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Jamaxi

A casa caiu

Uma operação deflagrada pela Delegacia de Combate à Corrupção e aos Crimes contra a Ordem Tributária e Financeira (Decor), na manhã de hoje, 03 de agosto, por ordem do juiz Cloves Augusto Alves Cabral Ferreira, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, resultou na prisão do ex-presidente do Depasa,  Engenheiro Civil  Tião Fonseca e da  empresária Delba Nunes Bucar, esposa de Tião, dona da firma Bucar Engenharia. 

Foco 

Além do casal,a operação mira um grupo de profissionais que comandavam a autarquia até meados desse ano, o que resultou, também, em buscas da residência  do ex-diretor financeiro da autarquia Edson Siqueira, conhecido como Edson Bittar, vez que é irmão adotivo do senador Márcio Bittar. 

Histórico 

Tião Fonseca teve breve passagem à frente da direção geral do Depasa, mas o tempo suficiente para patrocinar vários desmandos, segundo denuncias da imprensa local. Uma das denuncias aponta que Fonseca, nos primeiros dias de sua gestão, pagou R$ 500 mil para a empresa de sua esposa, a Bucar Engenharia, justificando tratar-se de serviço da gestão passada, o que cobriria de legalidade o ato administrativo, aduzindo, ainda, que existia parecer jurídico respaldando seu ato. 

Sorte grande 

A exoneração de Fonseca não tirou sua influência do Depasa, vez que no mesmo Diário Oficial que trouxe sua exoneração também veio a nomeação do cunhado, o cidadão Mamede Bucar de Arruda Neto para exercer  o cargo de diretor administrativo e financeiro. 

A pergunta que não quer calar!

Os motivos que levaram o governador Gladson Cameli a exonerar Fonseca e a nomear um membro da família Bucar para o primeiro escalão do Depasa,  são alvos de questionamentos das hostes oposicionista, vez que, supõe-se, a destituição de Fonseca veio em decorrência de desmandos. Já em relação a Edson Siqueira, que também foi exonerado após a série de denúncias envolvendo o órgão,  este acabou sendo acomodado num cargo de diretor na Fundação Elias Mansuor (FEM). A oposição quer saber os motivos de tais deferências envolvendo os citados.

Alvos 

A operação teve mandados cumpridos na residência de Tião Fonseca, na empresa Bucar Engenharia, que fica no bairro Bosque, e pertence a Delba Nunes Bucar. A polícia também visitou endereços ligados a Edson Siqueira. 

Engenharia 

O renomado jornalista Luis Nassif, editor do site GGN, afirma, em sua coluna de hoje, 03/08, que está surgindo um novo pacto nacional para isolar a Lava Jato e reconstruir a política no Brasil. “Assim como no fim da ditadura, esboça-se atualmente um novo pacto de anistia”.

Virando a página 

No dizer do jornalista “É relevante por duas coisas: por explicitar a ansiedade dos pactuadores em superar rapidamente o clima irrespirável do momento; mas por se saber claramente, hoje em dia, os resultados de sair dos períodos de exceção sem uma justiça de transição, sem punição – ainda que meramente moral -, uma autocrítica, um pedido público de desculpas pelo mal que causaram, abrindo espaço para a ascensão das bestas do Apocalipse na condução do país”, afirma. 

Roteiro 

Nassif listou quais seriam os pontos deste pacto: 1) Atribuam-se todos os abusos do período à Lava Jato Curitiba, ao brilho inexcedível de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, que conseguiram ludibriar mídia, Supremo, tribunais superiores.

Indução 

2)Considerem-se todos os escorregões do STF como fruto da ação incomparavelmente maliciosa de Moro explorando a boa fé de Ministros ingênuos (levante alguns casos irrelevantes, em que decisões de Moro foram reformadas, para defender a ação isenta do Supremo no período).

Efeito 

3) Atribua a adesão incondicional da mídia à Lava Jato como reflexo legítimo da indignação com a corrupção, mesmo que tenha feito a divisão entre os corruptos do lado de lá e os do lado de cá, e poupado os amigos.

Mágica 

4)Esqueça que todos os abusos da Lava Jato foram testemunhados por repórteres setoristas, alocados em tempo integral da operação e que esconderam as torturas infligidas a presos, as retaliações contra delegados que reagiram contra as ilegalidades. Diga que foi a astúcia incomparável de Moro que permitiu levar a mídia no bico e todos se beneficiaram profissionalmente da parceria por idealismo desprendido.

Fruto 

O jornalista também afirma que “foi essa guerra política irresponsável, essa exploração do ódio, do direito penal do inimigo que levou o Brasil ao ponto mais baixo da degradação moral, com a eleição e, mais do que isso, a contemporização com a presidência de Jair Bolsonaro”.


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Prioridade 

O governador Gladson Cameli confirmou no sábado, 1º, que o Instituto Butantan poderá dar preferência ao Acre no envio da CoronaVac, vacina contra a Covid-19, desenvolvida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Life Science, assim que sua eficácia de imunização for comprovada cientificamente.

Ação direta

O pedido foi feito pelo próprio Cameli a João Dória, governador de São Paulo, durante reunião entre os gestores na capital paulista. A vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan já está em fase de testes e surge como uma grande esperança no enfrentamento à doença.

Sensível 

Gladson afirmou que Dória ficou sensibilizado com as peculiaridades vivenciadas pela população acreana e também pela distância geográfica que separa o estado das regiões mais desenvolvidas do país.

Gratidão 

“Gostaria de agradecer imensamente ao governador João Dória por ter compreendido a nossa situação. Ele afirmou que o Acre poderá ter preferência quando essa vacina estiver disponível. Vivemos em um estado amazônico, que faz fronteira com dois países e é distante dos grandes centros brasileiros”, destacou o governador.

Tempo duros 

Cameli disse ainda que espera, com muita fé em Deus, que a eficácia dessa vacina seja comprovada o quanto antes para que o Estado possa fazer a aquisição. “Essa pandemia tem sido um desafio imenso e estamos fazendo tudo o que é possível para salvar vidas”.