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Redução do preço do combustível ainda não chegou aos postos de Rio Brancos, mas acreanos comemoram anúncio

Redução do preço do combustível ainda não chegou aos postos de Rio Brancos, mas acreanos comemoram anúncio

Presidente da Petrobras anunciou redução de 21,3% no gás de cozinha, 12,6% na gasolina e 12,8% no diesel a partir desta quarta (17). No entanto, gerentes de alguns postos em Rio Branco informaram que redução deve chegar nas bombas da capital entre quinta (18) e sexta (19)

Os novos valores reduzidos da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha (GLP) ainda não chegaram ao consumidor de Rio Branco, apesar do anúncio da Petrobras de que a redução começaria a valer a partir desta quarta-feira (17).

A redução foi anunciada na terça (16) pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, após a estatal anunciar uma nova política de preços para os combustíveis no mercado interno.

Uma equipe da Rede Amazônica fez uma ronda por postos de combustíveis da capital acreana e verificou que nenhum aplicou a redução nos valores dos produtos. Os consumidores disseram que estão com expectativa de que os preços baixem no estado, já alguns gerentes dos estabelecimentos afirmaram que a redução deve chegar nas bombas entre quinta (18) e sexta-feira (19).

A previsão, segundo os gerentes, é que o litro da gasolina deve ficar entre R$ 6 e R$ 6,05 e o diesel pouco abaixo dos R$ 6. Com relação ao gás de cozinha, o valor cobrado pela botija de 13 quilos na capital está entre R$ 117 e R$ 123.

O levantamento semanal de combustíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que em Rio Branco, o valor médio cobrado pelo gás de cozinha, entre os dias 7 e 13 de maio, era R$ 119,86. Já a gasolina comum chega a R$ 6,25 e o diesel R$ 6,30.

O perito criminal aposentado Jesselio Medeiros disse que com a redução no preço dos combustíveis e gás de cozinha é possível ter o aumento no consumo e melhoria na qualidade de vida das pessoas, sobretudo, das menos favorecidas.

“Eu acho uma medida muito acertada, creio que se ela for feita com responsabilidade, claro que tem que ver o equilíbrio da empresa, a vida financeira da empresa, mas você não pode esquecer do consumidor e, principalmente, aquele que está lá embaixo, esse consumidor precisa ter a melhoria não só na gasolina, mas também no diesel, no gás de cozinha. Porque quando se baixa os preços, tem o aumento de consumo. Espero e torço que essa medida seja efetivada realmente e que venham outras depois para que nós consigamos dar uma melhor condição para as pessoas menos favorecidas”, disse Medeiros.

A engenheira agrônoma Christian Araújo falou que espera que o novo valor chegue ao consumidor final.

“Eu acho que é viável. Se cumprir o que ele tá falando vai ser bacana, principalmente, para nós acreanos. Porque a gasolina compromete uns 10 a 15% da minha renda no final do mês, ela pesa muito. Então se tiver essa redução vai ser maravilhoso.”

Previsão do Confaz

A redução no preço médio do litro da gasolina comum nos postos de combustíveis do Acre também tinha sido apontada por publicação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), no Diário Oficial da União (DOU) na semana passada.

O Confaz divulgou tabela que estabelece o preço médio ponderado ao consumidor final de combustíveis nos estados e no Distrito Federal. Conforme a publicação, no Acre, o preço médio da gasolina comum deveria ficar em R$ 6,18 a partir de terça (16).

Esse é o segundo maior valor do país no ranking entre os estados, ficando atrás somente do Amazonas, onde a média de preço deve ficar em R$ 6,58. A tabela aponta ainda que o álcool deve ser vendido a R$ 4,52.

Descontos anunciados pela Petrobras:

  • gasolina A: redução de R$ 0,40 por litro (-12,6%);
  • diesel A: redução de R$ 0,44 por litro (-12,8%);
  • gás de cozinha (GLP): redução de R$ 8,97 por botijão de 13 kgs (-21,3%).

Com essa redução, segundo a Petrobras, o preço do botijão de gás para o consumidor final pode cair abaixo dos R$ 100. O valor praticado na revenda, no entanto, não é controlado diretamente pelo governo.

As denominações “gasolina A” e “diesel A” se referem ao combustível puro – antes da mistura com álcool e biodiesel, respectivamente.

Nova política de preços

Na manhã de quarta, a Petrobras anunciou uma nova política de preços para os combustíveis no mercado interno.

Com isso, fica revogada a fórmula da Paridade de Preço de Importação (PPI), baseada nas oscilações do dólar e do mercado internacional de óleo, e que contabilizava também os custos logísticos com transporte e taxas portuárias, por exemplo.

Em seguida, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a nova política de preços da estatal não se afastará da “referência internacional dos preços”. Segundo ele, o preço global do petróleo será considerado, mas em outro modelo. A fórmula anterior, diz Prates, era uma “abstração”.

O que diz o sindicato dos postos

Em nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Acre (Sindepac) afirmou que a redução nos preços nas bombas de combustíveis dependerá do repasse das companhias distribuidoras aos postos revendedores.

“Assim como foi repassado os reajustes em outros períodos, os postos irão reduzir os preços nas bombas na medida que forem renovando os seus estoques, tendo em vista que adquiriam produtos das Distribuidoras ainda com os preços anteriores e mais caros. Portanto, os consumidores constatarão a redução nos preços somente quando os postos revendedores adquirirem novos estoques, o que deverá ocorrer nos próximos dias, a depender do repasse por parte das Distribuidoras de Combustíveis aos Postos de Combustíveis”, diz a nota.

O sindicato afirmou ainda que está “atento às mudanças e deseja que a nova politica de preços adotado pela Petrobras seja benéfica ao setor de revenda de combustíveis, bem como melhore o cenário de preços de combustíveis para o consumidor final, pois com tal mudança o mercado poderá se aquecer e gerar novos postos de trabalho diretos e indiretos em todo país.”