Não é só no Acre que a chapa majoritária ligada ao governo apresenta indefinição, suspense motivado pela sigla União Brasil, partido surgido na fusão do DEM com o PSL. A cúpula do União Brasil em São Paulo, partido que em nossas plagas é presidida pelo senador Márcio Bittar e tenciona alojar a esposa Márcia Bittar na chapa majoritária de Gladson Cameli, em São Paulo ameaça romper com o governador paulista Rodrigo Garcia (PSDB) e lançar o ex-juiz Sergio Moro como candidato ao governo de São Paulo nas eleições deste ano.
Âncora
O discurso é de que Moro não só daria palanque a Luciano Bivar, pré-candidato do União Brasil à Presidência da República, como ajudaria ainda mais a eleger deputados federais da sigla na paulicéia.
Goela abaixo
“Há membros da executiva em São Paulo que querem colocar o Moro candidato a governador para ter um palanque no estado, fortalecer o 44 (número do União Brasil). Para alguns deputados, isso é conveniente porque, com uma candidatura a governador, você teria um voto de legenda mais considerável”, afirma o deputado federal Júnior Bozzella, vice-presidente do União Brasil em São Paulo.
“Conje”
A aposta é de que a “dobradinha” da família Moro, com o ex-ministro como candidato ao governo e sua esposa, a advogada Rosângela Moro - ‘conje’ na expressão de Moro - a uma vaga na Câmara por São Paulo, contribuiria ainda mais para a eleição de uma bancada federal robusta.
Imbróglio
“Com Moro governador e a Rosângela deputada, você teria muito voto de legenda, e a Rosângela, automaticamente, herdaria esses votos que o Moro teria para deputado federal. Então, uniria o útil ao agradável. Seria um belíssimo palanque para o Bivar em São Paulo, além de favorecer a chapa de deputado federal em São Paulo e o União Brasil no país como um todo”, argumenta Bozzella. Até então, o ex-juiz da Lava Jato vinha se articulando para ser candidato ao Senado na chapa de Rodrigo Garcia, que tentará reeleição em outubro deste ano.
Pé na estrada
O pré-candidato ao governo do Acre, senador Sérgio Petecão (PSD), deu o pontapé inicial de sua campanha, tendo como fio da meada a construção de seu Plano de Governo. Por esses dias, Petecão inicia caravana rumo as regionais do Juruá e Tarauacá/ Envira.
Itinerário
A comitiva vai percorrer as cidades de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Tarauacá e Feijó. O objetivo é conversar com a população e discutir ações que irão direcionar o mandato de Petecão, em caso de sucesso nas urnas.
Cooperação
Petecão tem recebido sugestões de várias categorias. A primeira contribuição veio de um grupo de professores da Ufac. O material entregue a Petecão contou com proposta de diferentes eixos. Logo depois, foi a vez de um grupo ligado a cultura, além de líderes evangélicos, que também deixaram suas opiniões, principalmente na área social.
Ferramenta
Petecão lançou uma plataforma digital para garantir a participação popular na construção deste conjunto de propostas. A comunidade tem recebido com entusiasmo a iniciativa e o site onde as sugestões são depositadas tem contabilizado mais de 100 sugestões por dia.
100% Popular
“Nós vamos discutir o plano de governo em todas as regionais do estado, do município mais acessível ao mais isolado. Não adianta fazer plano de governo mirabolante e depois não cumprir nada. O nosso objeto é fazer um plano enxuto, que possamos executar”, externa o pré-candidato ao governo, Sérgio Petecão.
Queridinhos
Nos últimos quatro anos os militares das Forças Armadas tiveram o maior aumento médio de salário entre os servidores do governo federal. Em uma década, a renda dos militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica aumentou 29,6%, descontada a inflação do período. É quase cinco vezes a média das carreiras federais (6,3%) e o dobro do que todas as categorias do funcionalismo brasileiro, incluindo União, Estados e municípios, que registraram alta de 13,8%, em média.
Espaçoso
O ministro Paulo Guedes (Economia) chega à reta final do mandato de Jair Bolsonaro (PL) com mais poder. Segundo analistas, Guedes tem ampliado sua influência no governo se equilibrando entre o que prega sua cartilha liberal e o esforço para atender às vontades do chefe.
Robustez
A escolha de dois membros de sua equipe, no caso Adolfo Sachsida para o Ministério de Minas e Energia e Caio Mario Paes de Andrade para o comando da Petrobras, reforça o fortalecimento de Guedes em áreas estratégicas como os combustíveis
Lula
A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai intensificar a estratégia batizada de “dois lados”, em que faz um contraste entre o Brasil do ex-presidente e o do atual presidente Bolsonaro (PL). O próximo tema a ser abordado é o ambientalismo, reforçando os números da devastação na Amazônia. Na segunda semana de junho, o ex-presidente deve fazer uma viagem à região e pretende dar caráter simbólico à passagem.
PRF
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) mudou seu discurso em relação à morte de Genivaldo de Jesus Santos, que aconteceu durante uma abordagem policial feita na 4ª, 25.05, na BR-101, em Umbaúba (SE). Em vídeo divulgado nas redes sociais no sábado, representante da corporação disse que o caso causa “indignação”. Ainda bem que o bom senso reapareceu!
Fotografia
Ainda sobre o processo de campanha presidencial, pesquisa telefônica do Instituto FSB, patrocinada pelo Banco BTG Pactual e divulgada nesta segunda-feira (30), traz mais um dado negativo para o pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes: mais da metade de seus eleitores dizem que podem mudar o voto até outubro. Ciro aparece na pesquisa com 9% das intenções de voto. Lula (PT) é o líder, com 46%, e Jair Bolsonaro (PL) o segundo colocado, com 32%.
Mobilidade
Entre os que declararam à pesquisa voto em Ciro Gomes, 55% disseram que ainda podem mudar de posição. Os que responderam que a decisão “já está tomada e não vai mudar mais” representam 44%. Não sabem ou não responderam somam 1%.
Convicção
Os eleitores de Lula e Bolsonaro são os mais decididos. Entre os apoiadores de Lula, 80% garantem o voto no petista e 20% dizem que ainda podem mudar. Entre os bolsonaristas, 79% dizem que o voto está garantido e também 20% dizem que ainda pode ser alterado.
Atalho
Os índices de Ciro Gomes reforçam a avaliação de que boa parte de seu eleitorado pode optar pelo voto útil nas urnas, trocando o pedetista por Lula para barrar a possibilidade de reeleição de Bolsonaro.