Postagem no facebook do senador Márcio Bittar (MDB) afirmando que “Em parceria com o Governo do Acre, as prefeituras e o Governo Federal, nosso mandato está fazendo mais pela Infraestrutura nesses últimos dois anos do que governos passados nos quase vinte anos que ficaram no poder”, botou fogo nas redes sociais. Manifestações em tons críticos ao comentário de Bittar prevalecem, enxergando imodéstia, vaidade exacerbada, presunção e desconexão com a realidade.
Bazófia
Internauta que discorda do senador emedebista foi enfático: “O senador Marcio Bittar falta com a verdade quando afirma que ‘já fez mais pelo Acre do que os 20 anos do PT’. Isso não tem nada a ver com gostar ou não do partido. Tem a ver com a realidade. Ou então que aponte os hospitais, aeroportos, campus universitários, estradas e pontes construídas com recursos do senador que está prestes a ter o seu ‘orçamento secreto’, que relatou, suspenso no STF”.
Passe de mágica
E segue: “Mesmo que fosse verdade, estaria pecando pela arrogância. Mas não é.
O senador age, fala e pensa como se já estivéssemos andando na estrada para Pucallpa, demanda antiga do Juruá que ele encampou e que está longe de ser realidade.
Fora isso, o que Bittar tem é o acúmulo de notícias negativas, como o envio de verbas para uma cidade de Goiás; uma empresa de meio milhão de reais em Brasília, junto com a (ex?) esposa, a mesma que ele quer a todo custo empurrar para o senado e as declarações arrogantes contra professores são apenas alguns exemplos”.
Castigo
Ainda: “Por mais que se questione os critérios com que os acreanos elegem seus representantes, uma coisa é certa: a arrogância aqui acaba invariavelmente castigada.
Reforço
Ancorando e ampliando a crítica deitada pelo internauta, outro popular fez coro com o tom ácido, lembrando a questionada emenda alocada pelo senador para a Santa Casa de Misericórdia de Rio Branco, cuja consecução só foi possível mediante o uso do CNPJ da Santa Casa de Cruzeiro do Sul, posto que a destinatária está inadimplente para receber os recursos federais: “acrescento que ele destinou 120 milhões de reais a saúde privada! Enquanto a UFAC busca recursos para criação do Hospital Universitário...isso sim é um atraso ao nosso estado...e aqueles 120 milhões de reais foi colocado nas mãos do José Alex... um cara de reputação tenebrosa”. É! Embora sob o aspecto negativo, o emedebista tá com notoriedade!
Verde que te quero verde
O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da oposição na Aleac - e que tem os muros da sua residência pintados com imagens que remetem ao habitat amazônico (foto) - ontem comentou a respeito da agenda do governador Gladson Cameli (PP) em Glasgow, na Escócia, durante a COP 26. O parlamentar comunista disse que Gladson apresentou um discurso preservacionista que não condiz com a realidade do Acre e com as diretrizes do governo do cruzeirense.
Outra pessoa
Em tom sarcástico, Edvaldo Magalhães disse que o discurso de Gladson, em um vídeo divulgado pela assessoria do governador, mas parece o ativista indígena Isaac Pianko ou o ex-governador Binho Marques falando.
Outra voz; outro corpo “Se não tivesse o tom de voz, você diria: ‘foi o Binho Marques que disse isso aqui’. O Jorge Viana virou “desmatador” na frente do governador Gladson Cameli. Um discurso que não condiz com nada das diretrizes e metas governamentais. O governador foi literalmente pintado de verde na Conferência do Clima”, disse Edvaldo Magalhães.
Vida real
A respeito da crise instalada no governo do Estado, entre o vice-governador Major Rocha e o governador Gladson Cameli, Edvaldo disse que existe “uma espécie de pacto do silêncio”. “É uma crise política sem precedentes. Essa crise é mais de fundo. É mais grave. Essa crise tem mais consequências. Muitos já querem correr e entrar no mérito. Não quero fazer isso. Quero chamar a atenção do plenário para as consequências políticas que têm graves consequências administrativas. O governador vai pensar 10 vezes antes de viajar. E o vice-governador vai estar preparando cada vez mais medidas para quando o governador viajar. Ambos prometeram que trariam um tempo novo para o Acre. Foi isso que prometeram e não entregaram”, pontuou.
Ritmo de festa
O governo federal gastou ao menos R$ 1,15 milhão com a viagem da comitiva do vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), ao Cairo, a Dubai e Atenas. Desse total, R$ 791,8 mil são referentes às diárias e passagens de servidores da própria Vice-Presidência, e R$ 358,9 mil correspondem às despesas do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Registro
A segurança de Mourão, assim como a do presidente Jair Bolsonaro, é realizada pelo GSI, por meio da Secretaria de Segurança Presidencial (SPR). Os custos do tour do general e equipe nas três cidades – situadas em três continentes diferentes, África, Ásia e Europa – foram apurados pelo site Metrópoles no Painel de Viagens, do Ministério da Economia.
Curtindo a vida adoidado
Mourão partiu em 26 de setembro e retornou ao Brasil no dia 7 de outubro. O roteiro incluiu o Egito, os Emirados Árabes, onde discursou na ExpoDubai, maior exposição de tecnologia e inovações do mundo, e a Grécia. Do valor de R$ 1,15 milhão gasto no itinerário Cairo-Dubai-Atenas, R$ 539,5 mil foram com diárias, e R$ 586,9 mil, passagens. No total, a União pagou 302 diárias a 33 servidores da Vice-Presidência. Trinta e nove funcionários do GSI viajaram para essas localidades no período.
Tour
No Egito, o general esteve com o presidente Abdul Fatah Khalil Al-Sisi e com o ministro da Defesa Mohamed Ahmed Zaki. Além dos encontros com líderes egípcios para firmar acordos comerciais, a imprensa local repercutiu os passeios que o vice-presidente e a esposa, Paula Mourão, fizeram pelos principais pontos turísticos do Cairo.
História antiga
A imprensa local deu bastante visibilidade à visita da autoridade brasileira, com destaque para o passeio que o general fez às pirâmides de Gizé, sítio arqueológico localizado no planalto de Gizé, nos arredores do Cairo. O Elwatan News noticiou que Mourão e Paula ficaram fascinados com a construção e com o tour guiado.
Credenciais
O presidente do Egito, assim como Mourão, é general. Al-Sisi deu um golpe de Estado no então mandatário, Mohamed Morsi, quando era ministro da Defesa, em 2014. No ano seguinte, Morsi foi condenado a 20 anos de prisão, mas morreu quatro anos depois, durante uma audiência. Al-Sisi é famoso por governar o país com forte controle das Forças Armadas e perseguir, torturar e executar opositores. Com diz o ditado, quem pode, pode! Quem não pode, se sacode!