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Jamaxi

Amor ao próximo 

O ex-governador e ex-senador Jorge Viana (PT), usou suas redes sociais para exprimir reflexões acerca do momento que vivemos no Acre e no Brasil, conclamando solidariedade e ação cristã entre todos. “Ontem o Brasil chegou a 250 mil mortes pela Covid-19. Aqui no nosso Acre já perdemos quase mil vidas, pessoas nossas, parentes, gente querida. É preciso respeito, compaixão e empatia com as famílias enlutadas”, anotou em sua conta no facebook. 

Parcerias e realizações

E segue: “Também ontem o Presidente veio aqui, mas não ficou claro o que ele deixou para ajudar a conter o sofrimento do nosso povo. Eu fui governador e tenho gratidão para dizer que os presidentes FHC e Lula nos ajudaram muito na implantação de uma infraestrutura de saúde no estado que salvou muitas vidas, e segue sendo fundamental nessa terrível crise sanitária de agora: Hospital do Juruá, Hospital do Câncer, Hospital da Criança, Hospital do Idoso, Hospital de Tarauacá, UTI’ no PS e Fundhacre, e hospitais de menor porte em oito municípios”. 

Legado

Adiante: “Importante lembrar que implantamos uma fábrica de oxigênio. Implantamos o SAMU e o serviço de hemodiálise. E em parceria com a Ufac, a Residência Médica e o Curso de Medicina. A vinda de um presidente é sempre muito importante, mas fiquei triste de vê-lo sem máscara, desrespeitando o Decreto do Governador, dando mau exemplo e fazendo pouco dessa doença que já matou quase mil acreanos, já matou mais de 250 mil brasileiros.

Postura

Finalizando, Viana exalta a racionalidade: “Só com respeito à ciência e vacina para todos vamos superar a pandemia. Depois, será preciso muito trabalho para devolver a plenitude da vida das pessoas e isso não pode ser feito tirando recursos da Saúde e da Educação. Desejo que os que governam e ocupam o poder no Acre façam a sua parte. Que Deus nos ajude!” 


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Chancela 

O diretor da Policlínica da Polícia Militar, coronel Wagner Estanislau de Araújo, ontem (25), em depoimento à Comissão Covid-19, da Assembleia Legislativa, revelou que a vacinação da esposa do coronel da Polícia Militar, Ulysses Araújo, e dos 17 estagiários que servem na unidade, seguiu o protocolo do Programa Nacional de Imunizações e contou com o aval da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco e Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre).

Ação de ofício 

Estanislau afirmou que a lista dos escolhidos foi enviada à Sesacre e para a Semsa, e destacou que como diretor da Policlínica lhe cabe tão somente a obrigação de proteger todos, desde os profissionais da limpeza, passando pelos estagiários e até os médicos, sem distinção de cargo. Ele ressaltou que o Ministério da Saúde (MS) em seu Plano Nacional de Imunização (PNI) autoriza a vacinação de estagiários que atuam nas unidades de saúde.

Álibi 

Para justificar a imunização da jovem esposa do coronel Ulysses Araújo, Wagner disse que as estagiárias contatam diretamente com o público e elas poderiam ser contaminadas também. “Tá no manual do Ministério da Saúde que as vacinas poderão ser ofertadas aos estudantes de saúde que estejam atuando em clínicas de laboratórios, unidades básicas e atenção básica”, defende-se.

Toma que o filho é teu!

O diretor justificou que a autorização para vacinar os servidores da policlínica coube, exclusivamente, à Secretaria Municipal de Saúde. “Nós mandamos uma relação para a Semsa e Sesacre com todos os nomes e eles analisaram todos os nomes que aqui trabalham ou estagiam. Então, eles estavam sabendo e quando a vacina veio pra cá, nenhum técnico nosso ou enfermeiro vacinou ninguém, quem vacinou todos os 70 da lista da Policlínica foram técnicos da Saúde. Foram técnicos da Semsa”, assegura.

