A prefeita em exercício de Rio Branco, Marfiza Galvão (PSD), prorrogou o afastamento do secretário de Saúde Municipal, Francisco Silva Lima, o Frank Lima, e da diretora de Gestão da Secretaria Municipal de Saúde, Tatiana Mendes de Assis, por tempo indeterminado, até a finalização do inquérito que apura a postura de ambos, acusados de interferir nos trabalhos da comissão processante que apura denúncias de assédio sexual e moral assacados contra Frank.
Formalização
A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) de ontem, quinta-feira (4). Tanto a diretora como o secretário de Saúde vão continuar recebendo seus respectivos salários normalmente durante o afastamento.
Será?
Lideranças do PT e do PSB tentam viabilizar chapa com Lula e Alckmin para 2022. Conversas já ocorrem há um certo tempo, mas se intensificaram nas últimas semanas.
Joalheiro
Uma costura delicada entre lideranças do PT e do PSB tenta viabilizar uma chapa que una Lula como candidato a presidente da República e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como vice.
Linha fina
As conversas, que envolvem nomes de primeiro escalão das duas legendas, já ocorrem há um certo tempo, mas se intensificaram nas últimas semanas.
Linha 2
Além dos obstáculos naturais, para a junção de dois tradicionais adversários políticos, o tempo corre contra ela —daí a pressa.
Pedras
Para viabilizar a ideia, algumas dificuldades precisam ser contornadas. Em primeiro lugar, tanto Lula quanto Alckmin ainda precisam ser convencidos plenamente de que a chapa pode funcionar —não apenas para ganhar as eleições, mas especialmente para governar.
Todos juntos
Depois disso, ambos os partidos teriam que chegar a um acordo para que o PT formalizasse uma aliança com o PSB e guardasse a vaga de vice-presidente para a agremiação.
Olhar
Os petistas que defendem a possibilidade afirmam que, apesar das diferenças históricas com os tucanos na área econômica, Alckmin é o último remanescente do PSDB histórico, de Mário Covas e de Franco Montoro: apegado a valores democráticos e com olhar generoso em relação aos problemas sociais do Brasil.
Ampulheta
O tempo joga contra já que o PT e o PSB ainda não se acertaram sobre a vaga de vice.
Ampulheta 2
Além disso, Alckmin já está em conversas avançadas com outras legendas, como o PSD de Gilbeto Kassab, que o convidou para entrar no partido e ser candidato a governador de SP.
Bye, bye
No entendimento de membros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), Deltan Dallagnol poderá deixar a Procuradoria comprovando que, para ele, os fins justificam os meios. Conforme a lei, membros do MP que têm processo disciplinar pendente contra eles não podem se candidatar imediatamente.
Assumindo o erro
Segundo apurado, na PGR e no CNMP a leitura é de que o ex-líder da Lava Jato precisará declinar do recurso ao STF contra punição recebida em 2019. Caso contrário, o processo continuará vivo, em aberto. Ou seja, pela tese, para estar na urna, Dallagnol terá de aceitar a sanção de advertência e admitir o erro, a “culpa”.
Adeus
Breve resumo de avaliação reservada feita no gabinete do PGR: Dallagnol não fará falta porque tem dificuldades em lidar com princípios como o da impessoalidade, da unidade institucional e do respeito ao devido processo legal.
Olho aberto
Do outro lado da trincheira, há quem já enxergue Dallagnol como uma futura pedra no sapato de Augusto Aras: se for eleito senador, o ex-coordenador da Lava Jato tomará posse em janeiro de 2023, e o PGR só sairá do cargo em setembro do mesmo ano. Líquido e certo: a gestão Aras foi decisiva para a decisão de Dallagnol.
Eita
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Ubiratan Cazetta, disse se preocupar com a repercussão da decisão de Deltan Dallagnol de migrar para a política, como revelou ontem o jornal O Estado de São Paulo.
Déjà vu
“Não é bom para o MP qualquer relação que possa parecer político-partidária. A Lava Jato caiu nesse campo na visão de seus críticos. A imagem foi reforçada quando Moro saiu da magistratura e entrou no Executivo e será reavivada agora com Deltan. É algo injusto”, afirma Cazetta.
Contexto
Dallagnol recorreu ao Supremo para suspender a punição de advertência imposta pelo CNMP por críticas feitas à atuação de ministros da Corte em entrevista.
Defesa
Políticos de esquerda usaram as redes sociais para acusar Dallagnol de atuar com motivação político-partidária na operação Lava Jato após o anúncio sobre deixar a procuradoria. Cazetta rebate: “Se Deltan Dallagnol tivesse atuação com essa motivação, teria saído candidato em 2018, quando a operação estava mais evidente”.
Bússola
Ciro Gomes não comoveu tanta gente no PDT quanto gostaria com o anúncio da “suspensão” de sua candidatura a presidente. Alas do partido acham que a pré-campanha até agora é uma nau sem norte, sem rumo definido.
Pra bom…
Carlos Lupi, presidente do PDT, tem deixado recado claro aos deputados que disseram “sim” à PEC dos Precatórios: no 2.º turno, só conta com voto pró-governo por parte de quem já está com um pé fora do partido
…entendedor…
“Não dá para dar cheque em branco ao governo. É uma questão política”, disse Lupi, que se diz otimista de que a PEC dos Precatórios não será como uma nova “reforma da Previdência” no partido.