Ontem, 27, em visita que fez à Brasileia, inspecionando as obras do anel viário do município, que está sendo construído em parceria com o governo federal, o governador Gladson Cameli (PP), em reunião extra agenda com a prefeita Fernanda Hassem (PT), se comprometeu em ampliar as parcerias do governo do Estado com o município. Os dois conversaram por quase duas horas visando ajustar projetos conjuntos assumidos anteriormente.
União
A prefeita avaliou positivamente o encontro com o governador e revelou que os dois dialogaram sobre diversos problemas enfrentados pelo Estado e pelo Município. Assim, Fernanda espera que novas iniciativas institucionais conjuntas possam trazer resultados que beneficiem a população.
Princípios
Por seu turno, o governador reafirmou seu propósito no sentido de realizar parcerias com todas as prefeituras acreanas, sem levar em consideração cores políticas e partidárias, destacando a importância do encontro. “Além da minha postura democrática, vim visitar a minha amiga Fernanda, uma gestora exemplar que está no seu segundo mandato, e já é uma das mais bem avaliadas prefeitas da história do nosso estado. Quem sabe das necessidades dos municípios são os prefeitos e eu tenho que sentar na mesa para ouvir todos. No campo político podemos ter diferenças, o que é natural, mas o mais importante é manter o diálogo aberto para poder beneficiar a população”, ponderou o governador.
Descaso
Destaca o jornal O Estado de São Paulo de hoje, 28/01, que, responsável por manter as rodovias federais, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) terá em 2022 o menor orçamento para investimentos em pelo menos dez anos. A notícia é um prenuncio das dificuldades de locomoção que virá para os moradores que habitam as margens da BR 364 no trecho Rio Branco/Cruzeiro do Sul. Na prática, fica estabelecido que não existem recursos federais para a recuperação da rodovia que já está com a trafegabilidade inviabilizada, tal a profusão de buracos.
Pior que tá, fica!
A situação da manutenção das rodovias federais foi agravada com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de vetar no orçamento de 2022 R$ 177 milhões ao órgão, enquanto blindou R$ 16,5 bilhões em emendas do orçamento secreto e priorizou os recursos de maior interesse eleitoral de aliados. Após a tesourada, o Dnit tem apenas R$ 6,2 bilhões previstos para investimentos, ínfimos recursos para fazer frente às necessidades na manutenção das rodovias federais.
Cronologia
Em 2012, esse montante era de R$ 9 bilhões, chegando a R$ 10,7 bilhões em 2014. Os valores, informados pelo Ministério da Infraestrutura, são nominais, sem correção pela inflação. Se corrigidos, a discrepância seria ainda mais expressiva. O aperto no nível de recursos acontece enquanto a qualidade das rodovias apresenta pioras.
Condições
Quase um quarto da malha rodoviária brasileira pavimentada está em estado péssimo (6,9%) ou ruim (16,3%), mostrou pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgada no fim do ano passado. Segundo a entidade, a maior fatia, 38,6%, encontra-se apenas regular. Com isso, 61,8% das rodovias têm qualidade insatisfatória.
Prestígio
Já confirmado pelo presidente Jair Bolsonaro como pré-candidato ao governo de São Paulo em 2022, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, deve atuar para incrementar o orçamento do Dnit deste ano. O problema, admitido dentro da pasta, não é novo. Em 2021, os recursos à disposição do Ministério já tinham chegado ao pior nível até então. Diante da forte restrição, Tarcísio convenceu Bolsonaro a acrescentar R$ 1 bilhão à conta da pasta, em meados do ano passado. O montante, no entanto, não chegou perto da necessidade.
Recursos
Em 2021, o Dnit empenhou R$ 6,41 bilhões em investimentos. No total, nominalmente, seu orçamento foi um pouco menor que o previsto para 2022, em R$ 7,1 bilhões - montante em que entram também gastos como de custeio e pagamento de salários. Para 2022, o total à disposição do órgão fechou em R$ 7,2 bilhões.
Demanda
A estimativa é de que, apenas para manutenção das rodovias, seria preciso investir R$ 8 bilhões por ano no País. O orçamento do Dnit é quase todo destinado a obras em rodovias. Dessa parcela, uma parte é aplicada em empreendimentos de construção, e o restante na manutenção das estradas. Ou seja, o dinheiro à disposição do departamento não chega perto nem do ideal apenas para manter as rodovias públicas federais.
Prioridades
No setor e dentro do próprio ministério, técnicos destacam que a situação é causada pela forte restrição fiscal vivida pelo País, mas não só. A escolha do Parlamento em priorizar a destinação de recursos para suas bases, em obras quase sempre paroquiais e eleitoreiras, também é mau vista no segmento. A título de exemplo, os parlamentares terão à disposição R$ 16,48 bilhões em dinheiro do orçamento secreto, esquema que distribuiu recursos a aliados políticos em troca de apoio com menos transparência nos dois últimos anos.
Reforço
O PT reforçou a segurança de Lula, aumentando o número de seguranças no entorno do prédio do ex-presidente, em São Bernardo do Campo, e do Instituto Lula, em São Paulo.
Existe um temor grande no PT de que o ex-presidente seja alvo de algum atentado por parte de seguidores de Jair Bolsonaro. A relação de apoiadores do presidente com armas é um fator extra de preocupação.
Negativa
Lula chegou a ser aconselhado a se mudar para um lugar mais seguro do que seu apartamento, mas não aceitou a ideia.
Rebarba
Presidenciável do PDT, Ciro Gomes avalia recorrer novamente ao estilo do streamer Casimiro Miguel para comentar entrevistas de seus adversários, como o pedetista fez nesta semana com Sergio Moro (Podemos). A ideia da campanha de Ciro é aproveitar a repercussão de entrevistas de outros presidenciáveis em podcasts, como foi no caso do ex-juiz da Lava Jato ao “Flow”, para promover as propostas do pedetista.
Inovação
O pré-candidato do PDT ao Palácio do Planalto decidiu fazer um vídeo comentando pontos da entrevista de Moro ao “Flow” após o ex-juiz recusar seu convite para um debate entre os dois.
Ciro fez o vídeo no estilo “react”, o mesmo usado por Casimiro. Trata-se de uma modalidade que tem se popularizado na internet, na qual alguém faz um vídeo reagindo e comentando entrevistas ou apresentações de outra pessoa.
Dividendos
A avaliação dos coordenadores da pré-campanha de Ciro foi de que o “react” feito com a entrevista de Moro teve boa repercussão nas redes sociais e, por isso, deve ser repetido com outros presidenciáveis.
Mira
Com o “react”, Ciro conseguiu dar sua opinião sobre temas defendidos por Moro, como a privatização da Petrobras, e atacar polêmicas, como o fato do ex-juiz ter recebido auxílio-moradia mesmo tendo residência fixa em Curitiba.