmou que a escolha de Marco Rubio para ser o interlocutor com o governo brasileiro foi “um golaço de Trump”. De acordo com ele, Rubio “não cairá nesse papo furado do regime, de independência de um Judiciário aparelhado”.

Termômetro
Será divulgada amanhã, quarta-feira, 08, a nova pesquisa Genial/Quaest que vai medir a aprovação do governo Lula e a percepção dos brasileiros sobre a economia. A Quaest ouviu presencialmente 2 mil eleitores de 16 anos ou mais em todo o país entre quinta-feira e domingo.
Sentimentos
A reunião entre Lula e Donald Trump, portanto, ficará de fora dessa avaliação. Mas será um bom termômetro para avaliar se o petista conseguiu manter o viés de alta que registrou nas três últimas pesquisas da Quaest, de julho, agosto e setembro. O efeito da aprovação da isenção do IR para os que ganham até R$ 5 mil, uma inequívoca vitória do governo, será também avaliado.
Fatiamento
A pesquisa deste mês será divulgada em duas etapas: na quarta-feira, 8, a avaliação do governo; e, no dia seguinte, os cenários para a eleição de 2026. A Quaest resolveu ir às ruas três semanas depois da última pesquisa (e não quatro semanas) por causa do feriado de 12 de outubro, ainda que ele este ano caia num domingo.
