O presidente da Assembleia Legislativa do Acre, Nicolau Júnio (PP), anunciou na data de ontem, segunda feira, 19, a segunda caravana da ALEAC na Br 364 de Rio Branco até Cruzeiro do Sul. O anunciou aconteceu durante entrevista coletiva onde o deputado confirmou para o dia 5 de junho a saída em direção ao Juruá, com parada nos pontos mais críticos da estrada.
Comitiva
Nicolau revelou que todos os 23 deputados estaduais foram convidados, além da bancada federal, DNIT, AGU, FIEAC e Fecomercio. Na viagem, os parlamentares irão verificar as condições atuais da rodovia, produzir um relatório e cobrar do governo federal, imediata recuperação do trecho.
Programação
A caravana vai partir as 6H do dia 5 de junho do Lago do Amor, em Rio Branco, onde será ofertado um café um café da manhã. A primeira parada acontece na ponte do caeté, em Sena Madureira, onde a equipe da ALEACTV fará transmissão ao vivo da visita técnica para mostrar como estão as obras no local, que vai ser interditado porque a ponte precisa passar por reparos.
Comparativo
Do Caeté até Manoel Urbano, a caravana vai comparar um trecho pavimentado onde foi empregado o macadame, uma técnica onde é aplicada 35 centímetros de pedras no solo e comparar com outros trechos que estão totalmente esburacados.
Fim de linha
Pelo cronograma da viagem, a terceira parada deve ocorrer na ponte do rio Tarauacá, que está em obras de extensão da cabeceira. Lá comitiva será recepcionada pelo prefeito Rodrigo Damasceno, que vai ofertar um almoço ao grupo. A chegada em Cruzeiro do Sul está prevista para a noite de quinta-feira. Na sexta, dia 6, o grupo participa de um café da manhã oferecido pelo prefeito Zequinha Lima e em seguida participa de um ato público em frente a catedral, onde serão exibidas imagens do dia anterior, para mostrar a população da segunda maior cidade do estado, o real estado em que se encontra a Br.
Articulação
A propósito da rodovia que liga a capital à Cruzeiro do sul, ainda ontem o senador Alan Rick (UB) a convite do deputado Nicolau Júnior, teve um encontro com o parlamentar para tratar sobre a situação crítica da principal rodovia que liga o Acre ao restante do país.
Pressão
Durante a visita, o senador retribuiu o gesto, convidando Nicolau a acompanhá-lo em uma agenda, na próxima semana, em Brasília com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e com o diretor-geral do DNIT, Fabrício Galvão. O objetivo é solicitar celeridade na licitação dos primeiros 200 km da reconstrução da BR-364, inicialmente prevista para abril, mas agora adiada para julho.
Agilização
Alan ressaltou que o atraso no processo licitatório preocupa, pois compromete o cronograma de obras e o aproveitamento do verão amazônico. “Nosso pedido ao ministro é que antecipe o processo para o início de junho, para que as obras comecem ainda neste verão. Não adianta mais ‘enxugar gelo’. A estrada precisa ser reconstruída, com um novo projeto de engenharia que é o macadame hidráulico”, reforçou. Nicolau prontamente aceitou o convite do senador para estar em Brasília e o parabenizou pelo trabalho.
Contexto
“É muito bom ter um senador aqui na Casa do Povo. O Alan trouxe notícias importantes, como essa preocupação com a licitação da BR-364, que ainda não aconteceu e precisamos apertar. Ele, como coordenador da bancada, está cobrando lá em Brasília pra que isso aconteça logo, porque o verão já começou e a estrada precisa ser reconstruída”, externou o deputado.
Reciprocidade
E segue: “ Convidei ele pra participar da nossa caravana, e ele também me convidou pra estar em reuniões com o ministro e o DNIT na próxima semana. O importante agora é o Acre se unir. A Assembleia vai estar sempre à disposição. Foi um prazer receber o senador aqui e quero parabenizar pelo brilhante mandato que ele vem fazendo em Brasília”, declarou Nicolau Júnior.
Infraestrutura
Além da BR-364, o senador também pontuou o trabalho para o início das obras do Anel Viário de Brasiléia e Epitaciolândia, cuja retomada está prevista para a segunda quinzena de junho, e o lançamento do edital do projeto da ponte entre Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul. “Os recursos já foram alocados pela bancada federal e, se Deus quiser, ainda este ano damos esse passo importante para realizar esse sonho antigo da população do Juruá”, concluiu.
Tempo quente
O clima esquentou nesta segunda-feira no Supremo Tribunal Federal (STF), no primeiro dia de depoimentos das testemunhas de acusação no processo sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022. O ministro Alexandre de Moraes deu uma bronca no ex-comandante do Exército na gestão de Jair Bolsonaro, general Marco Antônio Freire Gomes, por entender que o militar expôs ao Supremo uma versão diferente da apresentada à Polícia Federal na fase de investigação.
Raiz
A repreensão de Moraes remonta ao fato de que ao STF Gomes Freire confirmou ter participado de uma reunião em que Bolsonaro exibiu uma minuta golpista, mas minimizou o documento e disse não ter visto conluio do comandante da Marinha no apoio à tentativa de golpe. “Ele apresentou esses considerandos, todos eles embasados em aspectos jurídicos, dentro da Constituição. Não nos causou espécie”, disse. “Se mentiu para a Polícia Federal, tem que dizer que mentiu para a Polícia”, afirmou Moraes, após interromper o general. Freire Gomes respondeu: “Após 50 anos de Exército, jamais mentiria”.
Testemunho
Antes do depoimento de Freire Gomes, o ex-coordenador de inteligência da Polícia Rodoviária Federal, Adiel Alcântara, afirmou ter recebido ordem da Diretoria de Operações da PRF para que sua equipe reforçasse as abordagens a ônibus e vans nas eleições de 2022.
Cronograma
Na quinta-feira, 22, a Primeira Turma do Supremo vai analisar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 11 militares e um agente federal suspeitos de participação no golpe. O grupo estaria encarregado das “ações coercitivas”, incluindo o sequestro e assassinato de autoridades.
Posição
A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, rebateu as críticas de que teria cometido uma gafe em um jantar entre a comitiva brasileira e o presidente chinês Xi Jinping, durante visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China.
Referendo
Janja confirmou que fez críticas aos efeitos nocivos do aplicativo TikTok diretamente ao mandatário chinês. O episódio foi vazado por integrantes da comitiva brasileira e causou uma crise no Planalto. “Por mais que algumas pessoas se sintam incomodadas ou achem que não cabe a mim falar, reforço aqui meu compromisso de seguir lutando por um espaço digital respeitado, principalmente, porque me preocupo imensamente com as mulheres e crianças deste país, as principais vítimas dos crimes digitais”, afirmou, durante evento em Brasília.
Oportunidade
A oposição aproveitou a polêmica para questionar o Planalto a respeito das viagens da primeira-dama. Ao menos oito requerimentos foram apresentados na Câmara dos Deputados pedindo informações sobre as despesas das viagens de Janja à Rússia e à China.
Atenção
O Planalto já começa a demonstrar preocupação com os efeitos políticos da ligação do irmão mais velho do presidente Lula, Frei Chico, com o escândalo do INSS. Frei Chico é vice-presidente do Sindicato dos Aposentados, uma das entidades investigadas no esquema de descontos irregulares. Seu nome tem sido citado em aplicativos de mensagens e redes sociais comandados por grupos de direita. Ao menos um assessor palaciano tem prestado consultoria a Frei Chico sobre como responder às acusações. E a Câmara deve votar hoje um projeto de lei que proíbe os descontos associativos de aposentados e pensionistas.