Manancial marcou 8,90 metros nesta terça-feira (31) em Tarauacá. Nenhuma família saiu de casa, mas cerca de 4,9 mil chegaram a ser atingidas pelas águas
Após transbordar, o Rio Tarauacá, na cidade de mesmo nome, apresentou vazante nos últimos dias, mas continua acima da cota de alerta, que é 8,50 metros, no interior do Acre. Segundo dados da Defesa Civil Municipal, o manancial marcou 8,90 metros nesta terça-feira (31), 20 centímetros acima da cota.
A maior cota registrada nesta última cheia foi no dia 24 de março, quando o rio chegou a 10,40 metros na medição das 15h. No mesmo dia, o manancial marcou 10,30 metros às 6h.
Apesar de nenhuma família precisar ser retirada de casa durante o pico da enchente, ao menos 4,9 mil chegaram a ser atingidas pelas águas, nos bairros Senador Pompeu e Triângulo.
O coordenador da Defesa Civil da cidade, Jyensveferpher Jardim, informou que o nível do rio tem oscilado por conta do volume de chuvas na região e que a equipe continua com trabalho de monitoramento.
“Apesar dessa vazante, o rio continua na cota de alerta, então a gente segue acompanhando de perto. São feitas seis medições por dia durante as enchentes. O importante é que, com a baixa do rio, aquela quantidade de casas deixou de ser atingida”, disse Jardim.
Rios no Juruá
As enchentes dos rios Moa e Azul, na região do Vale do Juruá, também no interior do Acre, fez com que a Defesa Civil Municipal iniciasse o trabalho de remoção de famílias nesta terça-feira (31). Os mananciais invadiram casas em comunidades rurais das cidades de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.
O Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, segue acima da cota de alerta, que é de 11, 80 metros. Segundo dados da Defesa Civil Municipal, nesta terça-feira (31), manancial marcou 12,42 metros e atinge 5 mil famílias que moram em áreas ribeirinhas.
Lagoa, Boca do Moa e parte do Miritizal são alguns dos bairros mais afetados com a subida das águas na segunda maior cidade do Acre.
A cidade de Mâncio Lima chegou a decretar situação de emergência na última sexta (27) devido à enchente dos rios Azul e Moa e igarapés. Em reportagem publicada na sexta, a Defesa Civil Municipal informou que mais de três mil ribeirinhos e indígenas foram afetados pelas enchentes.