O governador Gladson Cameli (PP) anunciou nesta segunda feira (19) que o Acre deve receber ainda nesta semana pouco mais de 100 mil doses de vacinas contra a COVID-19. “Ainda não sei exatamente quantas doses, mas é certo que são mais de 100 mil para acelerar o processo de imunização no Estado”, disse o chefe do executivo. As doses são das vacinas Janssen, Astrazeneca/Oxford e Pfizer.
Assunto encerrado
“Não quero escutar ninguém dizer que não tomou vacina por falta de doses, mas também não quero que as pessoas escolham qual vacina vão tomar. Tem que tomar a que tem no posto. Nossa escolha é pela vida”, continuou. Gladson disse que pretende “virar a página” dessa pandemia até setembro. “Vamos virar a página dessa pandemia o mais rápido possível. Até setembro, vamos retomar a nossa vida normal”, finalizou.
Casa nova
A deputada federal Mara Rocha está de malas prontas ao Partido Liberal (PL). O ato de filiação deve acontecer em janeiro, quando abre-se a janela partidária. Nesta fase, a parlamentar fica livre para fazer a mudança de partido, sem perder o mandato. Atualmente Mara está filiada ao PSDB, partido onde conquistou o mandato de deputada federal em 2018.
Diplomacia
A informação foi lançada na página dela na internet. Ao parabenizar a nova executiva estadual do PL, Mara disse que “em janeiro participaremos do grande ato de filiação. Gostei muito da nossa bandeira! Ficou linda a sede”, escreveu. Assim que Mara Rocha deixou claro que vai desembarcar do PSDB, o tucano Minoru Kinpara comentou a postagem: “O PSDB perde, infelizmente, uma grande deputada federal. Fica minha gratidão, respeito e admiração amiga Mara Rocha. Sucesso nessa nova jornada e parabéns ao PL pela parlamentar que vai ganhar”.
Diálogo
O presidente do PSDB, Bruno Araújo (foto), disse em entrevista ao GLOBO que o PSDB ainda pode apoiar outro candidato à presidência da República em nome da unidade do centro. Questionado se sua sigla pode abrir mão da candidatura própria, afirmou que “ninguém pode querer apoio sem ter disposição de apoiar” e que os tucanos estão abertos a negociar “até o último momento das convenções”.
Leitura
Por outro lado, Araújo aposta que as prévias, marcadas para novembro, podem ajudar a impulsionar o PSDB na disputa por uma terceira via contra a polarização entre Bolsonaro e o ex-presidente Lula.
Alternativa
Mesmo com a alta da reprovação do presidente Jair Bolsonaro em meio à CPI da Covid e denúncias de corrupção, Araújo afirma que ainda não vê condições políticas no país para um impeachment. Para Araújo, faltam a perda de apoio no Congresso e manifestações amplas nas ruas com mais diversidade política e ideológica.
Pulando do barco
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) culpou o deputado federal e vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), pela elevação do valor do Fundo Eleitoral, que praticamente triplicou para R$ 5,7 bilhões. A aprovação ocorreu dentro da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), na última quinta-feira (15), e repercutiu negativamente nas redes sociais, já que contou com votos de deputados da base do governo.
O pai da matéria
Segundo Bolsonaro, Marcelo Ramos foi o culpado por não ter separado o Fundo Eleitoral da LDO. “Os parlamentares aprovaram a LDO. É um documento enorme, com vários anexos. Tem muita coisa lá dentro. Muitos parlamentares tentaram destacar essa questão [Fundo Eleitoral]. O responsável por aprovar isso é o Marcelo Ramos lá do Amazonas, viu presidente [Arhur Lira PP-AL]. Ele que fez isso tudo”, afirmou Bolsonaro.
Reação
No Twitter, Marcelo Ramos respondeu ao presidente. “Se depender do Bolsonaro ele não é responsável por nenhuma das mais de 530 mil pessoas mortas na pandemia, nem por 15 milhões de desempregados, nem por 19 milhões de brasileiros com fome e nem mesmo pela escandalosa tentativa de roubo na compra de vacinas. Ele deveria é dizer que vai vetar, mas vai tentar arrumar alguém para responsabilizar também, porque é típico dele e dos filhos correr das suas responsabilidades e obrigações.”
Assoprando
O presidente defendeu parlamentares da base que votaram favoráveis à LDO e, consequentemente, ao Fundo Eleitoral. “Se tivesse destacado [o Fundo Eleitoral], o resultado talvez tivesse sido diferente. Quem está atacando parlamentares que votou o Fundão, isso não é verdade. Teve a votação da LDO que interessava ao governo. Então num projeto enorme, alguém botou lá dentro essa casca de banana, essa jabuticaba. O parlamento descobriu, foi tentando destacar para votação nominal essa questão e o Marcelo Ramos atropelou e não colocou em votação em destaque”, disse Bolsonaro.
Excrescência
“Obrigado aos parlamentares que votaram pela LDO, todos eles estão sendo acusados injustamente de terem votado o Fundão. Eu sigo minha consciência, e a gente vai tentar buscar um bom final... Isso tudo vai para o Orçamento, cada vez mais eu tenho menos recursos para investir”, disse Bolsonaro. O valor para financiamento público de campanha passará a ser exatamente de R$ 5,73 bilhões. Em 2020, foram R$ 2 bilhões, quando foram eleitos prefeitos e vereadores.
Reforço
O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), enviou um ofício à Polícia Federal, na semana passada, pedindo reforço de três integrantes da corporação.
Pressa
A solicitação é para que a PF ceda, com “máxima urgência”, um agente, um perito criminal e um delegado com acesso aos sistemas da corporação e “experiência em análise de sigilos”.
Missão
A ideia é que esses três policiais federais permaneçam focados em analisar os relatórios de quebra de sigilo já obtidos pela comissão ao longo dos mais de dois meses de trabalho.
Equipe
Atualmente, a CPI já conta com a ajuda de um delegado e um agente da PF, além de auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Receita Federal e de técnicos do Senado.
Défict
No ofício, Aziz argumenta que, em razão do “expressivo volume de informações”, o quantitativo de homens cedidos pela PF “tem sido insuficiente”.