A vice-governadora Mailza Assis (PP) vem recebendo reiterados apoios em sua intenção de disputar a sucessão do governador Gladson Cameli (PP) que, confirmada sua disposição, irá se desincompatibilizar em meados de 2026 para concorrer ao Senado Federal. Solidificado esse cenário, Mailza terá como legado o comando do Palácio Rio Branco e disputará a reeleição pilotando o executivo estadual.
Apoios
Após o secretário de governo Luiz Calixto declarar à imprensa que Mailza é a candidata natural do núcleo duro do governo em 2026, na semana finda a deputada federal Socorro Neri (PP) veio a boca do palco, em entrevista ao jornalista Astério Moreira, no programa Gazeta Entrevista, da TV Gazeta, repetidora da TV Record, dizer que é natural e óbvio que Mailza terá todo o cenário favorável para ocupar o espaço dos Progressistas na disputa.
Prego batido, ponta virada
Abordada sobre o tema pelo jornalista, Neri foi peremptória: “Porque que ela não disputaria? Está em um partido que tem 14 prefeitos eleitos, que tem aliados, tem uma base na Assembleia Legislativa. Nâo tem porque essa mulher não ser candidata. Quando vejo alguém dizer que ela ainda não se decidiu, ela já se decidiu, sim, ela será candidata”, raciocina.
Pioneirismo
Ainda na entrevista, Neri ressaltou que foi a primeira parlamentar a fazer a defesa da tese: “A própria vice-governadora reconhece isso, de que eu sou talvez, a parlamentar, a pessoa com mandato que começou a dizer lá no começo do 2023 que ao olhar para 2026 nós precisaríamos considerar o fato de que Mailza vai estar governadora, porque o governador vai renunciar para ser candidato ao Senado e que ela terá todo o direito de ser candidata ao governo. Ela tem se colocado como vice-governadora de uma forma muito correta, muito leal ao governador, muito leal ao governo, ela é uma mulher muito séria, muito decente, altiva, ela tem uma palavra só, tem integridade”, destacou.
Fragmentação
Concretizada a candidatura da vice-governadora, a base de apoio que ora dá sustentação política ao governador Gladson Cameli terá um dissenso, vez que o senador Alan Rick (UB) é incentivado por apoiadores a colocar seu nome na disputa, embalado pelos bons resultados obtidos pelo mandato senatorial, fator que inflam seu nome nas pesquisas de consumo interno.
Ponderação
Há de se ponderar, por óbvio, que a simples condição de disputar o posto da governadoria no cargo, não é sinônimo de sucesso. Tome-se como exemplo a própria deputada Socorro Neri, que em 2020, no comando da prefeitura de Rio Branco, vez que sucedera o hoje emedebista Marcus Alexandre, que renunciou ao cargo para disputar o governo, não conseguiu a reeleição ao paço municipal, perdendo o posto para o atual prefeito Tião Bocalom (PL). Portanto, uma coisa é uma coisa. Outra coisa, é outra coisa!
Diplomacia
Na manhã dom último sábado, 16, o deputado Afonso Fernandes (Solidariedade), presidente da Comissão de Integração Latino-Americana e de Relações Internacionais da Assembleia Legislativa do Acre, reuniu-se com o presidente do Congresso da República do Peru, Eduardo Salhuana, para tratar sobre pautas referentes ao desenvolvimento dos dois países e participação do Acre neste movimento. O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), também participou da reunião.
Pauta
Para Afonso Fernandes, a reunião foi extremamente importante por causa da relevância das pautas tratadas. “Tratamos das relações internacionais entre os dois países, mas especificamente entre o Acre e a região de Madre de Dios. Com a inauguração hoje do Porto de Chancay o Acre vai se transformar em um grande corredor de exportação dos produtos brasileiros e isso será extremamente importante para o Acre”, diz.
Perspectivas
O parlamentar acreano está otimista com a integração e fez questão de discutir com o senador peruano detalhes importantes da interligação entre os dois países. “Nós discutimos esta integração entre Iñapari e Assis Brasil, desta zona de livre de comércio entre os dois países que irá facilitar as transações comerciais. Discutimos também as condições para que o Acre possa exportar aquilo que ele produz. O Peru no caso se torna um potencial consumidor desses produtos e tudo isso sem a taxação de impostos”, diz.
Intercâmbio
Afonso Fernandes afirmou ainda que no próximo ano as agendas para tratar sobre a integração entre os dois países irão se intensificar. “Em fevereiro nós vamos nos reunir em Rio Branco com os parlamentares do Peru e os parlamentares do Acre e mais alguns parlamentares a nível nacional para tratar da criação desses mecanismos, focado em facilitar o desenvolvimento dessas regiões. São 20 anos que esse assunto é debatido, mas nunca sem que resultasse em algo de concreto, mas agora irá se concretizar”, diz.
Ação
A Polícia Federal vai entrar nas investigações sobre o incêndio que destruiu neste domingo a casa de Francisco Wanderley Luiz, que morreu ao tentar jogar bombas no Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira. Segundo parentes, a ex-mulher dele ateou fogo a si mesma e no imóvel em Rio do Sul (SC). Resgatada pelos bombeiros, teve queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus e foi encaminhada ao hospital em estado grave. Embora a Polícia Civil avalie que o incêndio não tem relação com o atentado, a PF trata o caso como parte da mesma investigação.
Adequação
O atentado ao STF reacendeu um debate sobre a necessidade de adaptar o projeto arquitetônico de Brasília, Patrimônio Mundial segundo a Unesco, para aumentar a segurança de prédios públicos. O governo do Distrito Federal quer colocar gradis na Praça dos Três Poderes, mas o Palácio do Planalto e urbanistas são contra, defendendo outras medidas de segurança que não cerceiem o acesso do povo.
De volta ao começo
O tenente-coronel Mauro Cid, antigo ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), corre o risco de perder os benefícios obtidos com um acordo de delação premiada firmado com a Polícia Federal, conta Daniela Lima. Ele foi intimado a prestar novo depoimento amanhã após agentes cruzarem dados de arquivos apagados e recuperados nos computadores do militar com informações de outras fontes no inquérito que apura os planos para um golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022.
Cenário
De acordo com a PF, caso fique confirmado que Cid omitiu propositadamente informações, o acordo pode ser revisto, enquanto a defesa do tenente-coronel alega que eventuais omissões seriam devidas a esquecimento.
Enquanto isso...
A Justiça argentina expediu mandados de prisão contra 61 brasileiros condenados por envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Até o momento dois deles já foram detidos e aguardam outra decisão judicial sobre os pedidos de extradição feitos pelo Brasil. Todos poderão recorrer à Suprema Corte argentina, mas Javier Milei, aliado de Bolsonaro, disse que acatará as decisões judiciais nesses processos, descartando a princípio a possibilidade de conceder asilo a esses foragidos.