O governador Gladso Cameli (PP) e o presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), Nicolau Júnior (PP), reuniram-se em torno de um café da manhã para uma sessão de agradecimentos e, é claro, troca de impressões sobre o momento político do Acre.
Reconhecimento
Nicolau frisou que o objetivo de patrocinar o encontro foi o de agradecer ao governador pela união de forças dos Poderes (Legislativo e Executivo) no sentido de levar à frente projetos que fortaleceram as instituições republicanas e se transformaram em resultado efetivo para a melhoria da vida das pessoas.
Reciprocidade
Por seu turno, o governador Gladson foi enfático ao reconhecer a parceria e a cooperação, entre os poderes, dizendo que a aprovação do seu governo está ligada as ações da Assembleia. “Nós temos informações e dados que comprovam isso. O trabalho da Assembleia tem sido, em parte significativa, responsável pelo nosso sucesso”.
Avaliação
E foi além: “Por isso eu também tenho que agradecer ao presidente Nicolau, que sem demérito nenhum a qualquer gestor que já passou por essa casa, é o melhor presidente que a ALEAC já teve. Sua ação à frente do Legislativo do Acre transformou a dinâmica da ação dos deputados e deputadas. Isso deve ser reconhecido”.
Bola cheia
Indagado sobre especulações que incluem Nicolau Júnior como um dos componentes da chapa majoritária que receberá a unção do Palácio Rio Branco na disputa de sua sucessão em 2026, Gladson fez elogios à Nicolau e destacou o trabalho do deputado à frente da Aleac, o que lhe credencia a disputar qualquer cargo, inclusive pleitear a sua sucessão.
Conceito
“Ele é um nome forte. Um nome que tem que está sendo apreciado. Isso aí eu digo em todas as minhas falas. Não é a primeira vez que eu digo isso. E que tem todo o direito. Qual é o político que não sonha e que não quer ser governador do Acre? Nós temos que pensar em novas lideranças”, frisou.
União
A despeito de notícias veiculadas na imprensa dando conta de um rompimento politico entre a virtual candidata ao governo Mailza Assis (PP) e o prefeito da capital Tião Bocalom (PL), o governador aproveitou para reafirmar que seu grupo político sairá unido e que o entendimento prevalecera: “O grupo todo vai estar na mesa sentado para que a gente possa sair unido nas eleições de 2026. Tem muita água por debaixo da ponte”, concluiu.
Posse
O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira, 29, destacando a necessidade de um Judiciário independente e contido, afastado de pressões externas e do populismo.
Diálogo
Em seu discurso de posse, o ministro defendeu o diálogo com os demais Poderes e manifestou apoio a Alexandre de Moraes, responsável por processos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. “Um Judiciário submisso perde credibilidade. Justiça não é espetáculo, exige contenção”, disse o novo presidente do STF.
Horizonte
A posse de Fachin foi recebida com otimismo no Congresso. Parlamentares acreditam que, dado seu perfil discreto, o novo presidente do STF deve melhorar a relação da Corte com o Legislativo.
Incômodos
Hoje há vários pontos de tensão entre os poderes, como a operações contra congressistas por conta das emendas ao Orçamento e o projeto que pode anistiar ou reduzir as penas dos condenados pela tentativa de golpe de 2022.
Analgésico
A Câmara vai tentar suspender, e não cassar, o mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Um deputado bolsonarista, o mineiro Marcelo Freitas (União), foi escalado relator da Comissão de Constituição e Justiça e deve tentar salvar o mandato do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Jeitinho brasileiro
A cassação, dizem muitos parlamentares, perdeu força, e a suspensão passou a ser considerada o caminho mais provável. Marcelo Freitas deve recomendar uma suspensão de dois a três meses a Eduardo Bolsonaro.
