O presidente Jair Bolsonaro (PL) hoje cumpre agenda no estado, quando participa em Rio Branco de solenidade de regularização de assentamentos e reuniões com lideranças religiosas. O primeiro compromisso é a cerimônia de regularização fundiária e de assentamentos, quando vai entregar mais de 1 mil títulos imobiliários, que terá lugar no estádio Arena da Floresta.
Encontro
Em seguida, o chefe do Executivo federal vai participar da inauguração da Rede Boas Novas, complexo de comunicação gospel. No fim do dia, participa do Primeiro Encontro Estadual de Pastores e Líderes da “Fé é Cidadania” das Assembleias de Deus no Acre, filiadas à Convenção Estadual da Igreja Assembleia de Deus (Ceimadac), e do Ministério de Madureira.
Manifestações
A presença do presidente da República deverá gerar uma grande manifestação contra o presidenciável por parte de movimentos sindicais e partidos de esquerda. Nas redes sociais circulam cards convocando a população para um protesto contra a alta do combustível e razão da Petrobra6s ter anunciado, na última semana, um reajuste de 18,7% no preço do combustível. Já o valor do diesel S-10, que também subiu 24,9%.
Protestos
Os militantes, contrário ao presidente Bolsonaro, devem protestar também contra a alta dos alimentos no Acre, onde por exemplo, a dúzia de ovos está custando R$ 12 reais. O Acre foi o primeiro lugar no Brasil em que o litro da gasolina bateu a marca de R$ 10, após a Petrobras anunciar um mega-aumento no valor dos combustíveis nas refinarias.
Vai que cola
O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%. A empresa petrolífera argumenta que os valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais, impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia.
Nascituro
A Justiça Eleitoral acreana certificou ontem, quinta-feira (17), a criação do partido União Brasil no Acre. A sigla nasceu da fusão entre DEM e o PSL, cujo certificado foi aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral no último dia 08 de fevereiro, quando em sessão do pleno da corte o ministro Edson Fachin atestou o cumprimento de todos os requisitos necessários para a fusão de partidos políticos.
Direção
No Acre o novo partido será presidido pelo senador Márcio Bittar, tendo o deputado federal Alan Rick como Vice-presidente e o ex-prefeito de Sena Madureira Jairo Cassiano ocupando o posto de Secretário Geral. A posse da Diretoria ocorrerá em breve, com data a ser definida.
Estatura
O União Brasil nasce com 81 deputados federais em exercício, que lhe garantem a maior cifra de fundos públicos para a manutenção do partido, o equivalente a R$ 1 bilhão neste ano. O montante desbanca o PT, que dispunha até então da segunda maior cifra do fundão, mas, ainda próximo do que recebia o PSL.
Vigor
O partido virá forte para as Eleições 2022 no Acre. Apresentará chapa competitiva tanto para deputado federal quanto para estadual. A sigla também apresentará o deputado federal Alan Rick como candidato ao Senado Federal, compondo chapa com o governador Gladson Cameli (PP) que concorrerá à reeleição. Após a posse, os novos dirigentes deverão intensificar visitas aos diversos municípios do estado, com a meta de fortalecer suas bases e definir representantes.
Brasil brasileiro
As excentricidades da política brasileira já se manifestam antes mesmo do pleito marcado para outubro próximo. O PTB pretende desenvolver campanha inteiramente virtual para Roberto Jefferson concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Rio de Janeiro. Jefferson está em prisão domiciliar desde o dia 24 de janeiro.
Crime e castigo
A prisão de Jefferson foi autorizada em agosto do ano passado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. O ex-deputado é acusado de participar de organização criminosa digital montada para atacar a democracia. Como Jefferson não perdeu os direitos políticos, o PTB pretende transformá-lo em um dos puxadores de voto no Rio de Janeiro. Ele é o atual presidente de honra do partido, que apoiará a candidatura presidencial de Jair Bolsonaro.
