O jornalista Lauro Jardim, em sua coluna diária no jornal O Globo (https://oglobo.globo.com/), veiculada na data de hoje, 13, informa que os entrevistadores do Instituto Genial/Quaest estão nas ruas desde ontem, 12, para entrevistar até amanhã, domingo, 14, 2.004 brasileiros de todo o país para medir a avaliação sobre o governo Lula (PT), a percepção dos brasileiros sobre a economia e também sobre o julgamento no STF que condenou Jair Bolsonaro (PL) e outros sete golpistas.
Prospecção
No questionário, haverá espaço ainda para perguntas sobre a anistia e a visão da população a respeito das relações do Brasil com os EUA. A pesquisa será divulgada em duas etapas: na quarta-feira, 17 a avaliação do governo e a reação dos brasileiros ao julgamento do golpe; e, no dia seguinte, os cenários para a eleição de 2026.
Reação
Nas pesquisas publicadas nos últimos dias, do Datafolha e do Ipec, Lula voltou a melhorar sua aprovação, ainda que o índice de reprovação permaneça mais alto. Mais do que alta, a reprovação durante todo este ano continuou maior que a aprovação, um indicador perigoso para qualquer governo que pensa em reeleição.
Voz das ruas
Para o governo e a oposição será também um termômetro para medir o humor do brasileiro no pós-julgamento. Foram duas semanas de julgamento. Dezenas de horas de transmissão nas TVs e rádios, milhares de postagens em sites e redes sociais em que se criaram narrativas variadas sobre a tentativa de golpe. Como, afinal, o brasileiro avaliou o veredito dos cinco ministros do STF?
Tarifaço
A pesquisa poderá captar ainda o resultado da nova postura do governo em relação ao tema soberania, que hoje é a pedra de toque do governo em termos de imagem ao lado da recém-lançada campanha publicitária da Secom, já com o novo slogan "Governo do Brasil do lado dos brasileiros".
Leilão
A Receita Federal em São Paulo vai realizar no dia 25 de setembro mais um leilão eletrônico de mercadorias apreendidas ou abandonadas. Ao todo, serão 259 lotes disponíveis, com itens que vão de carros e motos a eletrônicos, como smartphones, smartwatches, videogames, drones, câmeras fotográficas, componentes de informática, fones de ouvido e instrumentos musicais.
Participação
Segundo o edital, o leilão será aberto a pessoas físicas e jurídicas. O período para envio de propostas começa às 8h do dia 18 de setembro e termina às 18h do dia 24. A sessão para lances está marcada para as 10h do dia 25, sempre no horário de Brasília. Os interessados deverão fazer ofertas para os lotes fechados, ou seja, conjuntos específicos de itens definidos previamente.
Cardápio
O lote com menor valor inicial tem lance mínimo de R$ 30 e inclui um pneu de automóvel da marca Pirelli. Já o mais caro começa em R$ 480 mil e reúne milhares de refletores de LED. Entre os destaques, estão os lotes 77 e 78, com iPhones 11 e 12 a partir de R$ 800 e R$ 1,3 mil; os lotes 258 e 259, com SUVs Brilliance a partir de R$ 40 mil; e os lotes 74 a 93, com celulares Xiaomi e Motorola a partir de R$ 160. Há ainda o lote 35, com 200 motos elétricas modelo A3 a partir de R$ 24 mil, e o lote 63, com três drones e acessórios a partir de R$ 17 mil.
Visitação
Os bens estarão disponíveis para visitação presencial entre 15 e 23 de setembro, em cidades como São Paulo, Guarulhos, Santos, Sorocaba e Bauru. O agendamento deve ser feito conforme orientações do edital.
Habilitação
Para participar, pessoas físicas precisam ser maiores de 18 anos, ter CPF e selo de confiabilidade Prata ou Ouro na plataforma gov.br. Já pessoas jurídicas devem ter CNPJ regular e responsável cadastrado com selo Prata ou Ouro. O pagamento será feito por meio de Darf, e os itens arrematados deverão ser retirados em até 30 dias.
Degola
O governo Lula (PT) deve rever indicações para cargos federais dos deputados e senadores que votarem a favor do projeto de lei que prevê anistia aos condenados pelos ataques golpistas do 8 de Janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo cinco pessoas que estão a par das conversas. O alerta foi passado por integrantes do Palácio do Planalto a ministros e líderes partidários.
Postura
A orientação do governo é de oposição ao projeto de lei, e a principal tarefa é evitar que o tema seja levado ao plenário da Câmara. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautar o projeto.
Retaliação
Caso isso ocorra, o Planalto usará todos os instrumentos que tem à disposição, segundo um interlocutor do presidente da República. Isso passa por rever as indicações aos cargos na máquina federal e também pelo pagamento de emendas parlamentares ao Orçamento.
Joio e trigo
Nas palavras de outro aliado de Lula, a votação da anistia será um divisor de águas, definindo quem é de fato do governo e quem não é. Ele diz que é preciso saber disso até mesmo para pensar no cenário eleitoral de 2026 e entender quais partidos ou alas dessas siglas irão caminhar com Lula no próximo ano.
Avanço
As negociações em torno da proposta da anistia avançaram na última semana em resposta ao julgamento de Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal) e envolveram partidos do centrão e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O ex-presidente foi condenado pela Primeira Turma da corte a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma trama para permanecer no poder.
Pressão
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), que até então se mostrava contrário à votação do projeto de anistia, afirmou nos últimos dias que estava discutindo essa possibilidade, diante da maior pressão dos líderes.
Soberania
Há uma avaliação entre integrantes do governo e até mesmo do próprio presidente da República que a aprovação da anistia representaria uma vitória do governo dos Estados Unidos, num momento em que Donald Trump lança uma ofensiva contra o Brasil e impõe sobretaxa de 50% a produtos brasileiros. Um aliado de Lula no Congresso diz que a aprovação da anistia representaria uma interferência direta de Trump no Brasil, e diz que o próprio Legislativo sairia enfraquecido nesse processo.
Sinecura
A SRI (Secretaria de Relações Institucionais), à frente a deputada Gleise Roffmann, já está elaborando um relatório com todas as indicações a cargos federais –desde postos em empresas, autarquias e na estrutura da Esplanada até nos postos regionais. O União Brasil e o PP falam em desembarque do governo federal, mas mantêm ministérios, estatais e cargos nos estados que não pretendem entregar neste momento.
Engajamento
Nesta semana, Gleisi convocou ministros de partidos do centro para traçar uma estratégia que evite o avanço do projeto de lei no Congresso. De acordo com relatos, ela pediu empenho dos colegas de Esplanada e afirmou que eles devem atuar junto aos líderes partidários para evitar que o projeto seja pautado.
Destravamento
Gleisi também cobrou que esses ministros ajudem a destravar votações consideradas prioritárias para o Planalto, sobretudo as que integram um pacote eleitoral, como o projeto de lei que dá isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5.000. Além disso, ficou definido que, caso o Planalto julgue necessário, ministros que têm mandatos (ou seja, são deputados e senadores licenciados) deverão retomar seus cargos para votar contra a proposta.