Um levantamento da Superintendência de Transportes e Trânsito de Rio Branco (RBTrans) revelou
que nos primeiros seis meses do ano foram registradas 94 ocorrências de assaltos dentro dos ônibus da capital acreana.
Os números, divulgados em uma reportagem da Rede Amazônica, deixa os usuários assustados e inseguros.
“Morro de medo. Morro de medo de ser assaltado”, revelou Wellington Nobre enquanto espera o coletivo no Terminal Urbano, no Centro de Rio Branco.
A dona de casa Maria Cruz também se sente insegura e pediu proteção a Deus. “Só vemos assaltos dentro dos ônibus. Nunca fui vítima, Deus me defenda”, pediu.
Os criminosos se passam por passageiros e embarcam no Terminal Urbano. Durante o percurso, se levantam, rendem os passageiros e motoristas e anunciam o assalto. Segundo o presidente do Sindicato dos Motoristas, Francisco Leite, os condutores trabalham com medo.
“Estamos preocupados com isso”, argumentou.
Reunião
Diante da preocupação, foi marcada uma reunião com as forças de Segurança Pública e órgãos ligados ao setor para montar uma estratégia de para usuários e motoristas do coletivo.
“Tentar um enfrentamento a essa modalidade. Ficou claro que tínhamos uma estratégia, mas ao que parece foi observada também pelo mundo do crime, que alterou a forma de agir. Identificamos esse modus operandi e hoje estamos buscando nova forma de tentar combater essa agressão contra a sociedade”, explicou o superintendente da RBTrans, Nélio Anastácio.
O comandante operacional da Polícia Militar do Acre, tenente-coronel Atahualpa Ribera, falou da dificuldade de combater esse tipo de crime no estado acreano.
“Os números não aumentaram tanto, mas pulverizou. Então, essa é uma das dificuldades e temos uma estratégia também de pulverizar o policiamento. Sai, exatamente, para todas as regionais, logicamente com aquela dedicação maior onde temos um leve aumento”, contou.
Proposta
Já o secretário-adjunto da Segurança Pública, coronel Ricardo Brandão, propões na reunião que as câmeras internas dos ônibus sejam monitoradas pelo Centro Integrado de Operação em Segurança Pública (Ciosp), o que permite uma ação mais efetiva da Polícia Militar durante as ocorrências.
“Cerca de 60% dos ônibus possuem câmeras unicamente para fim de controle da empresa. O Ciosp finda não tendo acesso às câmeras. A proposta que sejam colocadas câmeras mais modernas, blindadas e com acesso instantâneo ao Ciosp, para que uma vez estando ocorrendo o evento nós da Segurança Pública possamos estar presenciando e deslocar todo aparato policial para fazer a repreensão necessária”, complementou.
Portal G1/AC