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Jamaxi

A beira do precipício 

O governador Gladson Cameli (PP), afirmou ontem à imprensa nacional que o estado só tem dinheiro para manter o sistema de saúde funcionando para tratar pacientes da covid-19 por no máximo mais três meses e pede ajuda ao governo federal.

Comparativo 

Em meio a uma crise humanitária causada pelas enchentes na última semana e os problemas gerados pelos imigrantes haitianos barrados na fronteira com o Peru, o estado encara também seu pior momento da pandemia, com hospitais lotados e internações ainda em alta. Em entrevista ao canal fechado CNN, Gladson comparou a situação do estado a uma “3ª Guerra Mundial” por enfrentar simultaneamente enchentes, a pandemia de covid-19 e um surto de dengue.

Barra pesada

“A questão das cheias — uma das piores nos últimos anos —, dengue, covid-19, e imigrantes na fronteira do Brasil... Temos ainda o Peru e a Bolívia, a questão dos haitianos [cerca de 200 famílias querem passar, mas os países não abrem fronteiras]. E isso me causa uma preocupação. É uma situação delicadíssima porque eu preciso proteger a população. E, com tudo o que está acontecendo, eu vou te dizer que vivemos uma terceira guerra mundial”, afirmou Cameli à CNN Brasil.

Em tempo de murici

A propósito das enchentes que castigam diversos municípios do estado, o governador Gladson Cameli expressou à imprensa local seu desânimo em relação ao quadro enfrentado pelo estado e frisou sua impotência diante da cena: “Não há mais o que fazer, o que temos que fazer é cada um ter a sua consciência do melhor para si”, declarou.

Estopim 

Cameli destacou que durante todas as semanas vem mostrando à população a real situação do sistema de saúde. No entanto, ele frisa a falta de empenho das pessoas. Ele reitera que vai chegar um momento onde não haverá possibilidade de ampliação de novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “92% da saúde do Estado é pública. O setor privado não investe, então não tem o que fazer”, explicou.

Suprema irresponsabilidade 

O chefe do executivo estadual fez críticas à postura de parte da população que não entendeu a gravidade da situação. “O que não dá é ver a Gameleira lotada de gente no último fim de semana, sei que a população não aguenta tá em casa, mas, temos que tomar os cuidados necessários”, concluiu.


jair

Inspeção 

O presidente Jair Bolsonaro virá ao Acre na 4ª feira (24) visitar as regiões atingidas por enchentes causadas pelas cheias dos rios. Bolsonaro falou sobre o tema com o senador acreano Márcio Bittar (MDB) e o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) na manhã de ontem,  domingo (21) no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência da República, em Brasília.

Promessa

Entre as medidas que o governo federal deve anunciar para mitigar as enchentes na região está a liberação de R$ 450 milhões para diversos municípios –a lista completa e o total de recursos para cada um deles ainda não foi informada.

Embate 

O Palácio do Planalto promete procurar todos os senadores que assinaram o pedido de criação da CPI da Covid-19. Não será fácil, porém, evitar a instalação da comissão: para além dos erros e omissões do Ministério da Saúde e da irresponsabilidade Jair Bolsonaro perante a pandemia, a crise do coronavírus virou um drama pessoal para muitos dos senadores.

Sentindo na pele

“Lamentavelmente, não perdi um amigo, mas vários. Meu Amazonas está passando um momento muito difícil. Em 39 anos de vida pública, nunca vi algo parecido”, afirma Eduardo Braga, senador pelo estado amazonense. 

Jogo…

“O governo não vai conseguir tirar assinaturas para a criação da CPI, está muito difícil”, afirma Braga (AM), líder do MDB. “CPI é instrumento de pressão para fazer as coisas andarem, precisamos encontrar respostas”, diz ele.…

duro

Braga se emocionou na última reunião de líderes ao relatar a perda de inúmeros amigos em Manaus, capital que registra índices ruins no enfrentamento da doença.

Luto

Outros senadores relatam dramas pessoais. A mãe de Jayme Campos (DEM-MT) foi uma das vítimas. No início deste mês, morreu o senador José Maranhão (MDB-PB).

Last… 

Além do contato direto com os senadores, o governo federal aposta na “comissão temporária de monitoramento das ações contra a covid-19”, que deverá ser instalada ainda nesta semana no Senado, para tentar esfriar a CPI.…

chance

O líder do governo Fernando Bezerra (MDB-PE) pede: esperem uns dez dias para avaliar o andamento dos trabalhos da comissão de acompanhamento para, só então, decidir pela abertura da CPI.

Diferente

Essa comissão, no entanto, tem como objetivo principal monitorar a vacinação contra a covid-19 no País, sem poder de quebrar sigilos, por exemplo. O próprio autor do requerimento que criou a comissão, Braga, avalia que a CPI tem outra finalidade.

Jogo...

Ainda que não durma tantas noites na prisão — quanto os ministros do STF gostariam –, o deputado Daniel Silveira terá um 2021 bem complicado....

jogado 

Pelas contas de ministros do Supremo, a denúncia encaminhada pela PGR contra o parlamentar deve levar seis meses para ser recebida e devidamente julgada na Corte. 

Desfecho

Como se trata de um caso considerado simples, baseado na conduta do parlamentar em vídeos na internet, a tramitação será rápida e a condenação, ao sabor de hoje, certa. 

Coisa feia 

A juíza Gabriela Hardt, que toca casos da Lava-Jato, levou mais uma dura reprimenda de um dos desembargadores por copiar trechos de acusações do MPF em suas sentenças: “Esse uso indevido de texto alheio acaba por gerar uma confusão inaceitável entre a peça processual de uma das partes e a sentença judicial. Entendo que é inadmissível essa prática, porquanto, ao revelar confusão entre s razões do órgão acusador e os fundamentos da sentença, compromete a legitimidade do ato”, ralhou Leandro Paulsen. 

De volta ao começo

“Ante o exposto, voto por destacar a presente preliminar de modo a reconhecer a nulidade da sentença por vício insuperável de fundamentação, porquanto o vício formal redunda em efetivo prejuízo quanto à segurança e à legitimidade do ato, devendo ser prolatada nova sentença em seu lugar”, anotou o desembargador. 

Tô nem aí

O voto de Paulsen, numa ação envolvendo réus poucos conhecidos do esquema na Petrobrás, acabou vencido. A maioria dos colegas decidiu manter as condenações, apesar das críticas de Paulsen ao “copia e cola” da juíza.