A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), registra 475 novos casos de infecção por coronavírus ontem, sexta-feira, 29, sendo 197 casos confirmados por exame de RT-PCR e 278 testes rápidos. O número de infectados subiu de 47.461 para 47.936 nas últimas 24 horas.
Números
Até o momento, o Acre registra 134.924 notificações de contaminação pela doença, sendo que 86.115 casos foram descartados e 873 exames de RT-PCR seguem aguardando análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen) ou do Centro de Infectologia Charles Mérieux. Pelo menos 39.899 pessoas já receberam alta médica da doença, enquanto 175 pessoas seguem internadas.
Fonte
Os dados da vacinação contra a Covid-19 no Acre podem ser acessados no Painel de Monitoramento da Vacinação, disponível no endereço eletrônico: http://covid19.ac.gov.br/vacina/inicio. As informações são atualizadas de acordo com a plataforma do Ministério da Saúde (MS), ficando sujeitas a alterações constantes, em razão das informações inseridas a partir de cada município.
Passo seguinte
Sobre a pandemia, o govenador Gladson Cameli, em breve, será instado a adotar medidas mais severas para conter o contágio da covid-19. A questão é de racionalidade. É geográfica! A nova cepa do vírus estpá instalada na região norte e é irradiada a partir de Manaus-Am.
Mudança de faixa
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), anunciou hoje cedo da manhã que a região do Baixo Amazonas e Calha Norte entrará em lockdown por causa da identificação de dois casos da variante de Manaus do novo coronavirus na cidade de Santarém (PA).
Imposição
A medida valerá a partir das 0h de segunda-feira (1º). A região faz divisa com Amazonas, que enfrentou um colapso no sistema de saúde diante do aumento de casos de covid-19 na última semana. Uma variante, que foi identificada primeiro em Manaus e se tornou predominante no estado amazonense, é apontada como responsável pela explosão da doença diante de um maior potencial de transmissibilidade.
Radicalização
“Foi identificada a presença da nova cepa do coronavírus nesta região, além disso o aumento da procura por leitos clínicos e de UTI para pacientes de covid nos trazem severas preocupações da capacidade do sistema de atender a todos. Por essa razão, estaremos mudando o bandeiramento para preto, lockdown. Isso é necessário para salvar a vida da nossa população e evitar a proliferação do vírus e consequentemente que o problema se agrave, o que pode levar a óbito vários paraenses”, disse.
Farra
Um dia após dizer que não fará uma ampla restruturação do seu primeiro escalão, o presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem que considera recriar três ministérios, atualmente com status de secretarias: Cultura, Esportes e Pesca.
Gula
Lideranças do Centrão, que negociam cargos em troca do apoio ao governo, afirmam que as mudanças serão pontuais, mas que as promessas feitas pelo Palácio do Planalto serão cobradas.
Moeda de troca
Bolsonaro adiantou que esse tema pode ser tratado caso seus aliados sejam eleitos para comandar o Congresso. O governo trabalha para eleger na segunda-feira Arthur Lira (PP-AL) na Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado.
Mudança de tom
O presidente, que na campanha eleitoral prometeu diminuir os ministérios de 29 (na gestão Michel Temer) para 15, se antecipou a possíveis críticas, dizendo que não há problema em aumentar o número, “porque o Brasil é um país muito grande”. O governo começou com 22 pastas e em junho do ano passado foi recriada a das Comunicações para entregar ao deputado Fábio Faria (PSD-RN).
Não é bem assim!
Integrantes do governo minimizaram a fala do presidente e dizem que não há nenhum estudo sobre a recriação destas pastas - Cultura, Esportes e Pesca. De acordo com um auxiliar do Planalto, a fala de Bolsonaro era apenas um elogio aos três secretários.
Promessa é dívida!
Lideranças do Centrão afirmam que as mudanças não devem ser amplas, mas esperam que elas ocorram conforme acertado com os partidos. Um líder, em conversa com a imprensa, mencionou que promessas não cumpridas podem ter consequências. O governo aposta na distribuição de cargos e emendas para ter o Congresso ao seu lado.
Novo formato
O governo do presidente Jair Bolsonaro inovou na prática de trocar verbas por votos no Congresso. Enquanto seus antecessores direcionavam seus esforços para cooptar o chamado baixo clero, grupo de parlamentares sem influência nas decisões das casas legislativas, mas que votam da mesma forma, o atual governo privilegiou caciques na Câmara e no Senado, empoderando ainda mais esses políticos.
Comprovante
O novo modus operandis e retratado numa planilha de controle de recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional, revelada nesta quinta-feira, 28, pela imprensa, que beneficiou 285 congressistas com R$ 3 bilhões de dinheiro extra, além dos recursos que eles já têm direito a direcionar por meio de emendas.
Inovação
Até mesmo quem não tem mandato, como o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, pode indicar valores para obras. Um dos nomes fortes do Centrão, Kassab se tornou um conselheiro de Bolsonaro, mesmo sendo próximo do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), arqui-inimigo do mandatário.
Mais do mesmo
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) é quem recebeu a maior fatia do dinheiro “extra” destinado a redutos eleitorais por indicação política. No comando da Congresso, Alcolumbre se tornou um fiel escudeiro do presidente e evitou que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho de Bolsonaro, fosse alvo do Conselho de Ética por seu envolvimento em um suposto esquema de rachadinha quando era deputado estadual no Rio.
Operacionalização
A divisão da bolada tem sido negociada pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e acontece em meio à tentativa do Palácio do Planalto de eleger aliados no comando da Câmara e do Senado. A planilha, informal e sem timbre, inclui repasses de recursos do Orçamento que não são rastreáveis por mecanismos públicos de transparência, que vão além daqueles que os congressistas têm direito via emendas parlamentares.
Abençoados
A “caixinha” paralela das obras do Ministério do Desenvolvimento Regional soma R$ 3 bilhões e, de acordo com a planilha, embora atenda a indicações de 285 parlamentares, há uma concentração de R$ 1,77 bilhão apenas entre dez senadores e quinze deputados.