Educação informou que homem era professor temporário da rede estadual de Cruzeiro do Sul. Vídeo foi gravado em agosto, mas começou a circular nas redes sociais nessa terça-feira (14). Delegado diz que caso será analisado para ver se cabe investigação
Um professor Escola Flodoardo Cabral, em Cruzeiro do Sul, foi flagrado fazendo sexo com um aluno de 15 anos, em uma área de mata na zona rural da cidade do interior do Acre. A cena foi filmada em agosto, mas começou a circular nas redes sociais nessa terça-feira (14).
Após a repercussão do caso, a Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE) informou, por meio de nota, que o homem era professor temporário da rede estadual em Cruzeiro do Sul e que o contrato com ele foi “rescindido imediatamente”. Além disso, a pasta afirmou que solicitou a abertura de processo interno para a devida apuração das informações.
“A segurança, a integridade física, psíquica ou moral dos estudantes, além da qualidade do ensino é prioridade para esta gestão, não sendo admitidos quaisquer atos que venham a ferir esses princípios”, diz a nota assinada pelo secretário Aberson Carvalho.
A diretora da Escola Flodoardo Cabral, Lucilene Oliveira, afirmou que logo depois que tiveram conhecimento do caso, no mês de setembro, o professor foi devolvido à secretaria e a família do estudante foi orientada a procurar a Polícia Civil.
“A princípio, a pessoa que fez a denúncia disse que não era aluno, mas com a ajuda da família, a gente descobriu que realmente era o menino e no momento que descobrimos, já fizemos a devolução do professor que estava trabalhando com prestação de serviço. Isso foi no início de setembro que nós descobrimos. Imediatamente, a gente devolveu à secretaria com relatório e orientamos a família a procurar a delegacia do menor e o problema foi resolvido”, afirmou Lucilene.
O g1 entrou em contato com o delegado Renan Santana para saber se a Polícia Civil vai investigar o caso, e ele informou que teve conhecimento da situação, mas que deve dar mais detalhes na segunda-feira (20), devido ao feriado. No entanto, falou que, a primeiro momento, não tem como afirmar se o ato se configura como crime e se cabe investigação.
“Pode ser que não seja crime. Vamos supor: tem a figura do professor e um adolescente de 15 anos, o fato de eles fazerem atos sexuais não é crime. Agora assim, esse adolescente foi ameaçado? chantageado pelo fato de ser o professor? e ele está com nota baixa e o professor vai assediar ele sexualmente para ter vantagem de uma nota? aí pode ser um crime, mas até então, não tenho conhecimento detalhado do caso”, falou.
A diretora da escola completou que esse tipo de caso não é divulgado pela escola, para não expor os estudantes. “É um caso que aconteceu já há bastante tempo, está com mais de um mês que foi resolvido, tomaram todas as providências. Agora, é um caso que a gente não divulga, que envolve menores, envolve aluno. A gente tem que entender que estamos trabalhando com adolescentes, com menores. E esses menores, sim, precisam ser protegidos. Não pode ser exposto dessa maneira.”
Ela disse ainda que esse foi o único episódio envolvendo esse professor, que até então não tinham tido nenhum problema com ele. E ressaltou que o caso não aconteceu na escola e nem em qualquer atividade escolar, e sim em uma localidade na zona rural.
“Ele era um bom professor na sala de aula, mas tinha uma conduta um tanto duvidosa, difícil de se encaixar dentro dos padrões da escola. A gente não admite de forma nenhuma esse tipo de conduta. Qualquer profissional que seja encaminhado à escola para prestar serviço, seja ele professor, apoio, independente do que ele vai fazer dentro da escola, quando a gente recebe, a primeira coisa que orientamos é que nós trabalhamos com adolescentes, não importa a sua opção sexual, isso para a gente não interessa, mas o que interessa é o respeito. Então, aqui dentro a pessoa é profissional e está para orientar os alunos, não para se envolver com eles”, concluiu.