“Uma obra de trinta e duas faces produzida por uma pessoa privada de liberdade, conhecido unicamente por goiano” Isso é somente um trecho das histórias contada por seu Claudionor Mesquita e que ele considera marcante.
Filho de João Florêncio Rodrigues, cearense que chegou ao Acre durante o segundo ciclo da borracha, ainda carrega consigo e demonstra aos mais próximos, o costume da época como; presentear com item significativo e marcante, assim diz ele.
Por ser escultura de madeira entalhada, seu Claudionor Mesquita buscava presentear uma instituição com a obra que adquiriu de uma maneira inusitada e que ainda assim valorizassem, conta ele.
“Uma obra em madeira além de ser história, não se acaba com o tempo. Anos atrás troquei um gado por essa escultura que é diferente de tudo que já vi. Após muita conversa com o Lauro, descobri que ele é neto do Guimard Santos, ex-governador do estado que chegou a trazer gado ao Acre, de avião” explica ele de forma humorada.
Agora, a obra faz parte do jardim do Sebrae no Acre, que foi entregue ao diretor técnico Lauro Santos, na tarde da última terça-feira.
A obra foi confeccionada em 1985 por um homem privado de liberdade, conhecido somente por “goiano” que aprendeu a entalhar madeira, passou a ter alucinações e a partir de então, começou a fazer a escultura.
O diretor técnico do Sebrae no Acre, Lauro Santos, afirma que o intuito agora é transformar uma parte do jardim do prédio com obras expostas. “Quando foi iniciado a construção do prédio, a ideia sempre foi de tornar essa parte externa que tem o jardim, com esculturas que possam compor o local, agora já demos início a isso, é uma arte que demonstra um pouco do que é viver recluso” finaliza.