Calo
Mas as coisas não devem ser tão simples assim. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), pediu que Marcelo Freitas seja considerado suspeito para relatar o processo que pode resultar na cassação de Eduardo Bolsonaro. Segundo Lindbergh, o relator não teria condições de conduzir o caso com isenção. O pedido foi formalizado à Mesa Diretora da Câmara.
Memórias do cárcere
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visitou nesta segunda-feira, 29, em Brasília o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar. Após quase três horas de conversa, ele deixou o local dizendo que “hoje” seus planos são concorrer à reeleição, embora seja apontado como candidato favorito da direita para enfrentar o presidente Lula no ano que vem.
Recaída
Mais tarde, um médico foi chamado à casa de Bolsonaro para atender o ex-presidente, que teve nova crise de soluços e vômitos.
Simples assim...
Apesar do encontro de Tarcísio com Bolsonaro, o que ninguém explicou ainda é que Bolsonaro não tomará uma decisão definitiva quando a seu integral apoio à candidatura do governador paulista para sucedê-lo como líder no agrupamento político que capitaneia. Ele não consegue. Bolsonaro é um homem com medo que joga bravatas na esperança de convencer alguém de sua coragem.
Veto
O presidente Lula vetou nesta segunda-feira, 28, parte do projeto que altera a Lei da Ficha Limpa, aprovado pelo Congresso. O trecho rejeitado contava os oito anos de inelegibilidade de políticos cassados a partir do momento da cassação, não do fim do mandato que exerciam, o que, na prática, lhes permitiria concorrer a uma nova eleição mais cedo.
Bombeiro
O presidente americano Donald Trump anunciou que Israel aceitou um plano de paz para a Faixa de Gaza elaborado pela Casa Branca, que prevê a libertação de todos os reféns — vivos e mortos — mantidos pelo Hamas, além da rendição incondicional do grupo, que controla o enclave palestino desde 2007 e foi responsável pelos ataques terroristas em Israel, que deixaram 1,2 mil mortos em 7 de outubro de 2023.
Condições
Segundo o plano apresentado por Trump, os combates seriam encerrados imediatamente após a libertação dos 20 reféns ainda vivos e a entrega dos corpos de outros 28 mortos a Israel. A proposta também prevê que o Hamas deponha suas armas e que Gaza se transforme em uma zona desmilitarizada.
Diretrizes
O documento, que não foi previamente apresentado ao Hamas, estipula a criação de um comitê independente — provisoriamente chamado de Comitê da Paz — para administrar Gaza após o fim do conflito, excluindo qualquer participação da Autoridade Palestina no pós-guerra. Esse comitê seria presidido pelo próprio Trump e teria o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair como uma espécie de diretor-executivo de Gaza.
Reação
Em comunicado conjunto na Casa Branca, Trump e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmaram que, caso o Hamas não aceite o ultimato, os Estados Unidos apoiarão novas ações militares de Israel no enclave palestino. Netanyahu disse que em caso de recusa da proposta, Israel irá “acabar o com o serviço” sozinho.
Aceitabilidade
O plano recebeu boa receptividade internacional. O presidente francês, Emmanuel Macron, parabenizou Trump pela proposta e afirmou que a França pretende trabalhar para sua implementação.
Mais apoio
Na mesma linha, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, declarou apoiar a iniciativa. Mesmo alijada dos planos iniciais para a administração de Gaza no pós-guerra, a Autoridade Palestina também se manifestou favoravelmente. Países árabes como Jordânia, Arábia Saudita, Egito, Catar e Emirados Árabes Unidos adotaram a mesma posição de apoio.
Leitura
Para muitos analistas do Oriente Médio, o plano se assemelha mais a um ultimato ao Hamas, que não teria espaço para negociação. O Hamas afirmou que “está estudando” a proposta, mas não indicou prazo ou formato para responder a EUA e Israel. Em Gaza, as reações foram mistas: enquanto alguns moradores veem a proposta como uma armadilha para expulsar palestinos do território, outros manifestaram esperança de que a guerra finalmente chegue ao fim. (Al Jazeera)