Uma pesquisa nacional do Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), vai produzir dados sobre a situação de saúde e os estilos de vida da população brasileira,
bem como sobre a atenção à saúde em relação ao acesso e uso dos serviços. Iniciada na segunda-feira, 26, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) é domiciliar, com periodicidade quinquenal, sendo que foi realizada a primeira vez em 2013.
A nova PNS é considerada o maior e mais completo levantamento sobre a saúde da população na América Latina. O IBGE é o responsável pela coleta de dados com a previsão de término em dezembro de 2019 e a divulgação das informações se dará a partir do ano de 2020. O trabalho é uma continuidade dos cuidados e financiamento da assistência de saúde.
A última PNS revelou, por exemplo, que entre a população com 18 anos de idade ou mais, o percentual de fumantes era de 14,5% e o de pessoas que costumavam ingerir bebida alcoólica pelo menos uma vez por semana era de 24%. Em 2013, a obesidade acometia um em cada cinco adultos, sendo que o percentual era mais alto entre as mulheres (24,4%) do que entre os homens (16,8%). A pesquisa também mostrou que 7,6% da população tinha sido diagnosticada com depressão. E, ainda, que 21,4% da população era hipertensa, 6,2% diabéticos e 12,5% tinham o colesterol alto.
Essa nova pesquisa vai acrescentar outras apurações. A população-alvo são moradores de 15 anos ou mais de idade, com amostragem de 108.525 mil domicílios no Brasil. A taxa de não resposta é de aproximadamente 20% e espera-se obter dados para 87 mil indivíduos.
No intuito de garantir maior adesão da população à pesquisa, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) vem alinhando as ações em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco e o IBGE no Acre. Apenas os municípios de Jordão e Santa Rosa não serão contemplados pela pequisa.
“A pesquisa é importante para subsidiar políticas públicas de prevenção e promoção em todo o Estado, especialmente relacionadas às doenças crônicas não transmissíveis, afim de incentivar a população a adquirir hábitos mais saudáveis, modificando o estilo de vida eliminando fatores de riscos como: alimentação inadequada, obesidade, inatividade física, tabagismo e consumo nocivo de álcool”, disse a coordenadora do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Sesacre, Carla Diana Amorim.
De acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade da Sesacre, em 2018 as doenças crônicas não transmissíveis foram responsáveis por 625 óbitos no Acre, sendo as principais doenças as do aparelho circulatório, câncer, diabetes e as respiratórias crônicas.
Com o objetivo de reduzir o número de óbitos por doenças crônicas não transmissíveis no Acre, a Sesacre vem realizando ações em todos os municípios. No primeiro semestre de 2019, foram capacitados Xapuri, Brasileia, Epitaciolândia, Assis Brasil, Tarauacá e Feijó. A meta é alcançar os 22 municípios do estado, sensibilizando os gestores e profissionais quanto a importância da mudança no estilo de vida da população, através da intensificação de Programas Estratégicos como o Academia da Saúde, que possui polos em todo o estado.