Incêndio de grandes proporções ocorreu na noite dessa segunda-feira (25)
O córrego que fica próximo à loja agropecuária que pegou fogo nesta semana, no Segundo Distrito de Rio Branco, teve uma extensão de pelo menos dois quilômetros atingida por produtos químicos e venenos que eram vendidos no local. Uma contenção de concreto e areia foi feita para evitar o avanço dos reagentes.
Uma das preocupações era de que o material químico chegasse até o Igarapé Judia, onde o córrego deságua, se estendendo ao Rio Acre. O incêndio de grandes proporções ocorreu na noite dessa segunda-feira (25).
“Aquele derramamento de produtos químicos alcançou aproximadamente dois quilômetros de extensão. Agora, o que acontece, a partir do momento em que a Defesa Civil, na manhã de terça, já providenciamos a contenção. Primeiramente com areia e depois fizemos uma contenção, com apoio da empresa com uma espécie de parede de concreto”, disse o coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel, Cláudio Falcão.
Depois desse trabalho, não houve avanço do material químico, segundo informou. Além disso, depois que o perímetro foi isolado e não há vestígio que tenha atingido o igarapé, mas foram solicitadas informações para averiguar a situação, inclusive pelo Ministério Público do Acre (MP-AC).
“Como estamos no período seco, não tem correnteza para levar e ficou represado. Fiz ofícios pedindo providências da Semeia, Imac, e também a administração do Parque Capitão Ciríaco para averiguar toda situação de anormalidade que esteja acontecendo no parque e nos informar. Então, as providências foram estas e estamos aguardando a manifestação destes órgãos que foram oficiados, em relação aos produtos químicos”, acrescentou.
Além disso, Falcão também informou que inicialmente os danos foram mínimos, e até o momento, não há indícios de que animais foram afetados ou pessoas.
“Continuamos acompanhando, porque estamos lá com o Corpo de Bombeiros porque há possível reignição de incêndio dentro do prédio porque como se trata de material químico e qualquer fonte de calor pode reignir. Para isso tem o plantão do CBM e a gente acompanha constantemente essa situação”, concluiu.
MP acompanha
O Ministério Público informou que instaurou notícia de fato pedindo informações sobre as medidas adotadas para evitar o derramamento de materiais tóxicos em igarapés e no leito do Rio Acre.
Foram oficiados, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia), o Corpo de Bombeiros do Estado do Acre e Defesa Civil do Estado, que têm prazo de 10 dias para apresentarem os relatórios detalhando as providências que foram tomadas para evitar o dano ambiental. Após apresentação dos relatórios, o MPAC irá avaliar quais medidas devem ser tomadas.