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Prefeitura de Rio Branco decreta situação de emergência na ETA I

Prefeitura de Rio Branco decreta situação de emergência na ETA I

Medida foi publicada nesta terça (2) e tem duração inicial de 180 dias. Estrutura da ETA I tem sofrido com erosões

A Prefeitura de Rio Branco decretou, nesta terça-feira (2), situação de emergência na estação de tratamento de água (ETA I ) devido o risco de erosão no entorno da estrutura

A medida foi publicada na última edição do Diário Oficial do Estado (DOE). Há risco de desabastecimento em cerca de 40% da capital, incluindo hospitais e escolas, segundo a prefeitura.

Segundo o coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal, a medida tem duração inicial de 180 dias, o equivalente a seis meses.

“Através dessa declaração teremos serenidade em todas intervenções que deverão ser feitas para não comprometer o abastecimento de água em Rio Branco [...] para encontrarmos uma solução e minimizar os impactos”, disse.

O prefeito Tião Bocalom ressaltou que já existe um recurso para a reconstrução da ETA II. A verba, do governo federal, chega a quase R$ 17 milhões e foi anunciada pelo ministro da Integração, Waldez Góes no dia 19 de dezembro.

eta 002Gestores se reuniram no dia 27 de dezembro para debater melhorias para o abastecimento de água de Rio Branco — Foto: Marcos Araújo/Assecom

Já no caso da ETA I, o prefeito diz que já pediu ao governo do Acre a liberação de um recurso de aproximadamente R$ 10 milhões para resolver o problema.

“Nós precisamos resolver também o problema agora, tem ainda um recurso antigo que era para execução dessa área de saneamento básico e também [foi] já direcionado também lá para ETA e esse recurso tá em conta e faltavam [apenas] algumas prestações de contas antigas [para que a verba fosse liberada]”, disse.

Durante um encontro no dia 27 de dezembro, já havia sido decidido o uso desses recursos por meio de um termo de compromisso com o governo federal para a modernização da ETA I. O projeto está em andamento e será submetido à Caixa Econômica Federal.

Sequência de problemas

Desde a cheia do Rio Acre, no início do ano, que a população da capital enfrenta problemas para receber água. Em março, a distribuição foi reduzida e chegou a ser suspensa porque as estações I e II apresentaram problemas. De acordo com o Saerb, as equipes conseguiram concluir a manutenção ainda naquele mês.

Logo depois, no início de abril, a captação voltou a ser reduzida na ETA II por conta de um desmoronamento de terra que compromete a estrutura. Foram três bairros afetados pela redução. No dia 2 daquele mês, o coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, esteve na ETA II para uma avaliação na estrutura.

O coordenador destacou que houve uma vazão muito rápida do nível do Rio Acre. Em menos de um mês, as águas baixaram de 17,89 metros, maior cota registrada este ano, para 4,48 metros. O rio baixou mais de 13 metros neste período.

Em julho, a ETA II desabou e afetou mais de 250 mil pessoas. A estrutura já apresentava um pré-colapso, que cedeu totalmente.

Já no dia 8 de agosto, por conta de uma manutenção em uma das bombas da Estação de Tratamento de Água II (ETA II), o fornecimento foi interrompido novamente.

Onze dias depois, moradores de mais de 20 bairros de Rio Branco tiveram o abastecimento de água reduzido por conta de uma manutenção em uma das bombas da Estação de Tratamento de Água II (ETA II).