Durante o programa de rádio ‘Fale com o Governador’, veiculado nesta segunda-feira, 11, no sistema público de comunicação, o governador Gladson Cameli (PP), afirmou que a não aprovação das reformas no sistema previdenciário do Estado resultará na perda de mais de R$ 10 milhões de multas, juros e outras taxas.
Pintando o caos
Segundo o governador o Acre pode estar colocando em risco andamento da estrutura financeira do Estado. “O Acre precisa aprovar a Reforma Estadual porque a Reforma da Previdência Nacional não vai abranger estados e municípios neste primeiro momento”.
Engessamento
Cameli foi peremptório: "Não vamos conseguir finalizar a renegociação junto ao Tesouro e eliminar os juros sem a garantia da Reforma. Não quero bater de frente com o servidor, é uma necessidade”.
Morde e assopra
Gladson destacou disse que não possui nada contra os sindicatos. “Pelo contrário, para mim o diálogo é importante nesse caso. O servidor público é importante para que a máquina do Estado caminhe. Vou suspender a convocação de concurso público. Sem a Reforma, vai ser difícil até de chamar os aprovados em concursos públicos, como é o caso dos cadastros de reserva da Polícia Militar”, declarou no programa radiofônico.
Auditagem
Ainda no dito programa o governador disse que nos próximos dias será anunciada uma auditoria pública no Departamento Estadual de Água e Saneamento (Depasa). “Vocês aguardem, nos próximos dias estarei anunciando uma auditoria pública do Depasa. Sobre as questões de licitações, obras, e investimentos”, declarou.
Irregularidades
Outro importante anúncio feito pelo chefe do executivo no programa, foi com relação à saúde. Para ele, o assunto do cartel é real, haja vista a existência de irregularidades em licitações públicas. “Agora lá tem um cartel, e eu já denunciei as autoridades competentes para resolver isso. Vamos olhar os fornecedores sobre as licitações, vamos investigar isso aí”, pediu.
Ajuda divina
Ao fim do programa, Cameli fez uma oração e pediu para que ele a sejam mais cautelosos. “Prestem atenção, Que Deus abençoe vocês aí do setor de compra, me ajudem”, finalizou.
Acuse-os do que você faz
Com um histórico de ataques aos veículos de imprensa, que incluem ameaça à renovação da concessão da Rede Globo e o cancelamento da assinatura da Folha no governo federal, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) acusou ontem, domingo (10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de querer censurar a mídia.
Óleo de peroba
Em publicação nas redes sociais, ele afirmou que, por meio dos veículos de imprensa, o PT, quando estava à frente do Palácio do Planalto, "estimulou a destruição dos valores familiares sem ouvir o povo", que, segundo ele, "seria contra o conteúdo". "Agora, cinicamente, caso volte ao poder, diz querer ouvir as massas para que seja feito o controle social da mídia, ou seja, censurá-la", acrescentou.
Forçando a barra
Na publicação, o presidente colocou um vídeo do ex-presidente durante entrevista na carceragem da Polícia Federal, concedida neste ano. Na gravação, ele diz que cometeu um erro em seus mandatos ao não ter levado mais a sério uma nova regulamentação dos meios de comunicação.
Inteiro teor
"Por que a gente é democrático para achar que a sociedade tem de interferir em tudo e, na hora de discutir determinado conteúdo, a sociedade é proibida de discutir? Nós não queremos ter ingerência. Não é fazer o conteúdo. É dizer que tal conteúdo não pode ser publicado porque ele é insensível à sociedade brasileira", disse o petista.
Quem ameaça quem
Na última semana de outubro, Bolsonaro anunciou o cancelamento das assinaturas da Folha no governo federal. E, em tom de ameaça, disse que os anunciantes do jornal "devem prestar atenção". Ele também ameaçou não renovar a concessão da TV Globo em 2022, após ter se irritado com reportagem do Jornal Nacional.
Indiretas
"Vocês [Globo] vão renovar a concessão em 2022. Não vou persegui-los, mas o processo vai estar limpo. Se o processo não estiver limpo, legal, não tem renovação da concessão de vocês, e de TV nenhuma. Vocês apostaram em me derrubar no primeiro ano e não conseguiram", disse Bolsonaro.
Mudando de nome
O presidente voltou a atacar a Folha na última quinta-feira (7) em live nas redes sociais, e afirmou que deixará também de assinar a revista Carta Capital. Para ele, os dois veículos publicam "notícias desnecessárias". "Não é perseguindo a Folha nem perseguindo a Carta Capital. Notícias desnecessárias que têm ali. Estamos economizando dinheiro para contribuintes", disse.
No passáran
O título da nota em espanhol é um lema que expressa determinação de defender uma posição contra o inimigo. Pois bem! Partidários do presidente deposto Evo Morales organizam a resistência ao golpe que resultou na renúncia do presidente boliviano. Em pronunciamento da Federação de Juntas Vecinales de El Alto, espécie de comitê popular da cidade, lideranças indígenas e populares pedem a saída do país dos golpistas, informa a Revista Fórum, editada no Brasil.
Estratégia
O grupo indica a formação de comitês de autodefesa, bloqueios e a realização de mobilização permanente. Nas comunidades indígenas e populares que apoiam o presidente Evo Morales instalou-se um ambiente de inquietação e revolta contra os golpistas.