O Acre participa pela primeira vez da 22ª Semana Nacional de Museus, que é um evento anual, coordenado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), para celebrar o Dia Internacional dos Museus, 18 de maio.
Na tarde desta quarta-feira, 15, as atividades, realizadas no Museu dos Povos Acreanos (MPA) até o dia 19 de maio, foram apresentadas pelo coordenador do MPA, Ferleno Ferreira, e pela curadora do espaço, Paola Ribeiro. A palestra De Pensionato a Museu, com as arquitetas Andréa Nobre e Aurinete Malveira, abriu a programação.
Esta edição da Semana Nacional de Museus traz o tema Museus, Educação e Pesquisa. A escolha do tema apresenta uma reflexão sobre a fundamental atuação dos museus como impulsionadores de educação e pesquisa. As atividades realizadas no MPA têm a parceria da Fundação de Cultura Elias (FEM) Mansour e da Universidade Federal do Acre (Ufac).
“Os museus abarcam essa dimensão educativa e desempenham uma relevante função, ao promover ambientes enriquecedores para seus visitantes, para a sua comunidade, para estudantes e professores. Por isso fazemos o convite a todos, para que participem dessa programação especial”, afirmou Ferleno Ferreira.
E foi justamente para reforçar a importância desse espaço de disseminação de conhecimento que as duas arquitetas discorreram sobre os desafios da ocupação do espaço do MPA, preservando os elementos arquitetônicos do prédio histórico e também o projeto inicial, que previa um museu totalmente tecnológico.
“Em nossas pesquisas, verificamos as influências arquitetônicas do antigo Pensionato Nossa Senhora das Dores, que começou a ser construído em 1952. De 1978 a 2005, o espaço abrigou o Colégio Meta, que teve, em seu corpo de professores, a atual ministra do Meio Ambiente Marina Silva e foi referência como centro de ensino e cultura no estado”, destacou Andréa Nobre.
Responsável pela entrega da primeira etapa do MPA, Aurinete Malveira falou sobre a dificuldade em transformar o local e as adaptações necessária para garantir uma expografia que revelasse de forma simples a história do povo acreano.
“Nosso objetivo sempre foi atender às diversas categorias de público, com acervo físico e também tecnológico. Temos, dentro do projeto, no segundo piso, a previsão de abrir a Sala da Floresta, que será uma imersão tecnológica e sensorial”, explicou.
O acadêmico de História da Ufac Caio Tavares fez questão de ressaltar que é muito importante para a sociedade conhecer a história do processo de reforma do MPA: “A história perpassa por todos esses detalhes de cuidado e de dedicação à manutenção do patrimônio público. Tendo acesso a esses detalhes técnicos, podemos dar mais valor ao que é nosso, não só como observadores, mas também como partícipes deste movimento de resgate cultural”.
A participação nas palestras, curso e mesa-redonda da Semana Nacional de Museus gera certificado aos acadêmicos e as inscrições podem ser feitas por meio pelo link https://forms.gle/K9TungM6dymPsA3v6 e presencialmente.
Programação
16/05 – Quinta-feira
15h-17h – Auditório Florentina Esteves
Mesa-redonda Povos Acreanos, com mediação da historiadora Odiceula Souza (FEM) e a participação de Francisca Arara, titular da
Secretaria de Estado dos Povos Indígenas (Sepi) e dos professores da Ufac Valmir Araújo e Ramon Nere
17/05 – Sexta-feira
14h-18h – Auditório Florentina Esteves
Minicurso “Patrimônio Cultural e Educação Patrimonial como ferramenta para construção da Cidadania”, com certificado, ministrado pelo professor João Paulo Pacheco (Ufac)
17h – Átrio Catraia: Contação de histórias e causos regionais, com o grupo Estrela Altaneira
18/05 – Sábado – Átrio Catraia
14h – Oficina de expressão com o “Arte de Ser” inspirada nas salas de exposição do MPA
16h – Auditório Florentina Esteves: Exibição do documentário Ponte de Memórias, da cineasta Alcinete Damasceno
19/05 – Domingo
17:30 – Átrio Catraia: Encerramento da Semana Nacional de Museus com a apresentação da peça Fiandeiro de Tempos, produção do Coletivo Iluminar