A agricultura familiar desempenha um papel fundamental para a reorganização dos vazios urbanos dentro de um sistema mais sustentável. Visando aperfeiçoar essa conexão das atividades agrícolas com o ecossistema a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Econômico (SAFRA) está desenvolvendo uma série de atividades que têm transformado a vida de várias famílias na periferia de Rio Branco.
Conforme Paulo Sérgio Braña, secretário de Agricultura do município, a Prefeitura trabalha com famílias de baixa renda em áreas institucionais e em áreas verdes ociosas. No Conjunto Édson Cadaxo, essa modalidade de inclusão social gera renda para diversas famílias. Outras sete hortas garantem o sustento de famílias nos bairros: Cidade do Povo, Universitário, Alto Alegre, Estrada de Porto Acre, Boa Vista, Ilson Ribeiro e Tucumã.
“Este espaço na orla do Igarapé São Francisco as famílias plantam, além de hortaliças sem agrotóxicos, cultivam também banana, macaxeira e abacaxi. Essa atividade ganhou ênfase na gestão da prefeita Socorro Neri e segue gerando renda e inclusão social aos moradores beneficiados. A Safra acompanha esse trabalho fornecendo orientações técnicas e, na parte de fomento, distribuímos lonas, sombrites e madeira”, disse Braña.
A visão deste projeto é de segurança alimentar, porém, na agenda pública é uma demonstração de que a produção de alimentos em espaços urbanos pode atender a interesses coletivos e contribuir para a reflexão sobre uma “cidade do futuro”.
“Quando eu cheguei aqui estava num momento muito difícil da minha vida, tinha acabado de perder minha mãe. Meu irmão, com o corpo paralisado, fato que não me permitia trabalhar de doméstica, não conseguia cumprir horários. Hoje a realidade é outra, gero emprego para outras pessoas e consegui mais do que eu esperava”, ressaltou Maria Deuzemir da Silva Ângelo, a dona Deusa (foto abaixo). Com o apoio da Prefeitura, dona Deusa desenvolveu seu ‘tino empresarial’ e atualmente conta com colaboradores na horta, tanto para plantio, quanto para a venda dos produtos.
Enedina Batista, produtora de hortaliças disse: “para mim o projeto agricultura familiar urbana significa um novo estilo de vida. Não tinha nem o que comer, agora estou terminando de construir minha casa em alvenaria, tenho um filho especial na faculdade, tudo graças à Prefeitura”.