Rio Branco recebeu ontem, terça-feira, 21, a visita da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Cida foi recepcionada pelo governador Gladson Cameli (PP), pela vice-governadora Mailza Assis (PP) e pela secretária de Estado da Mulher, Márdhia El Shawwa. A ministra trouxe à pauta a necessidade urgente de fortalecer as políticas públicas que promovam proteção, autonomia e inclusão das mulheres acreanas numa união entre todos os poderes e esferas públicas.
Compromissos
Durante um encontro realizado no Palácio Rio Branco, Cida Gonçalves destacou o compromisso do governo federal em apoiar iniciativas estaduais que busquem reduzir as desigualdades de gênero e combater a violência contra as mulheres. “O Acre tem demonstrado um compromisso exemplar com a inclusão das mulheres em espaços de poder e políticas públicas. Essa parceria entre estados e municípios é essencial para avançarmos juntos”, enfatizou.
Desafios
O governador Gladson Cameli destacou: “Receber a ministra Cida Gonçalves no Acre reforça nosso compromisso com as políticas públicas para as mulheres. Nosso estado tem liderado avanços importantes, como a inauguração da Casa da Mulher Brasileira em Cruzeiro do Sul, e seguimos determinados a superar os desafios, com a união entre governo estadual e federal. A presença dela aqui demonstra respeito pela nossa população e a força do diálogo em favor das mulheres acreanas”.
Top secret
O governo Lula (PT) decidiu manter sob sigilo as pesquisas de opinião que foram encomendadas pela Secom (Secretaria de Comunicação Social) a partir de 2023, na gestão do petista, mas vai liberar o resultado de levantamentos feitos na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Álibi
Em parecer apresentado em novembro passado, a CGU (Controladoria-Geral da União) aceitou os argumentos da pasta, comandada pelo então ministro Paulo Pimenta (PT), de que as pesquisas do atual mandato são “documentos preparatórios” e não podem ser divulgadas.
Publicidade
A Secom ainda argumentou que a publicação antecipada pode “resultar em pressões externas ou na manipulação da opinião pública” e prejudicar propostas de governo em andamento. A CGU afirmou que os dados podem ser divulgados no fim do mandato de Lula ou quando for “implantada” a política pública ligada a cada pesquisa.
Exposição
A Controladoria, por outro lado, decidiu que os levantamentos da gestão Bolsonaro, todos feitos em 2022, devem ganhar publicidade. Nesse caso, o posicionamento representa uma mudança de atitude da CGU. Em junho, a pasta havia concordado em manter sob sigilo todas as pesquisas, inclusive aquelas realizadas antes de 2023.
Exercício fiscal
Ontem, terça feira, 21, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), acompanhado por secretários municipais, realizou a abertura oficial do exercício financeiro de 2025. O encontro teve como objetivo alinhar as diretrizes para a execução orçamentária do ano, com destaque para a necessidade de maior controle nos gastos públicos.
Orçamento
O orçamento aprovado pela Câmara Municipal para 2025 é de R$ 2,4 bilhões, dos quais R$ 500 milhões estão destinados a investimentos e R$ 1,9 bilhão para custeio. Contudo, o prefeito enfatizou que o município enfrentará um ano de austeridade financeira devido à redução das transferências federais e estaduais, além de limitações no crescimento das receitas próprias.
Filosofia
“Desde quando eu assumi, todo mundo sabe que nós sempre pregamos muita austeridade com o trato do recurso do dinheiro público, ao ponto que todo mundo sabe dizer que essa prefeitura não sobrevivia sem governo. Nós passamos três anos e meio sobrevivendo sem governo. Assumimos a água na época, todo mundo se lembra disso, não veio absolutamente nada da água pra gente, veio só dívida, gastamos mais de 200 milhões na água e de onde veio esse dinheiro? É exatamente dessa situação de cuidar bem do dinheiro público”, explicou Bocalom.
Indiciamento
Quatro ex-diretores e coordenadores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram indiciados pela Polícia Federal (PF) no âmbito das investigações sobre a tentativa de impedir o deslocamento de eleitores no Nordeste durante o segundo turno das eleições de 2022. A informação foi revelada por Aguirre Talento, do Uol, e confirmada pela coluna.
Personificação
São eles: Luis Carlos Reischak Jr. – ex-diretor de Inteligência da PRF e ex-superintendente no Rio Grande do Sul; Rodrigo Cardozo Hoppe – ex-coordenador de Inteligência; Djairlon Henrique Moura – ex-diretor de Operações; e Adiel Pereira Alcântara – ex-coordenador de Inteligência. A PF também indiciou Bruno Nonato dos Santos Pereira, ex-coordenador de Inteligência e Contrainteligência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Crime e castigo
Segundo as apurações, a cúpula da corporação, então chefiada por Silvinei Vasques e subordinada ao ministro da Justiça, Anderson Torres, deu ordens ilegais para que a PRF articulasse operações com o objetivo de dificultar o deslocamento de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022.
Desculpa esfarrapada
Em 30 de outubro, após diversas denúncias de eleitores de que blitze da PRF dificultavam o deslocamento de eleitores, sobretudo no Nordeste, o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, pediu explicações a Silvinei, que alegou haver apenas reforço necessário para garantir a segurança no dia do pleito.
Sr. Confusão
Nem bem foram assinadas, algumas das primeiras ordens executivas de Donald Trump em sua segunda passagem pela Casa Branca já enfrentam contestação na Justiça. Sob a alegação de que ele excedeu os poderes do cargo, uma coalizão de 18 estados entrou com uma ação em um tribunal de Massachusetts contra o decreto que extingue o direito automático de cidadania a quem nasce nos Estados Unidos.
Fora da lei
Juristas e acadêmicos afirmam que esse direito está previsto na Constituição e foi referendado pela Suprema Corte, não podendo ser revogado por um ato presidencial. Já a ONG Lambda Legal, que defende nos tribunais os direitos da comunidade LGBTQIA+, avalia entrar com processos contra medidas como a exigência de que o gênero biológico da pessoa conste de seus documentos de identidade. “Esses decretos seguiram uma lógica de ‘choque e pavor’”, diz o historiador político Matthew Dallek, da Universidade George Washington. “É um recado para seus críticos e eleitores de que ele vai cumprir as promessas de campanha.” (Washington Post)
Frentes
Trump iniciou sua “política de dois gêneros” em várias frentes. O novo governo decidiu fechar os escritórios do DEI (sigla do amplo programa federal Diversidade, Equidade e Inclusão) e colocou todos os seus funcionários em licença remunerada até a próxima quarta-feira, antes de serem demitidos. Trump definiu a iniciativa do governo de Joe Biden como “discriminação ilegal e imoral”.
Autossuficiência
Ao ser indagado pela repórter da TV Globo Raquel Krähenbühl, durante evento na Casa Branca, sobre como será a relação com o país e a América Latina, o presidente americano respondeu: “Ótima. Eles precisam de nós muito mais do que precisamos deles. Não precisamos deles”, disse, antes de concluir que “todos precisam de nós”.
Enquanto isso...
Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, respondeu com ironia às acusações de ter feito uma saudação nazista durante um discurso na posse de Trump. “Francamente, eles precisam de truques sujos melhores. O ataque de ‘todo mundo é Hitler’ é tão batido”, escreveu Musk em sua rede social, X. A controvérsia surgiu após ele repetir duas vezes um gesto com semelhança alarmante com uma saudação nazista. Especialistas como a historiadora Ruth Ben-Ghiat, da Universidade de Nova York, consideraram que o movimento foi um sieg heil, o cumprimento nazista.