Um dos responsáveis pelo setor de eventos do governo do Acre, o servidor Dudé Lima, pediu afastamento de suas funções por causa das mensagens postadas nas redes de relacionamento da internet, onde ele aparece como protagonista de investidas de cunho sexual interagindo com uma interlocutora desconhecida.
Pratos limpos
Em nota emitida no início da noite de ontem, sexta-feira (21), o servidor reafirma ter sido vítima de extorsão e que pede afastamento temporário para que Comissão de Sindicância a ser instalada pelo governo tenha liberdade de trabalho. A interlocução das conversas divulgadas é travada com uma suposta desempregada que buscava estagio e colocação no mercado de trabalho, em que pese não ter sido denunciado pela suposta vítima ou quem quer que seja.
Pegadinha
Expressando sempre que é vítima de armação, Dudé achou por bem pedir afastamento do cargo público na Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo, órgão para o qual fora nomeado pelo Governador Gladson Cameli (PP).
Nada a temer
Na nota, ele diz ter tomado a decisão para que a comissão de sindicância a ser instaurada no âmbito do Governo do Estado tenha ampla liberdade para apurar o caso. “Me coloco à disposição do Governo do Estado para todos os esclarecimentos”, expressou no texto.
Inteiro teor
“Diante da proporção política em torno do meu nome, apesar de ter sido vítima de tentativa de extorsão e tido conversas privadas vazadas em redes sociais e na imprensa, tomei a decisão de pedir afastamento do cargo de confiança que ocupo na Secretaria de Turismo e Empreendedorismo do Estado do Acre. Minha decisão é para não paire nenhuma dúvida quanto à lisura do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que será aberto. Coloco-me à disposição do governo do Acre e de sua Comissão de Sindicância para prestar os esclarecimentos que forem necessários”, diz a nota.
Divórcio
Ainda ontem, a novidade no campo político foi a declaração prestada pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), ao jornalista Luiz Carlos Moreira Jorge, do Blog do Crica, hospedado no site AC24horas (https://ac24horas.com/), onde o alcaide dá como certo o final do casamento político com o senador Sérgio Petecão (PSD) e, por conseguinte, o fim da parceria harmônica com a vice-prefeita Marfisa Galvão (PSD), esposa do senador.
Posição
“Não vou dormir com o inimigo. No momento em que ele se bandeou para a esquerda – aliás veio de lá e está voltando- e convidou o petista Marcus Alexandre para ser o candidato a prefeito do seu partido, acabou a aliança. Eu não vou me aliar com ninguém da esquerda. O Bolsonaro perdeu, mas continuo na trincheira da direita”, disparou Bocalom.
Estima
Ressaltou ter muito carinho pela vice-prefeita Marfisa Galvão, mas não vai lhe manter à frente da Secretaria de Ação Social. Deverá lhe demitir na próxima edição do Diário Oficial. “Ela é esposa do Petecão e é natural que seja leal a ele, então não posso lhe manter como secretária”, destacou.
Dobrando a aposta
Ainda conforme escrevinhou o jornalista Luiz Carlos Crica, Bocalom vê como natural o rompimento e ressaltou: “Se ele me apoiou para prefeito eu o apoiei para governador; estamos quites!”. Sobre os que estão ocupando cargos na Prefeitura por indicação do senador Sérgio Petecão, Bocalom diz que vai deixar alguns que já vieram lhe render lealdade, mas a maioria será demitida. E ainda fez uma previsão: “Vou ser reeleito como mais votos ainda”.
Frustação
Preso desde janeiro, o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, frustrou os planos de lideranças bolsonaristas do Congresso traçados para ele. O objetivo desse grupo era fazer uma agenda frequente de visitas de políticos ao ex-ministro, trazer ainda mais holofotes para sua prisão e tentar transformá-lo numa espécie de “mártir”.
Bom senso
Ao saber do plano, os advogados de Torres e o próprio ex-ministro rejeitaram a iniciativa. A leitura é que Anderson Torres precisa se afastar de qualquer politização em sua estratégia de defesa. Além disso, a avaliação é que uma agenda de visitas de bolsonaristas poderia soar como um movimento de provocação ao Judiciário.
Tiro no pé
Desde que trocou de advogado, no mês passado, Torres e sua nova banca buscam afastar qualquer viés político da defesa. A conclusão é que, ter sido assessorado por um criminalista indicado pelo senador Flávio Bolsonaro, não ajudou em nada o ex-ministro.
Barreira
Ontem, sexta-feira, 21, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido de liberdade de Torres, mesmo com manifestação favorável do Ministério Público Federal para que ele fosse solto. Torres é suspeito de conivência ou omissão diante dos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília, em 8 de janeiro.
Esperança de paz
Não há data marcada, nem local, nem agenda. Não existe nem sequer um consenso entre as potências ocidentais sobre o tema. Mas o presidente da França, Emmanuel Macron, tenta articular uma “cúpula da paz”, na esperança de iniciar um diálogo para colocar fim à guerra na Ucrânia. O projeto, segundo diplomatas, é visto de forma positiva pelo Brasil, que também defende o estabelecimento de uma espécie de G20 com a meta de buscar soluções para o conflito.
Aliado oculto
Por meses, Macron foi considerado dentro do Palácio do Planalto como um “aliado secreto” dentro do bloco europeu. De fato, no dia seguinte à recepção fria que o projeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu na Casa Branca por Joe Biden, ainda em março, o francês foi às redes sociais saudar a insistência do Brasil em falar de paz.
Ações silenciosas
Agora, a ideia da cúpula foi revelada pelo jornal Le Monde, que indica que Macron iniciou um processo de consultas com líderes internacionais, justamente para evitar que seu projeto seja alvo de ruídos ou entendido com uma ameaça contra a soberania ucraniana.
Aquiescência
As autoridades brasileiras estão cientes do projeto. Do lado do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, há uma disposição de debater “qualquer ideia que leve à paz”. Também é visto como positivo por parte de Brasília a ideia de que Macron não quer um evento que represente a derrota da Rússia, repetindo os erros do Tratado de Versalhes.
Prudência
Paris, porém, tem conduzido o processo com cuidado. Macron não quer convocar o encontro e nem ter uma data para o evento, sem que antes o projeto não esteja costurado com seus principais parceiros e, principalmente, com os ucranianos. É torcer que o projetado tenha um desenlace positivo é que a paz se imponha.