O ex-governador e ex-senador Jorge Viana (PT) recorreu as redes sociais para cobrar uma auditoria por parte dos órgãos de controle na estrada BR-364, no trecho que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul. Viana evoca do governo federal, dos parlamentares federais e do executivo do estado responsabilidade acerca do abandono da rodovia.
Caos
“Recentemente eu fui a Tarauacá, Feijó e Sena Madureira e o que eu vi foi um completo abandono da nossa BR-364. Uma estrada que nós fizemos com tanto empenho, construímos todas as pontas ligando a rodovia, investimos na sua manutenção e agora o que a gente vê é só buraco, falta de sinalização e um risco constante para qualquer motorista. Eu gravei esse vídeo lá e cobrei das autoridades atuais providências urgentes. A BR-364 liga todo o nosso Acre”, declarou.
Inércia
Jorge lembra que as autoridades que hoje exercem o poder de mando no estado são as responsáveis pela manutenção que possibilita a ligação da capital com o Juruá: “Ganharam tudo em 2018. A presidência, o governo do Estado, as prefeituras e têm o alinhamento de 3 senadores e 6 dos oito deputados federais. Como senador, destinei recursos e também fui de forma rotineira aos órgãos federais para garantir os investimentos para manutenção da estrada. É lamentável ver agora tanto descaso. Vejo o esforço dos deputados Léo de Brito (PT) e Perpétua Almeida (PCdoB), mas o que nós precisamos é de uma atitude das autoridades. O que está acontecendo na BR-364 é crime!!”, ditou.
Ação
O deputado Alan Rick (UB) anunciou ontem (27) nas redes sociais os avanços de uma negociação com a empresa aérea Latam, com a finalidade de baratear os preços das passagens em trechos que têm como destino e partida o Estado do Acre. Em decorrência das negociações, a companhia aérea retomará a linha Brasília-Rio Branco já em julho.
Desfecho
“Conseguimos alguns avanços, como a garantia de que a LATAM voltará a operar em Rio Branco, a partir de julho; e que uma redução na alíquota de ICMS poderá ajudar as companhias a reduzir o valor dos bilhetes aéreos”, anunciou o deputado.
Algoz
Ontem o prefeito de Sena Madureira, Mazinha Serafim (PMDB) outrora entusiasta da candidatura do Senador Sérgio Petecão (PSD) ao governo do estado, usou as redes sociais. Para denunciar que o senador está a perseguir o município que administra, posto que retirou duas emendas que já haviam sido destinadas ao município de Sena Madureira. Os recursos empenhados ultrapassavam o valor de R$ 700 mil, de acordo com o chefe do executivo municipal, e seriam destinados à compra de trator e a pavimentação de becos da cidade.
Mágoa
“Não sei por qual motivo ele fez isso. Estou muito chateado. Se o senador está achando que vai me prejudicar, está enganado. A população que deu uma das maiores votações para ele é quem fica prejudicada. Essa população [referindo-se aos eleitores de Sena] sempre votou nele”, disse Serafim. “Por conta de política, fez o que fez”, finalizou.
Destinação
Em um vídeo em que aparece ao lado de Mazinho, a secretária de Planejamento, Cláudia Teles, explicou como seria aplicado o recurso. Até poucos meses atrás, Mazinho e Petecão eram aliados. Depois que o prefeito de Sena decidiu apoiar o governador Gladson Cameli e a sua reeleição, se tornou adversário do senador.
Pano de fundo
Em declarações à imprensa, o senador Sérgio Petecão (PSD) reagiu, listando um total de mais de R$ 17 milhões destinados ao município gerido por Mazinho, acrescentando que o motivo do descontentamento do prefeito Mazinho Serafim é um pedido não atendido de meio milhão de reais (R$ 500 mil). “O Mazinho queria uma Emenda Especial, que é um tipo de emenda que o prefeito não tem que prestar contas e eu não aloquei. Desculpa prefeito. Lamento. Espero que Deus toque o seu coração para passar essa raiva”, disse Petecão.
Na ponta do lápis
O senador Sérgio Petecão enviou a lista de emendas destinadas ao município desde a posse de Mazinho Serafim, indicadas principalmente para as áreas de Agricultura, Esportes, Infraestrutura e Saúde, que totalizam, ao todo, mais de R$ 17 milhões. Diane dos números, Petecão argumenta que não discrimina a cidade dos senamadureirense, patenteando que a caso se resume a interesses contrariados.
Mexericos
O ministro Luiz Eduardo Ramos anda em baixa com a família Bolsonaro. É grande a irritação com o general, que estaria vazando excessivamente informações da campanha e do entorno do Planalto. Os filhos políticos de Bolsonaro só se referem a Ramos como “o linguarudo”.
Não é a primeira vez que Ramos é criticado pela indiscrição. No passado, quando ele e Ricardo Salles estavam em pé de guerra, o ex-ministro o chamava de “Maria Fofoca”.
Cobiça
Pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes decidiu entrar na briga com o ex-presidente Lula (PT) pelo apoio do PSD de Gilberto Kassab nas eleições deste ano. Na sexta-feira (22/4), Ciro se reuniu com Kassab em São Paulo. Na conversa, pediu apoio do PSD a sua candidatura, caso consiga se viabilizar até agosto, data final para definição de alianças. A sigla de Kassab chegou a ensaiar pré-candidaturas próprias ao Palácio do Planalto, mas recuou após desistência dos próprios postulantes. Agora, a legenda avalia liberar seus filiados a apoiarem quem quiserem.
Cortejo
Além de Kassab, Ciro esteve recentemente com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que é filiado ao PSD. O senador saiu do encontro se dizendo “impressionado” e chamando o pedetista de “muito preparado”. O presidenciável do PDT também tem boa relação com o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), já tentando, inclusive, anunciado apoio à candidatura dele ao governo mineiro este ano.
Dória
Pré-candidato a presidente nas eleições de 2022 pelo PSDB, o ex-governador de São Paulo João Doria falou hoje sobre a construção da chamada terceira via e que aceitaria ser vice numa chapa presidencial, diferentemente do que afirmou a senadora Simone Tebet (MDB). Com a federação feita com o Cidadania, Doria chamou esse apoio de “inseparável”. Os paridos ainda negociam com o União Brasil a formação de uma aliança, mas, aparentemente, o UB deve lançar o presidente do partido, Luciano Bivar, ao projeto presidencial.
Moro parcial
O Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) emitiu nota dando conta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve seus direitos políticos violados em 2018 e, portanto, a proibição dele concorrer às eleições daquele ano foram “arbitrárias”. Dos 18 peritos do órgão, 16 estimaram que o ex-presidente não teve um julgamento imparcial. Dois deles indicaram que eram contrários aos argumentos apresentados pela defesa de Lula ao organismo internacional.
Dura lex, sed lex
O jurista Wálter Maierovitch (um dos mais respeitados do Brasil), está preocupado com a forma que o STF (Supremo Tribunal Federal) vai tratar o caso de Daniel Silveira (PTB). Maierovitch afirmou hj que o tribunal não pode fazer um acordo para aliviar a situação do deputado, que foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por atos antidemocráticos.