O Acre vem se mantendo livre de sarampo desde o ano 2000, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde
(Sesacre). Alguns casos foram notificados no ano passado no Acre durante surto da doença no país, mas todos foram descartados por critério laboratorial.
A primeira dose da vacina tríplice viral, que é uma combinação de vírus vivos atenuados contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, deve ser ministrada aos 12 meses de idade, sendo o reforço aos 15 meses, com a vacina tetra viral, que corresponde à segunda dose da vacina tríplice e uma dose da varicela.
A responsável técnica da Vigilância Epidemiológica da Sesacre, Renata Meireles, fala da importância de manter todas as vacinas em dia. Ele destaca que a vacina é a única medida preventiva e a mais segura contra essas doenças, especialmente o sarampo, que voltou a causar pânico em vários estados, embora o Acre esteja livre da doença há 19 anos, quando houve a confirmação do último caso.
“O Acre vem alcançando sua meta de cobertura vacinal contra sarampo preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%. A Sesacre trabalha na perspectiva de atingir coberturas adequadas a cada ano. É importante que o esquema vacinal esteja completo, conforme as indicações do calendário nacional de vacinação”, explica.
Ainda de acordo com Renata Meireles, no ano passado durante o grande surto de sarampo no país, inclusive em estados vizinhos ao Acre, como foi o caso do Amazonas, onde foram notificados mais de 10 mil casos de sarampo, o Acre notificou 65 casos suspeitos da doença. Todos esses casos foram descartados por critério laboratorial. Em 2019, cinco casos foram investigados, que também já foram descartados para a doença.
Seguindo a orientação do Ministério da Saúde, a coordenadora reforça a importância de imunizar crianças de seis meses a menores de um ano de idade que forem para municípios que apresentam surto ativo de sarampo. Mesmo fora da idade recomendada pelo calendário, neste caso especifico deve ser feito a imunização.
A recomendação da pasta é que todas as crianças, naquela faixa etária, sejam vacinadas contra a doença, no período mínimo de 15 dias, antes da data prevista para a viagem.
Além de proteger, a medida de segurança pretende interromper a cadeia de transmissão do vírus do sarampo no país. Atualmente, 43 cidades em três estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia) se mantêm com surto ativo, ou seja, com crescimento do número de casos confirmados da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, a chamada “dose zero” não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose que está sendo aplicada agora, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ªdose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela.
A vacinação de rotina das crianças deve ser mantida independentemente do planejamento de viagens para os locais com surto ativo do sarampo ou não.
O sarampo é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus chamado Morbillivirus. A enfermidade é uma das principais responsáveis pela mortalidade infantil em países do terceiro mundo e causa de surtos em países desenvolvidos onde a cobertura vacinal não é alta.
Agência Notícias do Acre