Em uma agenda que denota transparência em suas ações, o Governo do Estado revelou que nestes três meses de enfrentamento da pandemia de Covid-19, quase R$ 60 milhões já foram investidos no combate ao coronavírus. No dia 17 de março, o Acre começou o embate contra a pandemia, ao registrar os três primeiros casos da doença, o de um homem de 30 anos e de duas mulheres, uma de 37 e outra de 50 anos. Desde então, bastaram 90 dias para que 10.339 pessoas no Acre se contaminassem pelo novo coronavírus, que já causou 281 mortes, até quarta-feira, 17.
Estatística
O levantamento foi feito com base nos dados do Ministério da Saúde (MS), e no Financeiro da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre). Em números exatos, o balanço mostra R$ 59,3 milhões em investimentos no combate ao coronavírus, até o momento.
Ajuda federal
O MS contabiliza R$ 256,2 milhões em repasses para os entes federados acreanos, dos quais pelo menos R$ 59,3 milhões foram destinados ao estado e usados, principalmente, para a compra de equipamentos hospitalares, como por exemplo, ventiladores pulmonares e outros aparelhos para a montagem de UTIs.
Insumos básicos e equipamentos
No levantamento, estão incluídos ainda a compra de milhares de kits para testes e para exames de Covid-19, de milhares de equipamentos de proteção individual, como máscaras, aventais, luvas e escudos para os profissionais de Saúde e a ampliação do atendimento a leitos de hospitais.
Gasolina na fogueira
Analisa a jornalista Bela Megale, de O Globo de hoje, 18/06, que a prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, é vista por integrantes do Palácio do Planalto como mais uma pá de cal na tentativa de pacificar a relação entre o governo Bolsonaro e o Judiciário.
Labaredas
Segundo auxiliares do presidente, ele mostrou muita irritação com a proximidade de datas das operações policiais mirando seu entorno. Na terça-feira (16), aliados do presidente foram alvos de buscas da Polícia Federal e de quebras de sigilo determinadas pelo Supremo Tribunal Federal no inquérito dos atos antidemocráticos.
Fogo nos calcanhares
Hoje, a Polícia Civil cumpriu uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio que autorizou a prisão de Queiroz, ex-assessor de Flávio, amigo da família e figura central no inquérito da “rachadinha”.
Complô
Bolsonaro e seus filhos relataram a pessoas próximas que enxergam uma conspiração. Eles avaliam que integrantes do judiciário trabalhariam para criar um clima contra o presidente, sua família e seus apoiadores para tirá-lo do cargo. Bolsonaro está reunido com ministros, como André Mendonça e Jorge Oliveira, para discutir como reagirá diante desse cenário.
Temor
Ainda sobre o inferno astral da família presidencial, Advogado do ex-assessor de Flávio Bolsonaro disse que Fabrício Queiroz, Paulo Emílio Catta Preta, afirmou na tarde desta quinta-feira, 18, que seu cliente recebeu ameaças e tem medo de ser assassinado.
Queima de arquivo
“Sim, ele teme pela vida dele”, disse o advogado ao ser questionado por jornalistas na porta do Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, onde Fabrício Queiroz foi levado depois de ter sido preso em São Paulo.
Ameaça anônima
O advogado disse não saber detalhes sobre as supostas ameaças recebidas por Queiroz. “Ele não me disse [quem fez as ameaças], mas disse que já recebeu ameaças desde que esse caso veio à tona”, enfatizou Paulo. Catta Preta também era o advogado do miliciano e ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, morto na Bahia em fevereiro.
Recolhido aos costumes
Queiroz foi preso na manhã desta quinta-feira (18) em Atibaia, no interior de São Paulo. Ele estava no imóvel de Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro. Policial Militar aposentado, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada “atípica”, segundo relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf).
Obstrução
O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a prisão de Queiroz porque considerou que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro continuava cometendo crimes e estava fugindo e interferindo na coleta de provas. A Justiça autorizou também a prisão da mulher de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar.
Pede pra sair!
Após alguns dias na corda bamba , o ministro da Educação , Abraham Weintraub, anúnciou nesta quinta-feira (18) pelo Twitter que deixará a pasta para ocupar um cargo em um banco. Ele assumiu a pasta em 9 de abril de 2019 e ficou 436 no cargo, após ter substituído o filósofo Ricardo Vélez Rodríguez.
Inviabilizado
A permanência de Weintraub no ministério ficou instável após ele ter virado alvo de um inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga fake news e ataques contra a corte.
Em uma reunião com Bolsonaro e outros ministros , em 22 de abril, Weintraub afirmou que “por mim, colocava todos os vagabundos na cadeia, começando pelo STF”. A frase aumentou as tensões entre o Supremo e o Planalto.
Trapalhadas
Além do inquérito de ataques contra o STF , o ex-ministro também é alvo de investigação sobre uma publicação que fez no Twitter com abordagem racista contra chineses . Mas a pressão pela queda de Weintraub aumentou no último domingo (14), quando o ex-ministro participou de uma manifestação pedindo o fechamento do Congresso e do Supremo .
Substituto
Na segunda-feira, Jair Bolsonaro (sem partido) teria pedido a ministros e assessores próximos sugestões de nomes para substituir o ministro da Educação, segundo a emissora CNN Brasil.
No mesmo dia, Bolsonaro também afirmou que Weintraub não foi “prudente” ao ir ao ato de domingo e que esse é um problema que ele estava tentando “solucionar”.
Fora da lei
A Polícia Federal alerta que a solicitação e recebimento de auxílio emergencial indevidamente, sem preenchimento cumulativo dos requisitos legais previstos no DECRETO Nº 10.316, DE 7 DE ABRIL DE 2020, pode configurar o crime de falsidade ideológica, previsto no art. 299 do Codigo Penal, e/ou estelionato, previsto no art. 171 do Código Penal, com aumento de pena, por se tratar de fraude contra órgão público.
Falsidade ideológica
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.