O governador reeleito Gladson Cameli (PP), livre das amarras dos principais caciques da política local, que trilharam outros caminhos em detrimento do projeto do ocupante do Palácio Rio Branco, não pretende repetir a estratégia do primeiro mandato que transformou seu governo em capitania hereditárias, na medida que loteou pastas da administração pública à lideranças políticas que o levaram ao governo em 2018.
Inversão de valores
O arranjo descrito na nota acima ao qual o governador hoje busca distância, só trouxe atropelos à administração, vez que os ocupantes das pastas, num raciocínio tosco, concebiam que estavam a dever obediência ao padrinho político que fez a indicação para o cargo ao invés da fiel observância das ordens emanados do governante, como indica o óbvio.
Titulares
Nesse diapasão, o chefe do Palácio Rio Branco tem dito a pessoas próximas e assessores que as secretarias de Saúde, Educação, Segurança, Fazenda, Planejamento, Infraestrutura e Produção serão chefiadas por quem é de sua confiança. A priori, o governador fala em manter os secretários dos principais setores. “Não vejo ainda razão de mudar”, afirma Cameli, segundo assevera o site.
Alinhamento
A primeira reunião de planejamento para a próxima gestão, que começa em 1º de janeiro, aconteceu nesta segunda-feira (10), na Casa Civil, e contou com a presença do próprio governador Gladson Cameli e alguns de seus principais assessores e secretários.
Norte
Para o próximo quadriênio, o governo avalia uma espécie de minirreforma em alguns setores para corrigir o que considera falhas. Durante a reunião na Casa Civil, Cameli pediu cumprimento de metas e o fortalecimento do controle interno para dar mais transparência à gestão.
Máquina
“Pedi planejamento e o cumprimento de metas de cada um. Também quero fortalecer o controle interno em parceria com a União. Na reunião de hoje tratei da reorganização da estrutura governamental e da transparência em nosso governo”, expôs o governante após o encontro.
Neném chorão
O deputado estadual Neném Almeida (Podemos), em pronunciamento na sessão de hoje, 11, na Assembleia Legislativa, disse que sua derrota nas eleições de outubro último, quando tentou se reeleger, deveu-se a fraca chapa montada por seu partido para a disputa no parlamento estadual, lembrando na sua fala que teve uma votação histórica, com 6 mil votos.
Arapuca
“Infelizmente o partido tinha uma chapa fraca”, disse o deputado durante seu discurso. “Fiquei num partido onde eu fui o que menos recebeu recursos, pessoas que nunca foram para rua receberam mais. Fui para forca, mas continuei com meu caráter”. Vale lembrar que a presidência da sigla é exercida pelo ex-deputado e ex-presidente da Aleac Nei Amorim, que por obrigação deveria ter conhecimento dos meandros que conduzem à Câmara estadual.
Caminhada
Apesar de reclamar de um sistema que segundo ele é sujo, faria “tudo de novo”, referindo-se à sua forma de fazer política. “Eu faria tudo de novo, pois tem aqueles que confundem felicidade com dinheiro e para mim não, paz de espírito para mim é deitar no travesseiro com a consciência tranquila e isso acontece comigo”, afirmou.
Persistência
O deputado garantiu que mesmo sem um mandato continuará denunciando o que for preciso para ajudar o povo. “Os que tentaram me calar, saibam que não conseguiram. Eu vou montar um podcast juntamente com meu amigo Rui Oscar, que foi secretário da CGE, onde quem terá a voz será o povo”, finalizou Neném Almeida que disse que não vai desistir de voltar a ocupar uma cadeira na Aleac.
Pulsação
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 54% dos votos válidos no primeiro turno das eleições, segundo pesquisa Ipespe/Abrapel divulgada nesta terça-feira, 11. O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, tem 46%.
Na ponta da língua
No cenário estimulado - aquele em que se considera votos brancos, nulos e indecisos -, Lula tem 50% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 43%. Os votos brancos e nulos somam 6% e os que não sabem ou não responderam são 5%. Considerando a pesquisa espontânea, o petista continua na frente, com 47% e Bolsonaro 42%. Neste caso, os brancos, nulos e indecisos somam 6%.
Interesse
O levantamento ainda mostrou um aumento do interesse pela eleição presidencial, comparado às outras sondagens. Agora, são 81% do eleitorado que demonstram muito interesse em participar. Esse percentual era de 65% no dia 30 de setembro e 58% no dia 23 de setembro.
Dados técnicos
A pesquisa Ipespe/Abrapel consultou 1.100 eleitores de todo o País por telefone entre os dias 8 e 10 de outubro. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos e a taxa de confiança é de 95,45%. O código de registro na Justiça Eleitoral é BR-01120/2022. O levantamento foi contratado pela Associação Brasileira dos Pesquisadores Eleitorais (Abrapel).
Escondendo a verdade
O presidente Jair Bolsonaro (PL), que durante os últimos anos e meses sustentava que o sistema eleitoral brasileiro era suscetível de fraude, proibiu que as Forças Armadas divulguem o resultado da auditoria que fizeram do resultado do primeiro turno da eleição, informa Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Frustação
A decisão decorre do fato de os militares não terem encontrado qualquer irregularidade ou fraude no sistema de votação, o que comprova, mais uma vez, a lisura das eleições e desmonta os ataques bolsonaristas às urnas. As conclusões da auditoria foram relatadas a Bolsonaro pelo Ministério da Defesa, mas o chefe do Executivo não aprovou a divulgação dos dados, segundo relatos de três generais (dois do alto comando).
A força da verdade
“Ao ser informado das conclusões do trabalho – que avaliou uma amostra de ao menos 385 boletins de urna e um projeto-piloto com uso da biometria para testar 58 aparelhos – o presidente da República disse que os militares deveriam se esforçar mais, porque as informações não batiam com o que ele próprio soube a respeito do assunto”, conta a reportagem.
Insistência
Bolsonaro agora quer que os militares incluam no relatório os dados do segundo turno. Segundo ele, o fato de não terem sido encontradas fraudes no primeiro turno não significa que na segunda etapa não haverá problemas. “Sem o tal relatório completo, decretou Bolsonaro, não deveria haver nenhuma divulgação de conclusões”, diz o texto.