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Campanha 

O deputado federal Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado pelo Palácio do Planalto à presidência da Câmara dos deputados em oposição ao deputado Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado pelo atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), chega a Rio Branco (AC) na manhã desta quinta-feira 07/01. Arthur Lira se reúne num almoço em Rio Branco, a partir das 11h30min, com o governador, parlamentares e lideranças do PP. O encontro terá lugar no restaurante Mata Nativa, na região na Via Verde, região do Segundo Distrito da Capital.

Eleitorado 

Embora o PP – partido do candidato Lira - não tenha um deputado federal no Acre, tem pelo menos seis deputados federais de partidos aliados que são eleitores em potencial de Arthur Lira. São eles: Alan Rick (DEM), Vanda Milani (Solidariedade), Flaviano Melo e Jéssica Sales (MDB) e Mara Rocha (PSDB). 

Posição 

Dos seis parlamentares acreanos com direito à voto na disputa pelo comando da Câmara, Flaviano Melo, em tese, deveria votar no candidato Baleia Rossi, presidente nacional de seu partido, mas, no entanto, como o pretendente à presidência da Câmara vem sendo apoiado por partidos de oposição ao governo Bolsonaro no Acre, como o PT, PC do B, PSOL e outras siglas de esquerda, é possível que o mais longevo cacique da política local no exercício de mandatos, vote com o candidato do governo. 

Carne e unha 

Flaviano, neste caso, seguiria a orientação do senador Márcio Bittar (MDB-AC), que, embora esteja no MDB, partido que guarda o concorrente de Arthur Lira, é um dos atuais senadores mais alinhados com o presidente Jair Bolsonaro.

Contabilidade 

Os partidos que declararam apoio a Baleia Rossi, candidato do grupo de Rodrigo Maia (DEM-RJ), somam 278 dos 513 deputados. São 11 legendas que apoiam o emedebista: MDB, PT, PSL, PSDB, PSB, DEM, PDT, PCdoB, Cidadania, PV e Rede. Caso Baleia Rossi, de fato, obtivesse de 100% desse apoio, estaria eleito. Para vencer, um candidato precisa de de 257 votos.

Parcerias 

Já Arthur Lira – o candidato do presidente Jair Bolsonaro e do Centrão – é apoiado formalmente por PP, PL, PSD, Republicanos, Solidariedade, Pros, PSC, Avante e Patriota. Em tese, ele conta com 195 votos.

Promessa 

Em entrevista recente à imprensa nacional, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, assegurou que os 11 deputados petebistas vão apoiar Lira. O candidato do PP também dá como certo que terá os 10 votos do Podemos. Nesse caso, Lira teria 216 votos – ainda assim, insuficientes para elegê-lo.

Projeção 

A questão, entretanto, é que que Lira calcula que pode ultrapassar os 300 votos devido ao apoio de deputados do bloco rival. Rossi não acredita nesse cenário, mas sabe que perderá alguns votos. E também conta com traições do lado adversário.

Garganta 

Por enquanto, os dois candidatos cantam vitória. Para ser eleito presidente já no primeiro turno, um deles tem que alcançar 267 votos. Pelas contas de analistas, por enquanto, com o apoio de nove partidos, o candidato do Planalto disporia de apenas 190 votos. Isso não quer dizer, porém, que Baleia Rossi tenha o restante dos 513 deputados, vez que a votação é secreta e traições podem ocorrer. 


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Parceria 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, visitou na terça-feira, 5, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Francisco Djalma da Silva. Foi a primeira visita oficial da gestão de Bocalom ao Poder Judiciário e resultou em parceria com a instituição.

Entourage 

Bocalom estava acompanhado da procuradora-geral do Município, Francisca Araújo Mota e do procurador adjunto, Joseney Cordeiro. O presidente da Câmara de Vereadores, N.Lima, foi a convite do prefeito que destacou a importância da independência entre os poderes e como pretende direcionar a Câmara. “É isso que nós vamos fazer na Câmara Municipal de Rio Branco com o prefeito Bocalom, com a Justiça e todos os órgãos públicos. Vamos trabalhar em comum acordo para o bem do nosso estado e município”, disse Lima.

Reciprocidade 

Por seu turno, o Desembargador Francisco Djalma da Silva demonstrou satisfação com a iniciativa do governante municipal. “É um prazer receber o Sebastião Bocalom aqui no Tribunal de Justiça como prefeito de Rio Branco. Assim como a sociedade, esperamos que sua administração seja bem-sucedida.  Fizemos a parceria para cessão de servidores de ambas as partes. É importante que os poderes trabalhem na mesma harmonia”, enfatizou o Presidente do TJ.

Perigo iminente 

O ataque de extremistas norte-americanos ao Capitólio dos EUA, incitado por Donald Trump, fez muita gente importante nos meios político e jurídico do Brasil verbalizar publicamente uma defesa intransigente da democracia. 

Entrelinhas 

O subtexto, porém, foi além do triste episódio ocorrido nos EUA e mirou o futuro do nosso país: desde o final do ano passado vem crescendo o temor de algo semelhante ocorrer por aqui caso Jair Bolsonaro seja derrotado nas urnas em 2022. Em quase todas as manifestações foi possível identificar referências indiretas ao cenário brasileiro.

Risco? 

Em privado, um embaixador lembra que Bolsonaro está se afastando cada vez mais do centro político e mantendo aposta nos radicais: pode ficar isolado num mundo particular como Donald Trump.

Vixe! 

A apoiadores ontem, Bolsonaro voltou a dizer que as eleições americanas foram fraudadas, assim como a de 2018 no Brasil. Vale lembrar, claro, que o atual governo está armando a população, como apurou a CPI que levanta o patrocínio de atos antidemocráticos e mostrou a reunião de maio do ano passado quando da denúncia feita pelo ex-ministro da justiça Sérgio Moro. 

Alerta

 “Milícias presencias ou digitais, discursos de ódio e agressões às instituições corroem a democracia e destroem a esperança em um futuro melhor e mais igualitário”, afirmou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, responsável por inquéritos que têm bolsonaristas como alvo.

Lição 

“Da mesma forma que os vencedores têm que saber vencer, os derrotados têm que compreender a derrota e aceitá-la dentro de um sistema democrático”, afirmou o senador Nelson Trad (PSD-MT), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Mais um

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), vê um “alerta”: “A tentativa de golpe na maior democracia do planeta nos mostra aonde pode chegar a política do ódio, do radicalismo e das fake news”.

Tomara

O ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira adota postura mais otimista. “Acho que não há chances de termos algo parecido, sobretudo porque temos um voto eletrônico que não deixa dúvidas quanto ao resultado”, disse.