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Jamaxi

Abrindo o verbo 

O deputado Neném Almeida (Podemos) escalou a tribuna da Aleac na sessão de ontem, 21, para desancar as ações do governo Gladson Cameli e dizer que os empresários acreanos estão “abandonados” pela gestão do cruzeirense, que tem feito diversos editais com dispensa de licitação, beneficiando principalmente as empresas de Manaus. Neném lamentou a postura, dizendo que a prática redunda em  mais de 110 mil desempregados no Acre.

Segundo plano 

“Empresários que ajudaram a eleger esse governo estão sendo abandonados. Esse dinheiro que é ganho por essas empresas da ‘República de Manaus’ está indo todo para o estado do Amazonas e as empresas aqui estão a ver navios. São mais de 110 mil desempregados. O que se viu até agora é um governo que despreza as empresas locais, despreza o nosso povo. Nunca se foi tanta gente embora do Acre, nunca se viu tanta gente pedindo nos semáforos”, cravou o parlamentar.

Aprofundando discussão 

Um grupo de estudantes da Universidade Federal do Acre, denominado “Ufac Coalizão Empate”, ontem (21) levantou debate com o objetivo de discutir o Projeto de Lei 6024, de autoria da deputada acreana Mara Rocha (PSDB), que pretende reduzir os limites da Reserva Extrativista Chico Mendes e extinguir o Parque Nacional da Serra do Divisor, na região do Juruá.

Óbices 

O projeto de lei está em sua fase embrionária e tramita atualmente na Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara Federal, angariando resistência de parlamentares e conta com grande oposição de várias entidades ligadas à área de defesa do meio ambiente.

Apoios 

O Empate organizado pela comunidade universitária da Ufac Contra o PL 6024, conta com o apoio do Comitê Chico Mendes, Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia, Juventude do Partido dos Trabalhadores do Acre (JPT), Associação Apiwtxa e Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (Opirj).

Barricada 

Existe também uma Petição On-line colhendo assinaturas para barrar o PL6024. É só acessar https://pl6024nao.com.br/. A petição quer sensibilizar o Congresso Brasileiro contra o projeto que, segundo o movimento, pretende destruir ainda mais a Amazônia, afetando famílias que vivem tradicionalmente na floresta acreana.

Precaução 

A possibilidade de Jair Bolsonaro não disputar a sucessão de 2022 já começou a ser discutida entre os principais líderes do centrão.

Cenário

Uma das ideias em cogitação é Bolsonaro escolher outro candidato para apoiar, escapando de uma derrota fragorosa nas urnas, em troca de apoio para evitar que ele próprio e seus filhos sejam condenados pela Justiça e presos. 

Fugindo para as colinas 

O próprio Bolsonaro já levantou a possibilidade de ser preso ao discursar no dia 7 de Setembro para apoiadores —dizendo que isso pode ser tentado, mas que nunca ocorrerá, destaca a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo de hoje, 22. 


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Juntos e misturados 

A Executiva Nacional do Democratas aprovou por unanimidade na noite de ontem, terça-feira, 21, a fusão com o PSL. Foram 41 votos favoráveis e nenhum contrário. A decisão, agora, será submetida a uma convenção nacional, mas difícil que seja revista. 

Falas 

Os discursos foram inflamados a favor da composição com o ex-partido de Jair Bolsonaro e o tom dado pela cúpula de ambos os partidos é de viabilizar uma terceira via para disputar a presidência da República.

Presença 

Dois ministros do governo Bolsonaro — Onyx Lorenzoni (Trabalho) e Tereza Cristina (Agricultura) — compareceram e votaram a favor. Os dois são postulantes a disputar o governo de seus respectivos estados. Participaram do encontro o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

Beligerância 

Durante os discursos, Caiado atacou a oposição e disse que ninguém tem mais experiência do que ele para enfrentar a esquerda, seus adversários políticos desde 1985. Mas o governador, que é aliado de Bolsonaro, sinalizou a necessidade de se criar outra via.

Cálculo de risco

“A sociedade procura alternativa que dê paz. Me preocupa esse processo inflacionário. Em 2022 será outro tempo, outro momento. Peço a todos unanimidade (na votação)”, disse Caiado, que foi atendido pelos correligionários. 

Entusiasmo 

O Ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta (DEM) saiu entusiasmado do encontro e falou abertamente que a fusão do DEM com o PSL é uma grande oportunidade de se criar a terceira via. “Aumenta o grupo político, o tempo de TV, fundo partidário, palanques regionais. Sim, muita chance de viabilizar a terceira via”, disse Mandetta.

Protagonismo

Instado a se pronunciar sobre a fusão, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, virtual candidato ao governo da Bahia, transpirou otimismo: “A nossa ideia para 2022 é que o partido tenha papel decisivo nas eleições, inclusive na sucessão presidencial. Entendemos que esse partido surgirá como importante agremiação na construção do projeto de 2022. Mas não posso antecipar projeto nacional antes de o projeto de fusão estar consolidado é definido”, disse. 

Estatura 

Se confirmada a fusão, será criado um novo partido, que terá outro nome e terá a maior bancada no Congresso Nacional (Câmara + Senado). Os dirigentes estudam contratar uma empresa de marketing para definir o nome do partido a ser criado.