Engrossando a fila
O PTB também estuda lançar o ex-assessor Fabrício Queiroz como candidato a deputado federal no Rio. Investigado no escândalo das rachadinhas de Flávio Bolsonaro, Queiroz diz ter o apoio de Jefferson para se filiar à sigla.
Volver
Ainda na esfera da política nacional, O Pros recuou e Eduardo Cunha não vai se filiar ao partido, conforme acordado ontem, quinta-feira (17) com o presidente da sigla, Marcus Holanda. A bancada da Câmara e do Senado se posicionaram contra a ida de Cunha para a legenda. Holanda ouviu as lideranças internas e recuou sobre Cunha assumir o Pros de São Paulo.
Deixa pra lá!
Cunha conversou ontem com Holanda e, diante da possibilidade de que um grupo de deputados e pré-candidatos liderados por Cunha fosse para o Pros, topou que ele entrasse no partido. A proposta, entretanto, foi analisada por parlamentares e, diante de divergências, os integrantes do diretório nacional votaram contra a ida de Cunha para a legenda. A decisão unânime foi acatada por Holanda.
Atrás do prejuízo
Após o divórcio com o Podemos, o Movimento Brasil Livre (MBL) quer reconstruir sua imagem e busca novo partido para abrigar seus quadros para as eleições. O grupo já se sentou à mesa com o União Brasil e também com o Patriota, mas quer ir com calma nas negociações. Apesar de estar com a reputação arranhada e “cancelado” por opositores e ex-aliados, principalmente depois dos vazamentos dos áudios sexistas de Arthur do Val (sem partido), mas também pela polêmica envolvendo falas do deputado Kim Kataguiri (União-SP) sobre nazismo, o MBL ainda acredita que pode fazer pelo menos três nomes para a Câmara – além de Kim, Rubinho Nunes e Adelaide Oliveira –, e conta com o apoio da sua claque raiz nas redes sociais, o que tem sido usado como um ativo eleitoral valioso nas negociações.
Foi um sonho
O MBL chegou a entrar em bloco no partido de Sérgio Moro, o Podemos, em evento. Na época, Arthur do Val era pré-candidato ao governo de São Paulo. O movimento quer autonomia sobre apoios nas disputas para o Planalto e para o Bandeirantes. Líderes querem manter fidelidade a Moro mesmo em sigla que possa apoiar outro nome da 3.ª via.
Drama
Enquanto aliados dos governadores João Doria (São Paulo) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) aumentam a temperatura da troca de farpas, o PSDB se vê às voltas com outra crise interna, derivada do racha entre as alas que divergem da postura da sigla na eleição presidencial: a possibilidade de uma debandada que pode levar a bancada do partido para o pelotão intermediário da Câmara, com cerca de vinte deputados.
Definhando
A insistência de João Dória, vencedor das prévias, na candidatura à presidência tem prejudicado a formação de alianças nos estados e deve estimular a debandada na sigla, que elegeu 29 deputados em 2018 e hoje tem 31. Caso as dez saídas se concretizem, a marca de 21 deputados representará 20% dos 99 eleitos em 1998, quando Fernando Henrique Cardoso conquistou a reeleição.
Alternativa
Diante da dificuldade de Doria, o próprio presidente do PSDB e coordenador da sua campanha, Bruno Araújo, tem dito que o paulista o autorizou a negociar uma composição com MDB e União Brasil, sem garantia de um tucano na cabeça de chapa. Lideranças que participam dessas negociações dizem que o nome da senadora Simone Tebet (MDB-MS) é o mais cotado para uma candidatura única das três forças de centro. Pessoas próximas a Araújo têm defendido que ela seria mais competitiva por ter menos rejeição.
Pulando n’água
Outros parlamentares em vias de saída do PSDB são os deputados Tereza Nelma (AL) e Ruy Carneiro (PB), e o senador Roberto Rocha (MA). Já as deputadas Rose Modesto (MS) e Mara Rocha (AC) anunciaram a desfiliação.