A Assessoria de Comunicação do Ministério Público Eleitoral fez divulgar que o órgão enviou ofícios à Presidência e à Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE/AC) pedindo que ambos analisem as providências cabíveis a serem tomadas com relação a fatos que podem apontar possível comprometimento da capacidade subjetiva do Juiz Eleitoral titular da 9ª Zona, doutor Giordane Dourado.
Ato notório
Segundo o MP Eleitoral, é público, inclusive por meio de notícias veiculadas pela mídia local, que a esposa do magistrado, Cláudia Pinho, trabalha na coordenação da campanha de um dos candidatos a prefeito em Rio Branco, no caso o emedebista Roberto Duarte.
Atuação proba
O MP Eleitoral ressalta que não existe nenhuma informação que macule a atuação do magistrado, pelo contrário, o magistrado goza de reputação de alta competência, presteza e que preza pela probidade, entretanto, os fatos veiculados na mídia local detém potencial lesivo à própria imagem da Justiça Eleitoral, e por essa razão, no entendimento do procurador regional Eleitoral Vitor Hugo Caldeira Teodoro, merece avaliação por parte do TRE/AC.
Problemas
O secretário de Educação, Cultura e Esportes do Acre, Mauro Sérgio da Cruz, pode responder por improbidade administrativa após se envolver numa polêmica eleitoral em Brasiléia, na semana passada. O secretário foi denunciado por crime eleitoral ao Ministério Público e à Justiça Eleitoral.
Contexto
É que durante reunião com a candidata a prefeita Leila Galvão (MDB), em Brasiléia, o secretário gravou vídeo onde afirmou, com todas as letras, que a emedebista é a candidata oficial da Secretaria Estadual de Educação. O procedimento, conforme ditames da Lei Eleitoral, não é permitido, vez que estrutura do poder público não podem intervir em disputas eleitorais. .
Ipsis litteris
“Você é a candidata oficial da secretaria estadual de ensino, e nós, como responsáveis por esta secretaria, em nome do governador, estamos aqui hoje manifestando todo nosso apoio, todo nosso carinho (…) estamos com você”, declarou o secretário.
Preposto
Não bastasse a afirmação, o secretário estadual disse que estava fazendo isso em nome do governador Gladson Cameli. “Em nome do governador Gladson Cameli, quero aqui, Leila, manifestar todo o nosso apoio a você”, disse o secretário antes de destacar que Leila seria a candidata da pasta.
Testemunha ocular
Por telefone, o chefe do cartório eleitoral de Brasileia, Helton Santiago Macêdo, confirmou que a denúncia sobre o vídeo foi protocolada junto ao Ministério Público Eleitoral, e que nos próximos dias o promotor Rafael Maciel da Silva deve se pronunciar sobre o fato. Aliás, o vídeo foi visualizado pelo próprio juiz, nas redes sociais da candidata.
Tesoura
O site ac24horas fez publicar que na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) de hoje, o governador Gladson Cameli exonerou cargos comissionados importantes no governo, incluídos, aí, vários indicados pelo vice-governador, Major Wherles Rocha (PSL).
Rescaldo
O site informa que um dos exonerados é Rogério Oliveira da Silva, que ocupava o cargo de Presidente do Instituto Socioeducativo do Estado do Acre (ISE) e estava na função desde fevereiro do ano passado. Rogério foi um dos escolhidos por Rocha quando o vice-governador ainda era o responsável pela área de segurança no governo.
Engrossando a lista
Também foi exonerado Isaías Brito Brandão, até então diretor executivo operacional do ISE. Quem também foi exonerado foi Joelson Dias, ex-presidente da Associação dos Militares do Acre (AME), homem de confiança de Rocha e que ocupava a função de diretor do gabinete do vice-governador.
Pegando fogo
Abrão Púpio, bombeiro militar que era chefe de departamento no gabinete de Rocha, também pegou as “contas”. Outro que não escapou da tesoura afiada de Gladson foi o diretor de operações do Detran/AC, José Tanaca. Servidores do Detran alegam que Tanaca teria sido removido do cargo por se levantar contra o governo. Foi exonerado ainda o diretor do Instituto de Identificação da Polícia Civil, Carlos Bacelar. Como se vê, o bicho tá pegando!
Crime e castigo
A polícia civil indiciou o ex-diretor-presidente do Depasa, Tião Fonseca, a sua esposa, a empresária Delba Bucar e o ex-diretor financeiro Edson Siqueira, mais conhecido como Edson Bittar, pelos crimes de Associação Criminosa, Falsidade Ideológico e peculato.
Causa própria
O trio foi alvo no dia 3 de agosto da Operação “Toque de Caixa”, desencadeada pela Delegacia de Combate à Corrupção e aos Crimes contra a Ordem Tributária e Financeira (Decor), que constatou uma série de desvios de recursos públicos enquanto Fonseca esteve a frente do órgão, principalmente após ele pagar cerca de R$ 500 mil para empresa da própria esposa, a Bucar Engenharia.
Imbróglio
Reportagem da edição desta semana da revista “New Yorker” revela como uma live do presidente Jair Bolsonaro provocou revolta e debate acalorado no alto escalão do Facebook, culminando na demissão de um engenheiro.
Tô fora!
Ele pediu para sair inconformado com a aparente condescendência dos executivos da rede social com supostas violações das regras da plataforma pelo presidente brasileiro.
A gota d’água
A live controversa foi aquela em que Bolsonaro afirmou que “cada vez mais, o índio é um ser humano igual a nós”, gravada em janeiro passado. Segundo conta Andrew Marantz — que assina a reportagem da “New Yorker” e é autor do livro “Antisocial”, sobre extremismo on-line —, notícias sobre a declaração do presidente chocaram David Thiel, um especialista em cibersegurança baseado na sede do Facebook, em Menlo Park, Califórnia.
Inércia
Ele ficou ainda mais inconformado quando constatou que o Facebook não havia removido o vídeo, apesar de clara violação à regra que veda discursos que “desumanizem” ou classifiquem de sub-humano qualquer grupo ou etnia (em português, os termos falam em conteúdo “degradante”).
Nas alturas
A taxa de desemprego no Brasil explodiu de 13,7% na terceira semana de setembro para 14,4% na quarta semana do mesmo mês, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cerca de 700 mil pessoas perderam seus postos de trabalho em apenas 7 dias. A reportagem é do jornal O Estado de São Paulo.
Nova realidade
Cerca de 2,7 milhões de trabalhadores, que representa 3,3% do contingente total, estavam afastados do trabalho na quarta semana de setembro devido às medidas de isolamento social em meio à pandemia da Covid-19. O resultado representa cerca de 100 mil pessoas a menos que o patamar de uma semana antes, acrescenta a reportagem.