Categoria disse que está há dois anos esperando por reposição nos salários e não tem uma posição por parte do governo. Ato ocorreu nesta segunda-feira (1º) e reuniu poucas pessoas, segundo sindicalista, por conta da pandemia
Professores, técnicos administrativos e demais servidores da Educação do Acre protestaram nesta segunda-feira (1º) em frente ao Palácio Rio Branco. Os trabalhadores reivindicam a reformulação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) e o reajuste no piso salarial.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, disse que a categoria espera há mais de dois anos por reposição nos salários e não recebe nenhum posicionamento do governo. Ela afirmou ainda que o ato nesta segunda é para mostrar a insatisfação dos trabalhadores e chamar atenção do governador.
“Nossa pauta é a reinvindicação de um ganho real, porque tem funcionário ganhando piso de R$ 831, temos o piso de professor pior do país. O governo vem nos enrolando há dois anos para nos dar um ganho e quer enrolar mais esse ano. A categoria já saturou, porque ficamos buscando resolver, ficaram de dar auxílio alimentação em 2019, enrolaram o ano inteiro e não nos pagaram. Em 2020 veio a pandemia, também não fizeram nada e agora 2021 querem continuar nos enrolando. Então, hoje nós vamos fazer esse movimento para mostrar nossa insatisfação, nossa indignação”, afirmou a sindicalista.
Ao G1, a porta-voz do governador Gladson Cameli, Mirla Miranda, informou que a categoria vai ser recebida ainda nesta segunda pelo governador e que o grupo já havia sido recebido na semana passada pela Casa Civil.
“Essa manifestação do sindicato foi agendada há dias, onde eles fizeram o convite à imprensa. Mas já foram recebido na semana passada e ouvidos pela Casa Civil. Serão recebidos ainda hoje pelo governador, mesmo que na reunião da semana passada já havia ficado agendado o dia 10 de fevereiro para o alinhamento das demandas do sindicato”, afirmou a porta-voz.
Por conta da pandemia, Rosana disse que a quantidade de trabalhadores que participam do ato precisou ser menor para evitar aglomeração. Até esse domingo (31), o Acre registra um total de 48.467 casos confirmados de Covid-19 e 867 pessoas que perderam a vida pela doença.
“É um movimento com poucas pessoas porque estamos aí com a pandemia. Então, a gente vai ter um público reduzido, mas o suficiente para dar o recado ao governo. Caso não tenha resultado até o dia 10, que foi o prazo dado para o governo, aí a categoria vai suspender essas aulas remotas até que ele venha atender e nos dar um ganho”, finalizou.
Aulas durante a pandemia
As aulas presenciais na rede pública estão suspensas desde o dia 17 de março do ano passado, na semana em que o Acre confirmou os três primeiros casos de Covid-19. Desde então, os alunos têm acesso ao conteúdo escolar pela internet por videoaula, pelo rádio com audioaula, pela televisão e também pelo material impresso adquirido nas escolas.
Um ano após a suspensão das aulas presenciais, os mais de 160 mil alunos da rede pública estadual devem voltar às salas de aulas no mês de março para conclusão do ano letivo de 2020. A previsão foi confirmada pelo secretário Estadual de Educação, Mauro Sérgio, em entrevista ao Jornal do Acre, no início deste ano.
Em meio à pandemia, os alunos da rede pública estadual concluíram em 2020 os 1°, 2° e 3° bimestres, por meio do ensino remoto.
Conforme o cronograma, no início de fevereiro deste ano as aulas vão voltar ainda de forma remota para os últimos ajustes e em março, ainda para a conclusão do 4° bimestre do ano letivo de 2020, os alunos voltam a ter aulas presenciais.
Nesse primeiro momento, segundo o secretário, as aulas vão ocorrer de forma “hibrida”, ou seja, tanto com ensino presencial como remoto. As salas vão ser divididas por lista de chamadas, para evitar aglomeração e garantir o distanciamento sociais.