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Jamaxi

A volta dos que não foram

Hoje o governador Gladson Cameli (PP) confirmou que o advogado José Ribamar Trindade permanecerá como Chefe da Casa Civil do Governo do Estado. Ribamar, demissionário desde o final do ano passado, quedou-se às súplicas do governador e decidiu permanecer no posto que até ontem houvera declinado.

Reprise

Idêntica pantomima já houvera sido encenada em setembro do ano passado, quando do pedido de demissão da secretária da Fazenda Semiramis Dias, servidora do Tribunal de Contas do Estado e que hoje ocupa o cargo na Sefaz por indicação do conselheiro do TCE Antônio Malheiro, com quem ela trabalhava. Samiramis também foi alvo da mesma romaria por parte do governador, em termos idênticos ao caso de Ribamar Trindade.

Preservando a imagem

A assessoria do Governador Gladson Cameli (PP), ou mesmo seus familiares, deveriam alertá-lo para o papel deplorável que cumpre ao ficar adulando os assessores para que estes não larguem o posto renegado e continuem internados no seu governo. A constatação que resta é que o governador não possui voz de comando e não tem noção do que se passa, ao ponto de expressar tamanha dependência dos auxiliares.

Conceito popular

Ao elegê-lo governador a população enxergava - ou foi induzida a enxergar pelo marketing - que ele era uma peça apta a comandar uma equipe de governo, convocando auxiliares que se moldasse às suas promessas eleitorais e, também, dispensando àqueles que não correspondessem as expectativas de seu alvo administrativo.

Cadê o manual?

A impressão que fica é que Gladson ganhou um brinquedo inesperado e, por desconhecimento, não sabe operá-lo, ficando na dependência de terceiros para acionar a traquitana e pô-la em funcionamento. Tipo: como é que aciona esse negócio?

Tateando

A afirmativa faz sentido a partir do momento em que o governador, candidamente, confessa que em 2019 sua gestão foi pontuada por equívocos. Senão vejamos a declaração prestada pelo governante ao site Ac24horas: “O ano de 2019 nos mostrou os acertos e erros da gestão, e por isso, em 2020 precisamos realinhar ações que precisam serem executadas em várias áreas do estado. Também é necessário que toda equipe esteja consciente de que temos que dar respostas à sociedade sobre suas expectativas a respeito do nosso governo”, disse Gladson.

Método das tentativas

Peraí, gente?! A Gestão começou sem um planejamento estratégico? sem um objetivo específico e sem que uma secretaria dialogue com as outras acerca do resultado final perseguido pela administração? Não existe um fio condutor que alinhe a atuação coordenada de todas as secretarias? Perdemos, então, doze meses em vãs experiências? O mais primário manual de administração ensina que administrar é planejar, executar e avaliar. Findo o exercício, nova rodada dessas ações e assim sucessivamente.

Nunca é tarde pra começar!

Já que o governador expressa consciência que em 2019 houve equívocos por parte de sua administração, que tal aproveitar o ano novo e começar pelo começo, ao invés de ficar ao sabor do marketing e das ações espetaculosas, pra não dizer eleitoreiras?

Primeiras lições

Vamos lá! Primeiro fazer um planejamento estratégico da gestão; após, durante o ano em exercício, fazer encontros de avaliação, executar e fazer correção de rumos; depois, marcar mais um pouco de presença no estado e conduzir a equipe; após, parar com essa postura de ficar cobrando em público os auxiliares e, por conseguinte, constrangendo-os diante da população e por aí vai.

Conselho e caldo de galinha...

Questões que dizem respeito à gestão devem ser tratadas internamente. Coisas reverberadas em público por Gladson não podem persistir, tipo: “eu já disse para fulano tirar a bunda da cadeira e apresentar resultados. A caneta que nomeia é a mesma que exonera”. Na verdade, isso só desgasta a equipe. Ao público interessa os resultados não as formas de encaminhamento. As cobranças devem partir de consensos internos. Bem, pra começo, essas medidas já seriam interessantes. Por nada não!


poronga09 2 web

A força da realidade

A fake news do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e da Rede Globo, acerca da produção industrial, aos poucos se desmancham no ar diante de dados oficiais do IBGE. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a produção industrial brasileira caiu 1,2% em novembro, na comparação com outubro.

Ouro de tolo

De acordo com o IBGE, trata-se do maior recuo mensal desde março (-1,4%) e o pior novembro desde 2015, quando a indústria caiu 1,9%. Recentemente, o Jornal Nacional da TV Globo afirmou que a produção de papelão indicava crescimento da produção industrial no País. Não se sustentou por muito tempo, pois os dados oficiais do próprio governo indicam retração.

Vítima em potencial

A recessão na economia é sentida sobretudo pelos trabalhadores que amargam um dos maiores índices de desemprego do mundo, precarização da mão de obra, perda do poder de compra dos salários, enfim, aumento da informalidade e subemprego.

Futuro incerto

Sem trabalho e renda para o povo, dificilmente haverá crescimento da produção e da economia. Pelo contrário. A concentração da riqueza no âmbito do neoliberalismo econômico impossibilita uma saída desenvolvimentista e nacional.

Resultado óbvio

Portanto, nos marcos do bolsonarismo e lavajatismo, a tendência é que a população sofra ainda mais com a retração da produção e, consequentemente, do “bom” emprego.

Ação de busca

O governo da Bolívia emitiu uma “ordem internacional de pressão” contra o ex-presidente Evo Morales, que pediu asilo à Argentina, para impedir sua participação em um fórum sobre direitos humanos no Chile, afirmou o ministro do Governo (Interior), Arturo Murillo.

Fonte de informação

O ministro fez menção a uma postagem no Twitter feita pelo senador chileno Iván Moreira, que na terça-feira anunciou que Morales planeja participar de um fórum sobre direitos humanos no Chile este mês com seu advogado, o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón.

Boatos

Em relação ao assunto, Morales usou o Twitter para se defender. “Não tenho convite ou informações oficiais sobre um evento de direitos humanos no #Chile. Antes, quando eu era líder, os racistas me declaravam uma ‘persona non grata’, agora como presidente indígena, eles pedem minha detenção”, escreveu Morales.

Barreira

Murillo disse o objetivo da ordem é evitar que o ex-presidente, que tem uma intensa atividade política em seu asilo político e ande livremente pela região. Após a deposição de Morales, em novembro de 2019, o governo golpista abriu vários processos contra o ex-presidente.

Retaliação

O governo interino também decidiu investigar cerca de 600 pessoas que participaram da administração de Morales acusando-as de corrupção, informou o ministério da Justiça. As informações são da AFP (Agence France-Presse).