Ontem pela manhã, terça-feira, 2, o governador Gladson Cameli (PP) recebeu o novo secretário adjunto de Articulação Esportiva e Juventude do Acre, Carlos Gouveia, o Carlão, no escritório funcional. Carlão é ex-jogador de vôlei e campeão olímpico com a seleção brasileira nas olimpíadas de Barcelona, em 1992. Ele assume a pasta, que é vinculada à Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE).
Sonho realizado
Carlão, que deixou o Acre na década de 80, expressou que voltar ao Estado para contribuir com sua experiência esportiva sempre foi um sonho deu. “Sempre representei muito bem o esporte do Acre. Agora vamos tomar conhecimento do que está acontecendo e certamente vamos valorizar o esporte e levar oportunidade aos jovens”, disse Carlos Gouveia. E foi adiante: “Sempre foi o meu desejo ajudar de alguma forma o nosso estado. Essa é uma oportunidade importante para avançar na área do esporte. Estou motivado para que nos próximos quatro anos possamos fazer um trabalho forte no esporte, que é um método de inserção social, e mudança de vida”, frisou o novo secretário.
Crime e castigo
O Plenário do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE) condenou o ex-presidente da Câmara Municipal de Brasileia Rogério Pontes de Sousa, a devolução da quantia de R$138.500,00 por pagamento indevido para um prestador de serviço e a cobrança de uma multa no valor de R$ 13.850,00, correspondente a cerca de 10% do prejuízo dado ao erário público.
Movimento
Enfermeiros e técnicos de enfermagem se reuniram em assembleia geral na tarde de ontem, terça feira, 02, para deliberar sobre os rumos da categoria após a negativa do governo do Acre em reajustar o valor dos plantões extras. De acordo com Alesta Costa, presidente do Spate, inicialmente foi deliberado por uma paralisação de advertência na próxima sexta-feira, 5, com manifestação nas escadarias do Palácio Rio Branco. Ainda de acordo com a presidente da entidade representativa, o objetivo é forçar uma conversa com o governador Gladson Cameli (PP).
Interlocução
“Queremos nos reunir com quem negocia, com quem decide, com quem manda. Não vamos mais negociar com quem não decide nada, basta! Merecemos respeito. Se o governador não resolver esse impasse, a categoria vai parar por tempo indeterminado”, disse Alesta Costa, ressaltando ainda que na manifestação de sexta-feira uma lista oficial estará disponível para aqueles enfermeiros e técnicos que queiram ‘devolver’ os plantões extras. “A devolução dos plantões extras é uma decisão de 100% da categoria que não aceita esse valor vergonhoso pago pelo Estado”, finalizou.
Ação policial
A Polícia Federal faz buscas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília na manhã desta quarta-feira, 3, e prendeu o tenente coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, no bojo de uma operação sobre a inserção de dados falsos de vacinação da covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. Tanto o ex-chefe do Executivo como o aliado terão de prestar depoimento à PF sobre o caso. Consta que a operação visa combater um grupo que, dentre outros crimes, teria inserido dados falsos no cartão de vacina de Bolsonaro.
Alvos
Batizada Venire, a ofensiva cumpriu mais cinco mandados de prisão preventiva e vasculha 16 endereços em Brasília e no Rio de Janeiro. As ordens foram expedidas no bojo do inquérito das milícias digitais, que tramita sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal.
Ação deletéria
Segundo a PF, as inserções falsas sob suspeita se deram, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, e ‘tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários’.
Obscurantismo
A corporação indica que, com a alteração, foi possível a emissão de certificados de vacinação com seu respectivo uso para burla de restrições sanitárias impostas pelo Brasil e pelos Estados Unidos em meio à pandemia. “A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”, indica a PF.
Enquadramento
A ofensiva aberta nesta quarta mira supostos crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.
Significado
Segundo a PF, o nome da operação, Venire, tem relação com o ‘princípio Venire contra factum proprium’, principio base do Direito Civil e do Direito Internacional, ‘que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa’. “ Significa ‘vir contra seus próprios atos, ninguém pode comportar-se contra seus próprios atos’”, informou a corporação.
Inquietude
Após a operação de buscas, o ex-presidente Jair Bolsonaro disparou telefonemas a políticos, advogados, apoiadores e auxiliares assim que a Polícia Federal entrou em sua casa em Brasília.
Bolsonaro estava tenso e pediu que todos se reunissem com ele em Brasília assim que possível.
Mobilização
Assessores e ex-auxiliares que moram em outros estados já estão tentando providenciar lugares em aviões e até mesmo jatos particulares que possam levá-los à capital federal. O advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, também está voando para Brasília. Ele diz que não quer ainda se manifestar antes de conhecer os detalhes do que ocorreu na casa do ex-presidente.
Ameaças
A operação surpreendeu a todos, já que Bolsonaro tinha um depoimento marcado na manhã desta quarta (9), na própria Polícia Federal, para depor na investigação sobre as joias que recebeu de presente da Arábia Saudita. “Estão brincando com fogo”, diz um dos principais auxiliares de Bolsonaro, que pretende ainda falar sob a condição de anonimato. “Estão fazendo coisas sem a menor justificativa e explicação, verdadeiros absurdos, estão querendo incendiar o Brasil”, segue o auxiliar.
Negativa
Em entrevista à imprensa, Bolsonaro negou que tenha feito qualquer fraude no documento ou que tenha se imunizado contra a covid-19, como consta no sistema do Ministério da Saúde. Na saída de sua casa em Brasília, onde a PF apreendeu seu telefone celular, Bolsonaro afirmou que a operação policial de hoje é para “criar um fato”.
Tese
“Fico surpreso com a busca e apreensão na casa do ex-presidente para criar um fato”, disse Bolsonaro, confirmando informação publicada mais cedo de que a defesa do ex-presidente vai se defender com a tese de interferência política por parte do governo Lula na Polícia Federal para justificar a operação, que também prendeu dois auxiliares do ex-presidente, Mauro Cid e Max Guilherme.
Posição
De acordo com Bolsonaro, seu celular levado pelos policiais não tem senha porque ele não tem nada a esconder. “Nunca me foi pedido cartão de vacina, não existe adulteração da minha parte”, defendeu-se o ex-presidente. “Não tomei vacina porque li a bula da Pfizer, só isso e mais nada”, acrescentou.
Decisão pessoal
Ele ressalta que sua filha Laura Bolsonaro também não tomou vacina, apesar de a PF ter identificado vacinação e agora investiga a possibilidade de fraude no documento. “Em momento nenhum falei que tomei a vacina, e não tomei”, seguiu, em linha com a campanha anti-vacina contra a covid-19 feita ao longo de seu governo. “Que bom se estivéssemos em um país democrático para discutir todos os assuntos. Tem assunto proibido no Brasil e um deles é vacina”, reclamou Bolsonaro.