O secretário municipal de Saúde de Rio Branco, Oteniel Almeida, disse nesta quarta-feira (25), durante coletiva na sede do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), que o Município está se preparando para enfrentar o desafio de aumentar os índices de cobertura vacinal na capital.
Ele afirmou que a atual gestão vem desenvolvendo ferramentas que vão agregar os sistemas de saúde, educação e assistência social.
O encontro foi promovido pela instituição ministerial, por meio das promotorias especializadas de Defesa da Saúde, da Educação, e da Criança e do Adolescente, e reuniu instituições e a imprensa para apresentar informações sobre a cobertura vacinal no estado.
Segundo estatísticas dos órgãos de saúde, no ano passado (2018) o Acre se classificou entre os últimos estados da Federação no ranking de imunização, sobretudo no público infantil.
“Essa iniciativa do Ministério Público é louvável. Vai além do seu papel de cobrar, de fiscalizar as instituições. Está buscando soluções conjuntas que vão refletir diretamente em qualidade de vida para a população. Nós estamos nos preparando para enfrentar esse desafio que é aumentar os índices de cobertura vacinal na capital, sobretudo no que se refere à primeira infância. Para isso, estamos desenvolvendo ferramentas de gestão que vão agregar os sistemas de saúde, educação e assistência social. Além disso, também iremos atuar na busca ativa das crianças que hoje estão com a carteira de vacina desatualizada”, disse Oteniel Almeida.
Presente ao encontro, o secretário de Educação de Rio Branco, Moisés Diniz, também elogiou a preocupação do Parquet para com os índices de cobertura vacinal na capital. O Ministério Público, com essa medida, está salvando vidas, vidas de nossas crianças, principalmente as mais vulneráveis”, enfatizou.
Estratégias
Uma das estratégias apresentadas pelo promotor de Justiça Glaucio Ney Shiroma Oshiro, titular da Promotoria Especializada de Defesa da Saúde, diz respeito à obrigatoriedade de atualização da carteira de vacinação no ato da matrícula escolar, que passa a vigorar em 2020.
“Resolvemos unir esforços e darmos as mãos com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal com vistas a melhorar os índices de saúde da população do Acre, isso porque doenças já erradicadas estão sendo reintroduzidas no Brasil, como o sarampo, meningites e a febre amarela. São doenças infecciosas que podem ser facilmente evitadas por intermédio da vacinação”, disse o promotor de Justica.
Um grupo de trabalho que discute o tema reúne o MPAC, a Secretaria de Estado de Saúde; Secretaria de Saúde de Rio Branco; Secretaria de Estado de Educação; Secretaria de Educação de Rio Branco; Conselho Regional de Medicina e o Sindicato dos Médicos do Acre.