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Jamaxi

Boca no trombone 

A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) levou à tribuna da Câmara Federal, terça-feira, 24, trechos de jornais nacionais que alertam para manifestação convocada para o próximo 7 de setembro.

Alerta

“As manifestações estão sendo convocadas por grupos ligados ao presidente Bolsonaro que chamam abertamente manifestantes para invasão do Congresso Nacional e STF. Não podemos compactuar com essas agressões as instituições da República. Essa manifestação não é o exercício democrático da livre expressão é uma convocação golpista que deve ser veementemente tratada como criminosa”, disse.

Fomento 

O presidente Jair Bolsonaro confirmou que participará das manifestações em dois momentos no próximo dia 7: pela manhã, na Esplanada dos Ministérios, e à tarde, na Avenida Paulista, em São Paulo.

Abra o olho

Na sessão legislativa de ontem, terça feira, 24, o deputado Gerlen Diniz (PP), ex-líder do governo na Aleac, fez alerta ao governador Gladson Cameli: “Muito me preocupa o que está acontecendo no governo Gladson Cameli. Grande parte do secretariado candidato e já em campanha, virando as costas para o governo. Parem de fazer campanha e vão trabalhar. Acorde governador. Ainda há tempo. O senhor está cercado por pessoas que odeiam os deputados estaduais”.   

Descaso 

O discurso de Diniz foi ecoado pelo deputado Whendy Lima (PSL), que fez alusão ao pouco caso que os assessores dispensam aos parlamentares que sustentam o governo na Aleac: “Se você ligar, qualquer deputado aqui para um secretário, e pedir uma informação, eles não dão. Mas, se continuar assim, o dia de amanhã a Deus pertence”, disparou.

Isonomia 

O deputado Chico Viga (Podemos) fez coro com os colegas: “O que presenciamos hoje são vários secretários e assessores convertidos em verdadeiros cabos eleitorais ou candidato e usando do ofício para beneficiar a si próprio e terceiros. Está sendo trabalhoso construir unidade e solidificar base, o que se percebe é que as cartas já estão marcadas. O que eu peço aqui é tratamento igual, imparcialidade”, disparou Chico Viga.

Ventríloquo 

Ainda na sessão da Aleac de ontem, o deputado Roberto Duarte (MDB) usou o pequeno expediente para responder às críticas feitas pelo líder do Partido dos Trabalhadores na Aleac, deputado Daniel Zen, ao trabalho do senador Márcio Bittar (MDB).  Semana passada, Daniel Zen havia chamado o senador da república de “bandido” ao comentar o orçamento paralelo da União.

Documentos 

Roberto Duarte salientou que apenas pediu para que os outros parlamentares reconhecessem o trabalho que o senador tem feito pelo Acre com envio de emendas. Duarte apresentou um documento detalhando o trabalho realizado pelo senador acreano em 2021. “O senador Márcio Bittar destinou somente este ano, mais de R$ 386 milhões de emendas para o Acre. A lista que eu tenho em mãos é bastante extensa, mas vou disponibilizar para o deputado Daniel Zen uma cópia. Essa outra folha em branco detalha os antecedentes criminais do senador que o senhor ofendeu”, complementou o parlamentar.

Pé na estrada 

Ontem o vice-presidente da Aleac, deputado Jenilson Leite (PSB), relatou a visita que fez ao interior do Estado no último final de semana. Ele citou a agenda que cumpriu em Mâncio Lima onde conheceu um pouco da produção de café.

Saída 

Leite deu conta que em Mâncio Lima visitou uma propriedade onde se cultiva o café. “Esse tipo de investimento é sem dúvida um dos caminhos para gerar renda e desenvolvimento para o nosso estado, bem como para fortalecer a agroindústria. Também conhecemos a mini-indústria do Café do Vô Raimundo, onde também tem um viveiro de mudas de café”, disse.

Périplo 

Jenilson relata, ainda, sua visita a Acrelândia, classificando o município como um exemplo de que investir na produção agrícola, com ênfase nas culturas de plantios permanentes, gera riqueza e traz melhorias para a vida de seus habitantes.

Receita

“Não tem saída para o Estado se não focarmos também na produção. Esse é o caminho para que a gente possa ter um estado mais desenvolvido. O que está sendo feito em Acrelândia e Mâncio Lima é algo muito animador, uma promessa para termos uma economia mais consolidada”, complementou.

Esquecimento 

O presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Nicolau Júnior (PP), se pronunciou sobre o ato de entrega de 28 ambulâncias ocorrido ontem, 24 – viaturas que serão destinadas para os municípios - e, no evento, o cerimonial do Palácio não registrou a presença dos deputados que foram prestigiar a solenidade. 

Falha inconcebível 

Ele pontuou que tanto a base do governo como oposição têm trabalhado para contribuir com o Estado. “Fiquei triste ao saber do que ocorreu ontem durante a solenidade de entrega das ambulâncias. Vários deputados estaduais estavam presentes, no entanto, foram ignorados pelo cerimonial do governo. Espero que isso seja corrigido, pois é um problema muito grande. Deputado é eleito pelo povo e merece ser respeitado. Todos nós, base e oposição, trabalhamos incansavelmente para contribuir”, lamentou o presidente. 


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Tô nem aí!

No que depender dos filhos de Jair Bolsonaro, o presidente dificilmente se encontrará com governadores para discutir a crise institucional entre os Poderes, como propuseram os chefes de Executivo estaduais.

Caminho natural 

Em conversas reservadas com interlocutores, os filhos de Bolsonaro que atuam na política avaliaram não caber aos governadores a mediação da crise entre o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Para o clã Bolsonaro, a crise deve ser mediada por meio de conversas diretas entre os próprios chefes de Poderes e seus auxiliares mais próximos – o que, por ora, ainda parece distante de acontecer.

Menos mal

Ainda sobre o presidente Jair Bolsonaro, ele desistiu de enviar ao Senado o pedido de impeachment de Luís Roberto Barroso. Já enviou o pedido de impedimento de Alexandre de Moraes na sexta-feira passada, mas não cumprirá a ameaça feitas tantas vezes a Barroso. Ao menos este é o trato de Bolsonaro com os ministros palacianos que ontem comemoravam, aliviados, a decisão do presidente.

Figura carimbada 

Apesar disso, todos estão cientes de que estão tratando com uma figura imprevisível e que descumpre quase que diariamente promessas de moderação.

Então, até segunda ordem, a ideia do pedido de impeachment de Barroso está arquivada. O que não ficou para trás, porém, é a tensão entre o presidente da República e o Supremo. Afinal, está marcada para o dia 7 de setembro uma manifestação que tem como um dos motes justamente o ataque ao Supremo, um ato em que Bolsonaro não só prometeu comparecer como não fez qualquer objeção aos seus propósitos.