O prefeito de Sena Madureira, Gerlen Diniz (PP), ontem, terça-feira, 11, foi entrevistado pelo jornalista Roberto Vaz, do site ac24horas, e abriu a caixa de ferramentas contra o ex-prefeito Mazinho Serafim (Podemos). Na conversa, abordou o suposto rombo de R$ 100 milhões na gestão anterior.
Tomou doril
Destacou que já apresentou cinco denúncias contra a gestão anterior e afirmou que mais de R$ 100 milhões foram desviados dos cofres públicos do município. “Não se trata de algo pessoal contra ninguém. Menciono o nome do ex-gestor e de membros da antiga administração porque é meu dever. Durante a campanha, prometi que abriríamos a ‘caixa-preta’ da prefeitura, mostrando o destino dos milhões em emendas pix que simplesmente evaporaram.
Denúncias
E segue: “Já protocolamos cinco denúncias no Ministério Público Estadual e no Ministério Público Federal, e até o fim do ano devem ser de 20 a 30, pois nossa equipe segue investigando. Não é simples, pois os recursos eram transferidos para várias contas para dificultar o rastreamento. Sem medo de errar, foram desviados, no mínimo, R$ 100 milhões da prefeitura de Sena Madureira. Infelizmente, a cidade estava sendo administrada por uma quadrilha. E digo isso sem medo de processos, pois existe um instrumento jurídico chamado exceção da verdade. Se digo que Sena Madureira era comandada por uma quadrilha, e eles me processam, tenho como provar”, declarou.
Mágica
Ainda durante a entrevista, Diniz afirmou que a gestão anterior gastou mais de R$ 3 milhões apenas com internet nos últimos anos. “Os pagamentos com internet são um exemplo. Em 2024, foram mais de R$ 1,4 milhão. Já neste ano, sob minha gestão, gastaremos R$ 140 mil. A diferença é gritante. Em 2023, foram R$ 800 mil; em 2022, R$ 600 mil. Em três anos, quase R$ 3 milhões. Já fizemos o levantamento e estamos preparando uma nova denúncia contra o ex-gestor e os secretários responsáveis por esses pagamentos. Como os valores foram pagos com emendas federais, o Ministério Público Federal será o responsável pela investigação e punição”, assevera.
Confiança
E segue: “Não tenho dúvidas de que, em breve, vai faltar cadeia em Sena Madureira, pois essas pessoas serão responsabilizadas. Não vou proteger ninguém. Quem cometeu esses atos responderá na Justiça. A população me elegeu para mudar o que estava errado, não para continuar do mesmo jeito. Se fosse para manter tudo como estava, teriam votado no candidato do ex-prefeito”, ressaltou.
Alto lá
Antes de ontem, segunda feira, 10, o deputado Emerson Jarude (NOVO) foi barrado ao tentar acessar a área da piscina pública ao lado da Escola Armando Nogueira, em Rio Branco. O parlamentar chegou à escola por volta das 9 horas da manhã para entregar equipamentos esportivos aos alunos, no valor de R$20 mil. Ao tentar entrar na área da piscina, onde militares do Corpo de Bombeiros treinavam, apenas para cumprimentá-los, foi informado de que sua entrada estava proibida.
Barreira
A vigilante explicou que a coordenadora, que não estava no local, era a única pessoa com a chave do portão trancado. Ela disse ainda que o portão seria aberto apenas ao meio-dia, quando terminaria o treino dos militares. Até lá, ninguém poderia entrar ou sair. Quando Jarude tentou falar com a responsável, foi informado de que ela não havia autorizado passar seu telefone.
Bizarro
“Em vez de resolverem o que estava quebrado, me proíbem de entrar”, comentou o deputado, referindo-se à fiscalização que havia feito recentemente, apontando problemas estruturais na piscina, dias após uma revitalização que custou mais de R$ 300 mil aos cofres públicos.
Desculpa esfarrapada
A vigilante ainda alegou que os militares não queriam ser incomodados. Essa informação causou estranheza até mesmo no comandante, que fez questão de cumprimentar Jarude pela grade e ficou surpreso ao saber que o grupo estava trancado. “E olha que eu nem vim fiscalizar, queria só falar com um amigo”, disse o deputado.
Milagre
Poucos minutos após a saída de Jarude, a equipe flagrou a mesma vigilante, que havia dito não ter a chave, abrindo o portão que dá acesso à área da piscina.
Alheio
Confrontado com a situação, o líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Manoel Moraes (PP), afirmou que a ordem para proibir a entrada do deputado Emerson Jarude (Novo) à piscina olímpica do Colégio Estadual Armando Nogueira (CEAN) não partiu do governardador do Estado, Gladson Cameli. Manoel Moraes aproveitou para repudiar tal atitude e afirmou que o caso será apurado.
Sem endosso
“Sobre esse incidente, isso é inaceitável. Isso não é ordem de governador, de secretário. Nós vamos apurar quem teve essa ideia de não deixar você entrar. Isso aí não existe. Garanto que nós vamos dar uma resposta. Reconheço o trabalho de vocês de forma muito sincera”, disse o líder do governo na casa legislativa.
Convescote
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu, nesta terça, 11, liberar o contato entre o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e Jair Bolsonaro. Investigados por envolvimento na trama golpista, os dois haviam sido impedidos de se comunicar enquanto a Polícia Federal cumpria diligências sobre o caso. Valdemar, no entanto, escapou da denúncia da PGR e agora está livre para conversar com o ex-presidente e também para viajar ao exterior e participar de cerimônias militares.
Sentença
“No caso de Valdemar Costa Neto, embora o investigado tenha sido indiciado no relatório final apresentado pela autoridade policial, a Procuradoria-Geral da República, ao exercer a sua opinio delicti, não denunciou o investigado, razão pela qual, em relação a ele, não estão mais presentes os requisitos necessários à manutenção das medidas cautelares”, decidiu Moraes.
Pajelança
O líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), apresentou um pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) para se reunir com o chefe do órgão, Paulo Gonet. O tema do encontro é a queixa-crime apresentada pelo PT ao Supremo Tribunal Federal (STF) para apreender o passaporte do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Pano de fundo
Se Gonet aceitar a agenda, Zucco encontrará Gonet acompanhado dos vice-líderes, os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), que formam a tropa de choque bolsonarista. O objetivo dos parlamentares é levar ao PGR dados sobre viagens de parlamentares do PT realizadas na época em que Lula estava preso onde foram feitas críticas ao Judiciário.
Versão
A estratégia dos deputados da oposição é tentar descredibilizar o argumento da sigla do governo de que Eduardo Bolsonaro tem usado suas viagens aos Estados Unidos para instigar políticos americanos contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Espera
O ministro do STF Alexandre de Moraes encaminhou a queixa-crime que pede a apreensão do passaporte para a PGR se manifestar sobre o tema. Gonet sinalizou que não responderia sobre o assunto no prazo de cinco dias determinado pelo Tribunal, porque considerou que isso não interferiria no resultado da ação.