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Ação

Engana-se quem pensa que o ex-governador e senador pelo Acre, Jorge Viana (PT) está parado quando o assunto vem a ser as lides políticas. No final da manhã desta sexta-feira (27), Viana recebeu em sua residência, em Rio Branco, ao redor de uma mesa, os amigos partidários Raimundo Angelim, Marcus Alexandre e Binho Marques.

Culinária regional

Segundo Viana, o objetivo do encontro foi compartilhar um cozidão, prato típico do Acre. “Neste finalzinho de ano tive o privilégio de dividir com os bons amigos aqui em casa, um cozidão bem acreano”.

Cardápio

Jorge disse que o encontro serviu para enfrentar esses tempos difíceis. “Só tem uma receita: reunir pessoas boas, lembrar de tudo de bom que já conseguimos realizar e pensar nas coisas boas que ainda podemos fazer. Sigamos em frente!”, concluiu. Bem, Viana não revelou o que foi conversado, mas, por certo, não avaliaram o desempenho do Flamengo de Angelim no ano de 2019.

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Mexida

O Diário Oficial de hoje, 27/12, trouxe a exoneração do cargo de Secretário de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano, do engenheiro civil Thiago Caetano. A degola foi patrocinada pelo governador Gladson Cameli (PP) . Em seu lugar, assume Ítalo César de Medeiros, que deixa a direção do Deracre.

Raízes

Ítalo é filho do saudoso ex-deputado João Tota e da 1ª suplente do senador Sérgio Petecão, a ex-deputada estadual Maria das Vitórias. Por um bom tempo Medeiros foi diretor da estatal do município Rbtrans e goza de prestigio no meio burocrático do estado. O governador já nomeou o substituto de Medeiros que será Ronan Fonseca Lemos Filho, atual engenheiro do órgão.

Arranque

Thiago Caetano iniciou o ano com o status de super secretário na administração Gladson Cameli. Cabia a ele a função de comandar a Secretária de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano, que abarcava vários órgãos.

Nuvem de fumaça

Pela importância do cargo, logo setores da imprensa anunciaram que Caetano poderia vir a ser o candidato do governador à prefeitura de Rio Branco. Aquele que era tido como super secretário termina o primeiro ano de governo exonerado e poderá ganhar novo emprego com menor visibilidade, assessorando diretamente o governador Gladson Cameli.

Legado

A demissão de Thiago Caetano não surpreende. Ao longo do ano, ele falou muito, mas fez pouco. As principais obras de Caetano foram lambuzar os prédios públicos com cor azul e também foi ele o responsável pela contratação da empresa Murano Construções, por meio da adesão de uma ata do estado de Goiás.

Usurpação

A construtora Murano recebeu quantias vultosas, enquanto as empresas locais fecham as portas. Na inexistência de ações patrocinadas por sua pasta, Caetano, tal qual jacamim, adotou os filhos alheios para jactar-se de tocador de obras, como é o caso da construção da ponte sobre o Rio Madeira, edificação do governo federal iniciada pela ex-presidente Dilma Rousseff, em Rondônia.

Dor de cabeça

Em sua curta passagem pela pasta, Caetano terá o que explicar. Há cerca de duas semanas, o Ministério Público Estadual abriu investigação para apurar os procedimentos que culminaram com a recuperação da estrada AC-40, no trecho compreendido entre Ri o Branco e Senador Guiomard.

Alhos e bugalhos

O questionamento do órgão de fiscalização reside no fato de que uma das empresas contratada para a edificação da obra, cujo contrato previa o fornecimento de massa asfáltica, foi habilitada para fazer a pavimentação de um trecho da rodovia, procedimento alheio aos objetos do contrato mantido pela construtora com o governo do estado.

Rosário

Reportagem da agência BBC mostra seis frentes de investigação que têm como alvo um ou mais membros do Clã Bolsonaro. “Há acusações de prática de rachadinha — quando funcionários do gabinete devolvem parte dos salários para políticos —, de disseminação de notícias falsas, de uso de funcionários fantasmas, de quebra de decoro parlamentar e de ligação com suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes”, conta a reportagem.

Veja abaixo:

1. Caso Queiroz

Ex-assessor de Flávio e amigo de Jair Bolsonaro desde a década de 1980, Fabrício Queiroz passou a ser investigado em 2018 depois que o Coaf (atual Unidade de Inteligência Financeira) identificou diversas transações suspeitas suas. Somente entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão, valor incompatível com seu patrimônio e ocupação.

2. CPMI das Fake News

Depoimentos na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que está em andamento, apontam a participação de Carlos e Eduardo Bolsonaro e de assessores próximos à família Bolsonaro em campanhas na internet para atacar adversários com uso frequente de notícias falsas. A ex-aliada e ex-líder do governo Joice Hasselmann (PSL-SP) apresentou dossiê em que aponta sofisticado esquema de “milícias digitais” em torno de Bolsonaro que pratica ataques orquestrados a críticos de sua gestão.

3. Suspeita de uso de assessores-fantasmas por Carlos Bolsonaro

O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga, sob sigilo, o vereador Carlos Bolsonaro após reportagens apontarem que assessores nomeados em seu gabinete nunca exerceram de fato essas funções. Suspeita-se, a exemplo do irmão Flávio Bolsonaro, que haja um esquema de rachadinha, com os funcionários devolvendo o salário, parcial ou integralmente.

4. WhatsApp na eleição de 2018

Após denúncia na Folha de S.Paulo, ainda em 2018, de que empresas compraram, sem declarar à Justiça Eleitoral, pacotes de disparos em massa de mensagens no WhatsApp contra o PT, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passou a investigar a campanha presidencial de Jair Bolsonaro.

5. Novo AI-5

Em entrevista à jornalista Leda Nagle, quando perguntado sobre os recentes protestos no Chile, o deputado federal Eduardo Bolsonaro levantou a possibilidade de um “novo AI-5”, passando a ser alvo de processos na Câmara e no STF. “Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5”, disse.

6. Caso Marielle

Depois que o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde Jair Bolsonaro reside, afirmou à polícia que Élcio Queiroz, um dos acusados do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, se dirigiu à casa de Bolsonaro horas antes do homicídio, o clã se viu envolvido na investigação.