Explique-se 

A propósito da verdadeira bagunça que virou o controle de vacina em Rio Branco, que tem naa secretaria de saúde municipal a responsabilidade pela execução, a Comissão Covid-19 da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), aprovou a convocação do secretário de Saúde de Rio Branco, Frank Lima, para que ele esclareça a campanha de vacinação contra a Covid-19 na Capital acreana, incluindo esse episódio em que estagiários da Policlínica da Polícia Militar foram vacinados.

Simples assim!

“Nós queremos é a transparência das ações do governo e da prefeitura, justamente para ninguém ficar pensando que tá tendo fura-fila. Se eventualmente houver alguma coisa errada, a gente vai lá e toma as providencias”, pontuou o deputado estadual Daniel Zen (PT).

Tragédia anunciada

O cientista Miguel Nicolelis adverte, em entrevista concedida à jornalista Constança Tatsch, no jornal O Globo de hoje (26), que o Brasil corre o risco de colapsar em razão da covid-19. “Eu estou vendo a grande chance de um colapso nacional. Não é que todo canto vá colapsar, mas boa parte das capitais pode colapsar ao mesmo tempo, nunca estivemos perto disso. Se eliminar o genocídio indígena e a escravidão, é a maior tragédia do Brasil. A ausência de comando do governo federal é danosa. Isso é uma guerra. Em outros países essa é a mensagem que foi dada, veja a China”, diz ele.

Solução 

“O Brasil precisaria de um lockdown nacional, com uma campanha de comunicação, porque a gente precisa da colaboração da população. A população precisa acordar para a dimensão da nossa tragédia. Nessa altura, essas medidas de restrição de horário não têm efeito, porque o grau de espalhamento é tão enorme que se compensa durante o dia, quando as pessoas vão aos restaurantes, shoppings, pegam transporte lotado, não funciona”, aponta. 

Lacuna 

O vazio deixado pelo Brasil, que abriu mão da liderança regional principalmente no governo de Jair Bolsonaro, vem dando espaço para a ascensão de novos atores na América Latina. Dois presidentes buscam se articular para ocupar esse papel, Alberto Fernández da Argentina e Andrés Manuel López Obrador do México.

Objetivo 

O objetivo que ficou claro na visita do argentino ao México, nesta semana. Mesmo os problemas internos dos dois governantes de esquerda, que veem sua popularidade em queda por causa da pandemia do coronavírus, não parecem atrapalhar seus planos. No entanto, assumir uma liderança na região é um objetivo difícil de se concretizar na atual conjuntura.

Foco 

Os três dias da visita — Fernández é o primeiro presidente argentino em uma década a visitar o México — deixaram claras as afinidades ideológicas e os planos de liderança dos dois políticos. López Obrador lembrou que “México e Argentina são nações irmãs”, enquanto Fernández prometeu “um novo plano para tirar milhões de latino-americanos da pobreza”. Fernández já vinha se concentrando em outros parceiros, como a Bolívia, que elegeu para a Presidência no ano  passado o candidato de Evo Morales, Luis Arce; e possivelmente o Equador, onde um aliado de Rafael Correa, Andrés Arauz, tem grandes chances de vencer o segundo turno em 11 de abril.

Convergência 

A visita teve como pano de fundo a colaboração entre os dois países e a AstraZeneca na produção de cerca de 200 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, que serão produzidas na Argentina, embaladas no México e vendidas para países da região — Fernández esteve no laboratório Liomont, onde o imunizante será embalado.

Parcerias 

O ponto alto foi a publicação, na quarta-feira, de um documento conjunto que inclui acordos comerciais e estratégias para enfrentar a pandemia e reestruturar a economia regional depois da crise sanitária. “A pandemia da Covid-19 pôs em evidência a importância de manter a América Latina e o Caribe fortes, unidos e solidários, onde nenhum país da região esteja excluído do acesso universal, justo, equitativo e oportuno a medicamentos, vacinas e suprimentos médicos”, diz o documento.